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“Me Conta, Brasil” explora a retomada da cultura e turismo no Rio Grande do Sul
Para o bate-papo, foram convidados o secretário executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares, e a diretora de Planejamento do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Júlia Lopes - Foto: Divulgação
O mais novo episódio do videocast “Me Conta, Brasil” mostra como o estado do Rio Grande do Sul se reergueu e está preparado para receber novamente os turistas. A reabertura do Aeroporto Internacional Salgado Filho e os investimentos do Governo Federal para o setor cultural são os temas principais do programa desta quinta-feira, 31 de outubro, disponível nas redes sociais e no canal do YouTube da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
“Eu fiz campanha em Belo Horizonte para ajudar a trazer roupas, sapatos e alimentos e agora estou aqui. É maravilhoso. A gente está ajudando eles a se levantarem, se erguerem para começar a vida nova”, contou a mineira Vanda de Paiva, que está em Canela, um dos principais destinos turísticos da Serra Gaúcha. A equipe do “Me Conta, Brasil” visitou diversas cidades que têm como força a cultura e o turismo, como Gramado e Porto Alegre, além de Canela, e convidou os telespectadores a visitarem o estado gaúcho.
Para o bate-papo, desta vez foram convidados o secretário-executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares, e a diretora de Planejamento do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Júlia Lopes. O turismo e a cultura foram os setores mais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul e, agora, com o apoio federal, retorna mais forte e pronto para receber os visitantes.
No último dia 21 de outubro, o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, foi reaberto após cerca de cinco meses fechado por causa das fortes enchentes. Antes disso, desde o início das enchentes, o Governo Federal atuou para garantir uma malha aérea mínima. “O impacto do fechamento do Aeroporto Salgado Filho, em 3 de maio, foi realmente devastador, tanto para a economia quanto para o turismo do estado. O que o Governo Federal fez foi, imediatamente, trabalhar na garantia de uma malha aérea mínima, um incremento de voos em oito aeroportos da região”, disse Júlia Lopes.
A Diretora de Planejamento do MPor conta que a retomada das operações oferece muitos voos, com 70% da capacidade do aeroporto, que é praticamente o dobro do que estava recebendo o Aeroporto de Canoas (RS). “Desde o dia 21 de outubro, a ocupação desses voos está altíssima. A gente está tendo uma grande procura. A partir de agora a retomada vai ser exponencial. E temos a previsão de 100% da capacidade do aeroporto para o dia 16 de dezembro”, disse Júlia.
Ela explica que a retomada é gradual, com a pista de pouso e decolagem funcionando com 1.730 metros e o restante em obras. Em dezembro, será entregue o total de 3.200 metros de pista com a volta de voos internacionais. “O Governo Federal, desde o início, está dando todo o apoio e segurança jurídica para que essa retomada fosse o mais rápido possível. A partir do dia 16 de dezembro vai ser a retomada completa das operações com o cumprimento de todos os prazos, tanto pela concessionária do aeroporto quanto pela Força Aérea Brasileira, que teve um trabalho essencial para a retomada dos instrumentos de navegação aérea, e a Anac com todo o trabalho de homologação e fiscalização”, completa.
CULTURA E TURISMO — Com a reabertura do aeroporto, voltam também os turistas. Nesse sentido, a cultura é um importante setor que retorna à ativa com o suporte essencial do Governo Federal. Uma das medidas do Ministério da Cultura para auxiliar os agentes culturais é o Programa Retomada Cultural RS, explicado por Márcio Tavares. Ele destacou que cerca de 4% da economia do Rio Grande do Sul é gerada pela economia criativa. “Boa parte do setor foi paralisada em função das inundações e gerou a necessidade da gente intervir para apoiar os fazedores de cultura, os artistas, agentes culturais naquele momento. Foi assim que a gente foi desenhando esse programa, que é integrado com ações, que busca atender desde a infraestrutura cultural até os agentes de cultura e garantindo que o povo gaúcho também tenha condições de acessar iniciativas culturais nessa retomada”, afirmou Tavares.
“Junto com a Defesa Civil, nós garantimos recursos para a construção integral de todos os edifícios que foram afetados na sua estrutura inicial. Rede logística, internet, luz, edificação, tudo isso os municípios ou o estado poderiam solicitar diretamente à Defesa Civil. Conseguimos R$ 60 milhões em recursos especiais para a reconstrução dessas ações”, complementou.
PRÊMIO — Uma das ações do programa é o Prêmio Retomada Diversidade Cultural, com um apoio financeiro de R$ 30 mil a todos os Pontos de Cultura, Pontos de Memória, Pontos de Leitura, bibliotecas comunitárias e comunidades quilombolas atingidos pela calamidade. “A gente tem uma série de programas do ministério que chamamos de fomento, que ajudam as iniciativas culturais a se realizarem por meio de recursos diretos do Governo. São cerca de 300 iniciativas culturais que, infelizmente, foram afetadas pelas cheias, mas todas têm direito mediante um credenciamento super simples”, afirmou Márcio Tavares.
Outra iniciativa, com investimento de R$ 4,5 milhões da Funarte, chamada de Ações Artísticas Continuadas, irá destinar 150 bolsas culturais no valor de R$ 30 mil a grupos, espaços e eventos nas áreas de Artes Visuais, Circo, Dança, Música e Teatro.
“A todo mundo que atua como coletivo. A cultura pode juntar gente para fazer, é grupo de teatro, grupo de dança, banda, tudo isso pode acessar e solicitar recursos da Funarte. Toda demanda disponível foi solicitada, a gente já está encerrando todos os pagamentos, com alegria, porque isso vai ajudar esses coletivos a retomarem com força o seu trabalho”, explicou Márcio.
Dentro das ações voltadas para o estado gaúcho também está a Bolsa Retomada Cultural, que consiste em duas bolsas de R$ 2.250,00 para agentes culturais; e a Retomada Cultural Rouanet. “O Rio Grande do Sul é um dos estados que mais recebe investimentos da Lei Rouanet e tem um calendário de iniciativas culturais muito extensa, um exemplo é a Semana Farroupilha e o Natal Luz. A gente tem um conjunto de iniciativas que se conjugam, turismo e cultura, e isso vai garantindo a empregabilidade do setor cultural e a alegria do estado”, assinalou o secretário-executivo do MinC.
Márcio também mencionou o investimento no setor audiovisual, feito por meio da Ancine. “Nós disponibilizamos uma linha de crédito especial, com condições especiais, cursos mais baixos, com todas as facilidades necessárias, entendendo o momento de calamidade, no valor de R$ 75 milhões. Todas as áreas da cultura foram abraçadas”, ressaltou.
O QUE É — O “Me Conta, Brasil” é um videocast para dialogar com a população e divulgar informações sobre os programas do Executivo que fazem a diferença na vida das pessoas. A ideia é que o videocast seja um espaço de bate-papo para explicar como as pessoas podem garantir os seus direitos e se beneficiar de ações federais. A cada apresentação, dois ou mais porta-vozes participam do diálogo.