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Até setembro, gastos de estrangeiros injetam mais de R$ 30 bilhões na economia brasileira
A atração desses visitantes está entre as metas do Ministério do Turismo, e faz parte do Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027 - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os visitantes estrangeiros que desembarcaram no Brasil entre janeiro e setembro deste ano deixaram R$ 30,821 bilhões na economia do país. Este é o melhor resultado para o período nos últimos dez anos, um crescimento de 25%. Somente em setembro, os visitantes internacionais deixaram mais de R$ 3 bilhões no turismo nacional. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 29 de outubro, pelo Banco Central do Brasil (Bacen).
Nos nove primeiros meses do ano, cerca de 4,9 milhões de visitantes de fora desembarcaram em diferentes destinos nacionais. "Estamos observando uma demanda crescente do interesse internacional em conhecer as belezas do Brasil. Isso mostra que temos um mercado econômico muito valioso para ser trabalhado, com ações e políticas públicas que promovam nossos atrativos turísticos lá fora”, afirmou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
O Ministério do Turismo realiza diversas ações para atrair turistas internacionais, a exemplo do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati) que prevê parcerias público-privadas com companhias aéreas e aeroportos para ampliar o número de voos internacionais com destino ao país. O programa é executado pela Embratur, com recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) de parceria entre os ministérios do Turismo e o de Portos e Aeroportos.
O Pati convida as companhias aéreas e aeroportos (em parceria com as companhias) a lançarem novos voos internacionais com destino ao Brasil, e a apresentarem propostas de investimento em promoção dos novos voos, com ações como campanhas publicitárias no país de origem dos voos e realização de viagens promocionais com jornalistas, influenciadores digitais e operadores de turismo estrangeiros no destino dos voos, dentre outras possibilidades.
Lançada no final de março deste ano, a edição piloto do Pati recebeu 123 propostas de novas operações aéreas ou aumento de frequência de voos já existentes. Com recursos previstos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), para contribuir com as estratégias de Desenvolvimento da Aviação Civil, Eficiência e Sustentabilidade estabelecidas na Política Nacional de Aviação (Pnac), a primeira edição do programa receberá R$ 3,3 milhões em investimentos. Os três projetos contemplados representam mais de 70 mil novos assentos em voos internacionais para o Brasil, no período de 27 de outubro deste ano até 29 de março de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado.
"A Europa hoje vive o overturism, com esses viajantes querendo descobrir novos destinos, e o Brasil é ideal para atrair esse público, apresentando sua culinária, cultura e diversidades regionais, além de riquezas naturais que não existem em outros lugares do mundo", destacou o ministro Sabino.
METAS — A atração desses visitantes está entre as metas do Ministério do Turismo, e faz parte do Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027, que busca tornar o Brasil o maior receptor de turistas da América do Sul. O documento define como objetivo alcançar a marca de 8,1 milhões de viajantes estrangeiros por ano, além de atingir US$ 8,1 bilhões em receitas geradas a partir de despesas deste público. Diante do cenário positivo, a perspectiva é superar o número de 10 milhões de visitantes estrangeiros no período.
VOOS DOMÉSTICOS — Nesta semana, foram divulgados os dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) que mostram que o Brasil assumiu a quarta posição no ranking mundial de voos domésticos, representando 1,2% do total mundial. A recuperação do número de passageiros em voos para dentro do país, no período pós-pandemia, segue o mesmo ritmo dos países que lideram o ranking, como Estados Unidos, China e Japão.
Outro dado importante é que este ano o mercado nacional avançou acima da média mundial, com 6,6%, enquanto a demanda global cresceu em média 5,6%. Segundo a Iata, até julho passado foram transportados 44 milhões de passageiros nesses voos, mas setembro também foi o melhor da história da aviação brasileira, em relação ao número de viajantes. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em setembro, 80% dos cerca de 10 milhões de turistas que cruzaram os aeroportos brasileiros voaram para destinos nacionais.
"Mais um resultado que confirma os avanços do Governo Federal na melhoria do ambiente interno, com a estabilidade econômica e social, estimulando as viagens domésticas, aprimorando a infraestrutura turística, atraindo investimentos e incentivando a criação de novas rotas e voos”, pontuou o ministro do Turismo, Celso Sabino.