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ECONOMIA
Puxado por indústria e serviços, PIB cresce 1,4% no segundo trimestre
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos por um país. Foto: Marcello Casal / Agência Brasil
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre de 2024 cresceu 1,4% frente ao trimestre anterior, acima das expectativas de mercado, que projetavam variação entre 0,7% e 1,2%. As altas nos Serviços (1,0%) e na Indústria (1,8%) contribuíram para a taxa positiva. A Agropecuária teve recuo de 2,3% no período.
Mais uma notícia boa para a economia. O PIB cresceu 1,4% no 2º trimestre de 2024, alta de 3,3% em relação ao ano passado. Crescimento que se soma ao aumento dos empregos, o consumo das famílias e melhor qualidade de vida. Sem bravata e sem mentiras. É isso que importa”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
O crescimento na Indústria se conecta aos desempenhos positivos das atividades de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,2%), construção (3,5%) e indústrias de transformação (1,8%).
Nos Serviços, houve altas em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,0%), Informação e comunicação (1,7%), Comércio (1,4%), Transporte, armazenagem e correio (1,3%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,0%), Atividades imobiliárias (0,9%) e Outras atividades de serviços (0,8%).
Pela ótica da demanda, houve altas nos três componentes: o consumo das famílias e o consumo do governo cresceram à mesma taxa (1,3%, ambos) e a formação bruta de capital fixo subiu 2,1%. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no trimestre. Em relação ao 2º trimestre de 2023, o PIB avançou 3,3%. A Indústria (3,9%) e os Serviços (3,5%) cresceram no período, enquanto a Agropecuária (-2,9%) recuou.
REPERCUSSÃO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez referência ao anúncio do PIB em postagem nas redes sociais. “Mais uma notícia boa para a economia. O PIB cresceu 1,4% no 2º trimestre de 2024, alta de 3,3% em relação ao ano passado. Crescimento que se soma ao aumento dos empregos, o consumo das famílias e melhor qualidade de vida. Sem bravata e sem mentiras. É isso que importa”, afirmou Lula.
DESTAQUES - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, pontuou que o indicador traz três boas notícias para o país. "O mercado esperava 0,9% e cresceu 1,4%. O Brasil foi o terceiro maior crescimento entre os países do G20. E a terceira notícia é a qualidade desse crescimento. O que cresceu forte foi a indústria, com 1,8%, e os investimentos cresceram 2,1%. Boa notícia para o Brasil e para os brasileiros", resumiu Alckmin.
PROJEÇÃO - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o resultado veio em linha com as projeções da Secretaria de Políticas Econômicas da pasta, que previa 1,35%. “Agora vamos provavelmente reestimar o PIB para o ano, que deve, pela força com que vem se desenvolvendo, superar 2,7%, 2,8%, e há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%”, disse Haddad, que pontuou a importância da retomada da indústria. “A indústria voltou forte, a formação bruta de capital fixo veio acima das projeções, o que significa mais investimento. Nós temos que olhar muito para o investimento, porque é ele que vai garantir um crescimento com baixa inflação”, explicou Haddad.
A indústria voltou forte, a formação bruta de capital fixo veio acima das projeções, o que significa mais investimento. Nós temos que olhar muito para o investimento, porque é ele que vai garantir um crescimento com baixa inflação”
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
CONFIANÇA - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também celebrou o resultado nas redes sociais. “Esses resultados reforçam nossa expectativa de um crescimento próximo de 3% em 2024. Mais empregos, maior renda e inflação sob controle. O Brasil está investindo mais e as empresas estão confiantes”, postou a ministra.
CONSUMO - Para Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, com o fim do protagonismo da Agropecuária, a Indústria se destacou no trimestre, assim como o consumo das famílias. “A contrário do que aconteceu no passado com o protagonismo da agropecuária, a gente viu que o destaque desse trimestre foi a indústria, muito influenciada pelo crescimento de eletricidade, água, gás e esgoto, principalmente pelo consumo residencial de energia elétrica, até pelas altas temperaturas, e pelo aumento da construção, que está sendo influenciada por programas governamentais de incentivo e da própria renda das famílias, no crescimento da renda das famílias”, afirmou.
DEMANDA - Segundo ela, pela ótica da demanda, chama atenção o crescimento dos investimentos, com a intensidade de atividade de todos os seus componentes, de produção e importação de bens de capital, desenvolvimento de software e a própria construção. “Isso e a continuidade do crescimento do consumo das famílias, obviamente avocada pelo bom momento das condições boas do mercado de trabalho, os juros um pouco mais baixos, o aumento do crédito especialmente voltado para as famílias e os programas também governamentais de transferência de renda”, afirmou .