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Começa, no RJ, reunião com sherpas para construção de documento final para líderes do G20
Foto: GettyImages
Passado mais da metade do mandato da presidência brasileira do G20, os trabalhos do fórum começam a tomar forma e a se materializar na proposta de declaração final que será discutida pelos chefes de governo e Estado que estarão reunidos na cidade do Rio de Janeiro em novembro.
Momento fundamental deste processo, a 3a reunião dos sherpas dos países do G20 começa hoje (03), na cidade do Rio de Janeiro, para consolidar propostas oriundas dos 15 grupos de trabalho, das duas forças-tarefa e da iniciativa que fazem parte da Trilha diplomática do G20.
O momento, chamado de MidTerm (ou Meio Termo), é um dos mais importantes do processo, já que sistematiza todo um arcabouço de discussões que vêm sendo feitas desde dezembro de 2023, à luz das prioridades estabelecidas pela presidência brasileira do G20: Combate à fome, à pobreza e às desigualdades, desenvolvimento sustentável e combate às mudanças climáticas e reforma da governança global.
“Este processo de preparação cabe aos sherpas, que são responsáveis não só por ajudar os líderes a organizarem a Cúpula final, mas também a produzir a Declaração de Líderes”, esclarece o sherpa brasileiro, embaixador Mauricio Lyrio. “Nós preparamos e negociamos antes também os textos para que os líderes endossem ou eventualmente façam modificações em determinados pontos, porque sempre tem questões que ficam para negociação final, nem tudo se pode negociar antes ou se resolver antes”.
Os sherpas discutirão o andamento dos trabalhos sob a presidência brasileira do G20, com particular foco nas forças-tarefa para uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
SOCIEDADE PRIORIZADA — Na tarde de quinta-feira (4) será realizada uma sessão com a participação da sociedade civil, por meio dos grupos de engajamento e organizações que fazem parte do G20 Social para recebimento de propostas para serem analisadas e incorporadas ao documento final que será assinado pelos líderes dos países do G20. A iniciativa é mais uma inovação da presidência brasileira do fórum.
“É uma prioridade brasileira prestigiar os grupos de engajamento no sentido de aproveitar melhor as contribuições da sociedade civil para incorporar ao documento oficial. É uma prioridade ter uma participação mais efetiva, mais próxima, dos grupos de engajamento com as trilhas oficiais”, explicou Lyrio.