Notícias
INCLUSÃO SOCIAL
Com R$ 100 milhões, BNDES Periferias lança 2º ciclo de apoio a projetos em favelas e comunidades urbanas
BNDES lançou nesta segunda-feira o 2º ciclo do BNDES Periferias com recursos do Fundo Socioambiental do banco - Foto: Rossana Fraga - BNDES / Divulgação
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, lançou, nesta segunda-feira, 7 de outubro, o 2º ciclo do BNDES Periferias com recursos do Fundo Socioambiental do banco. Serão destinados R$ 100 milhões para a iniciativa, sendo R$ 50 milhões de recursos não reembolsáveis do BNDES e R$ 50 milhões de parceiros, com o intuito de apoiar projetos que fomentem o empreendedorismo em territórios periféricos urbanos.
“Como banco de desenvolvimento econômico e social, o BNDES está subindo o morro para encontrar as favelas. Nós temos que integrar a cidade e o Brasil, temos que reduzir a desigualdade, reduzir a pobreza e ir para os territórios”
Aloizio Mercadante
Presidente do BNDES
“Como banco de desenvolvimento econômico e social, o BNDES está subindo o morro para encontrar as favelas. Nós temos que integrar a cidade e o Brasil, temos que reduzir a desigualdade, reduzir a pobreza e ir para os territórios”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
No 2º ciclo, além de beneficiar negócios de mulheres e jovens na seleção, o BNDES adotou o critério de diversidade racial na gestão, beneficiando entidades com 30% ou mais pessoas autodeclaradas negras em sua gestão. A nova chamada pública selecionará projetos em duas frentes: Polos BNDES Periferias, com foco em construção e revitalização de espaços para integração e ações coletivas da comunidade com geração de emprego e renda; e Trabalho e Renda da Periferia, para realização de diagnóstico, capacitação, mentoria e aporte de recursos.
No âmbito dos Polos BNDES Periferias, serão criados espaços multidisciplinares e adaptáveis, em territórios periféricos, para integração e oferta de serviços à comunidade voltados para a geração de emprego e renda. Cada polo terá característica própria, adaptado para funcionalidades e usos definidos coletivamente pelas comunidades, com base em suas potencialidades e vocações. Na segunda frente, Trabalho e Renda da Periferia, o objetivo é contribuir para melhoria do resultado dos negócios, ampliação de mercados e acesso a financiamentos por meio de capacitação e mentorias.
QUEM PODE PARTICIPAR — As inscrições para apresentações de projetos podem ser feitas neste link até 31 de janeiro de 2025. Podem participar da chamada pública entidades privadas sem fins lucrativos, atuando em rede ou não, que tenham experiência na implantação e operação de projetos similares nos territórios contemplados pela iniciativa. Serão apoiadas propostas de favelas e comunidades periféricas dos municípios do Programa Periferia Viva do Ministério das Cidades.
“O BNDES Periferias é resultado de um diálogo iniciado em 2023 com as comunidades e é uma agenda aberta. Cada realidade exige um posicionamento de forma diferenciada e vamos respeitar a cultura, as experiências e a vivência de cada território”, disse a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
NOVA FASE DO 1º CICLO — As 12 entidades que apresentaram propostas no primeiro ciclo entraram agora na segunda fase de análise. O valor das propostas do 1º Ciclo soma R$ 82 milhões, já incluindo a contrapartida dos parceiros (50%) e R$ 41 milhões do BNDES.
PROGRAMA PERIFERIA VIVA — O programa tem como objetivo a melhoria das condições de vida nas periferias urbanas brasileiras, por meio da articulação de políticas federais e o fortalecimento de iniciativas populares em territórios periféricos. A intervenção busca promover a urbanização integral de favelas e similares, palafitas, loteamentos informais de baixa renda, cortiços e conjuntos habitacionais degradados produzidos por estados e municípios.