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CHUVAS
Rio Grande do Sul tem 32 mil religações de energia nas últimas 24 horas
No momento, são 162 cidades afetadas pela falta de energia, sendo a capital, Porto Alegre, a que possui o maior número de unidades consumidoras desligadas, 110 mil. Foto: Divulgação
Equipes de manutenção conseguiram restabelecer o fornecimento a 32 mil unidades consumidoras nas últimas 24 horas, no Rio Grande do Sul. Desde o início da emergência, 232 mil clientes tiveram o serviço retomado. Cinco municípios que antes tinham 100% de desligamento receberam eletricidade. O Ministério de Minas e Energia também segue trabalhando pela normalização do fluxo de combustíveis no estado.
Cerca de 250 servidores federais do Ministério de Minas e Energia (MME) e das entidades vinculadas atualmente trabalham no monitoramento. A Sala de Situação foi criada na semana passada por determinação do ministro Alexandre Silveira.
Moradores de Capitão, Colinas, Doutor Ricardo, Imigrante e Rio Pardo tiveram o fornecimento parcialmente restabelecido de energia elétrica. No momento, são 162 mil cidades afetadas pela falta de energia, sendo a capital, Porto Alegre, a que possui o maior número de unidades consumidoras desligadas, 110 mil. Canoas (63 mil) e São Leopoldo (35 mil) vêm em seguida. Atualmente, seis municípios do interior estão com 100% de desligamento: Boqueirão do Leão, General Câmara, Gramado Xavier, Muçum, Relvado e Vespasiano Correa.
Mais de 4 mil trabalhadores seguem fazendo a manutenção das redes de energia. O Ministério de Minas e Energia e distribuidoras de todo o Brasil se comprometeram a enviar mais profissionais para ajudar nas atividades. Na madrugada desta quinta-feira, 9 de maio, as linhas de transmissão Porto Alegre 8 e 9 voltaram a operar, o que vai garantir mais segurança ao sistema.
As equipes tem atuado de maneira ininterrupta garantindo a retomada da energia em todas as localidades onde há viabilidade de segurança e de acesso. As barragens seguem estáveis e em constante monitoramento.
AEROPORTOS E COMBUSTÍVEL DE AVIAÇÃO - O Comitê de Monitoramento da situação dos combustíveis no Rio Grande do Sul, coordenado pelo MME, criou um plano de contingência para reintegrar o estado à malha aérea nacional. O fluxo de passageiros que, tradicionalmente, era direcionado ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), será distribuído por terminais menores que estão operantes, tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina.
O abastecimento de QAV será priorizado nos terminais de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo e Pelotas, no Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, será dada especial atenção a Chapecó, Florianópolis e Jaguaruna. A estratégia, que envolve o MME, ANP, ANAC, além de associações e empresas do setor, vai dar prioridade a aeronaves e helicópteros de pequeno porte, sobretudo os que estão sendo utilizados em resgates. Aviões de grande porte irão pousar já abastecidos, de modo a evitar o uso do QAV nas regiões críticas.
GÁS DE COZINHA, DIESEL E GASOLINA - As saídas de combustíveis derivados de petróleo na Refinaria Alberto Pasqualini e distribuidoras do estado vem sendo retomadas. O volume de saídas dos combustíveis, que chegou a ser zero durante a crise que atinge vários municípios gaúchos, voltou a ser distribuído em quantidades consideráveis, se comparado a números de antes da crise provocada pelas enchentes.
O diesel e a gasolina vendidos nos postos estão com saídas entre 50% e 60% do volume considerado normal, o que significa pouco mais de 5 milhões de litros por dia de cada combustível. No caso do gás de cozinha, as quantidades atingiram o ponto de equilíbrio da demanda. Segundo a Petrobras, seriam necessárias saídas de 850 toneladas para equilibrar oferta e demanda. Na quarta (08/05), o volume atingiu 950t, e a previsão para esta quinta é de 1.050t.
BIODIESEL - Por enfrentar eventuais dificuldades para realizar a mistura do biodiesel ao diesel vendido ao consumidor, foi autorizado, caso necessário, mistura do biocombustível em percentual inferior a 14%, atualmente a composição praticada em todo o país e definida pelo Conselho Nacional de Política Energética.
ÁGUAS - O Serviço Geológico Brasileiro (SGB), empresa pública ligada ao MME, tem atuado na operação dos Sistemas de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Caí, Taquari e Uruguai e gerado constantes dados sobre níveis e previsões para as barragens da região.
Além disso, a organização também viabilizou um mapeamento de áreas de risco (para 62 municípios); estudos geotécnicos que contribuem para um planejamento urbano seguro; mapas de manchas de inundação e estudos sobre chuvas, que apoiam o dimensionamento de estruturas de drenagem fluvial. Essa atuação constante contribui para antecipar cenários e possibilita que sejam adotadas medidas para salvar vidas e reduzir prejuízos.