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BOM DIA, MINISTRO
Paulo Pimenta: “Total suporte e prioridade do Governo Federal estão voltados para o Rio Grande do Sul”
O ministro Paulo Pimenta destacou a mobilização de recursos e coordenação de operações para lidar com os impactos devastadores das chuvas no Rio Grande do Sul - Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), foi o entrevistado do programa “Bom Dia, Ministro” desta sexta-feira, 3 de maio. Durante uma hora de conversa com radialistas de todo o país, o ministro falou sobre a força-tarefa do Governo Federal para acompanhar as fortes chuvas no estado do Rio Grande do Sul. O balanço dos primeiros 15 meses de governo e as campanhas para propagar informações corretas e seguras para a população brasileira também foram temas tratados na entrevista.
“Todo o nosso foco neste momento está voltado para o resgate. Já temos mais de 600 homens trabalhando, dezenas de botes de salva-vidas, caminhões, pessoal caminhando no mato, salvando famílias e as equipes do Dnit, da Defesa Civil, trabalhando também de forma muito intensa"
Paulo Pimenta
Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Sobre o Rio Grande do Sul, o ministro, que é natural de Santa Maria, município gaúcho atingido pelas chuvas, enfatizou que o Governo Federal intensificou os esforços de resgate em meio aos fortes temporais que assolam o estado. Diante da catástrofe meteorológica, Paulo Pimenta destacou a mobilização de recursos e coordenação de operações para lidar com impactos devastadores das chuvas. “Todo o nosso foco neste momento está voltado para o resgate. Já temos mais de 600 homens trabalhando, dezenas de botes de salva-vidas, caminhões, pessoal caminhando no mato, salvando famílias e as equipes do Dnit, da Defesa Civil, trabalhando também de forma muito intensa”, disse.
De acordo com o ministro, todo o efetivo de helicópteros foi enviado para a região do Vale do Taquari. “Nós vamos trabalhar hoje com em torno de 8 a 9 helicópteros durante todo o dia. Estamos 100% focados nesse trabalho. Essa é a orientação do presidente Lula, que não falte recursos, que não falte efetivos. Total suporte e prioridade da ação do governo federal hoje está voltada para o Rio Grande do Sul”, enfatizou o ministro.
FÉ NO BRASIL - A campanha Fé no Brasil, lançada na última quarta-feira, 1º de maio, foi um dos destaques da conversa. O ministro explicou que a campanha é uma ferramenta para comunicar as realizações do Governo Federal em todas as áreas. "É uma campanha de entregas, uma campanha que vai mostrar tudo aquilo que o Governo está fazendo em todas as áreas”, disse.
Um dos focos do projeto é o combate à propagação de notícias falsas. Na segunda etapa, a campanha vai mirar a regionalização das informações. “Nós vamos ter um conteúdo específico para cada estado, com locução local, com sotaque local, com a regionalização, que é uma característica da nossa gestão na Secom”, acrescentou o ministro. “Vai trabalhar muito para que chegue na ponta a informação daquilo que a gente está fazendo.”
Outra ferramenta de transparência do Governo Federal, é a plataforma ComunicaBR, que apresenta informações atualizadas e facilita o acesso dos cidadãos a dados dos programas federais. “Você vai ter todas as informações sobre todas as realizações, sobre cada centavo do dinheiro que o governo federal realiza na sua cidade”, disse o ministro ao ressaltar que, pelo celular, as pessoas podem acessar o site.
“Quantos médicos têm no Mais Médicos, quantos alunos têm no Prouni, quanto de recurso foi para complementar o salário da enfermagem? E você clica em cima da informação e ela gera um card. Você pode mandar esse card pronto pelo WhatsApp ou para a rede que você quiser. Então tem que ter informação, não caia em fake news”, explicou. O ministro destacou, ainda, outra maneira de a população ter informações verídicas e atualizadas sobre o trabalho do Governo Federal: o canal no WhatsApp “Governo do Brasil”. “Essa é uma prova concreta de transparência e responsabilidade do nosso governo com a informação.”
Participaram do programa a Rádio Nacional (DF); Rádio Itatiaia (MG); Rádio Jangadeiro/BandNews FM (CE); Rádio Bandeirantes (SP); Rádio Sociedade (BA); Rádio CBN (PE); Rádio Diário (AP); e a Rádio Roquete Pinto (RJ). O “Bom dia, Ministro” é uma parceria entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Secom/PR.
Confira os principais trechos da entrevista:
BALANÇO DO GOVERNO - Estamos muito confiantes com relação ao desempenho do nosso país este ano. Nós conseguimos uma taxa de desemprego, hoje, que é a menor taxa de desemprego desde 2014. Nós controlamos a inflação. O Brasil voltou a ser uma das dez maiores economias do mundo. Nós chegamos, nesse momento, a ser a nona economia, querendo chegar à oitava. O nosso PIB, que muita gente dizia que ia crescer no ano passado menos de 1%, cresceu quase 3%. Portanto, todos os indicadores são muito positivos. E nós confiamos que a nossa capacidade de crescimento da atividade econômica do Brasil vai ser muito importante esse ano. A massa de rendimento salarial do país cresceu quase 12%. E nós estamos conseguindo avançar de forma muito positiva para reduzir o número de pessoas que vivem no país abaixo da linha da miséria.
FÉ NO BRASIL - essa campanha que nós estamos começando agora, a partir do dia 1º, “Fé no Brasil: a gente tá no rumo certo”, vai chegar até você, para você poder saber de forma detalhada aquilo que o governo está fazendo na sua cidade, na sua região, e juntos a gente poder transformar esse ano num ano ainda melhor do que já foi em 2023. 2023 foi o ano do plantio e 2024 vai ser o ano da colheita, e eu tenho certeza que vai ser uma colheita farta e generosa.
INTEGRIDADE DA INFORMAÇÃO - O tema da integridade da informação nada mais é do que a grande preocupação que o mundo hoje tem com relação às fake news. E a vinculação de notícias equivocadas, mais do que equivocadas, notícias que são produzidas com a intenção de desinformar, que é o prejuízo que isso causa à sociedade. É muito grave o que a desinformação faz. É muito grave o que uma fake news produz. E hoje é uma imensa preocupação dos diferentes governos de como a gente enfrentar isso. O Brasil na liderança do G20, pela primeira vez, traz esse tema, a integridade da informação, para a pauta do G20. E o evento em São Paulo foi um sucesso, porque há uma preocupação com a democracia, há uma preocupação com o discurso de ódio. nós temos que, ao mesmo tempo, não ultrapassar o limite da liberdade de expressão, não ultrapassar o limite da censura, mas encontrarmos uma forma de regular.
G20 - O Brasil hoje é uma referência importante nesse trabalho que está sendo realizado. E nós lançamos no G20 uma ideia, uma sugestão, e estavam lá os representantes da ONU, da Unesco, da OCDE, de várias organizações internacionais, todos os setores que lidam hoje nesse mundo da internet, das plataformas. Nós lançamos uma ideia de fazermos uma grande campanha sobre a desinformação nos temas ambientais, nos temas das mudanças climáticas. Como o Brasil vai presidir a COP30, em 2025, em Belém, nós estamos propondo uma grande campanha mundial sobre a desinformação nas questões socioambientais. E nós queremos ver se até o início de junho é lançado esse pacto global contra a desinformação nas questões ambientais e que aqui no Brasil terá uma participação muito importante da ministra Marina Silva.
REGULAÇÃO DAS PLATAFORMAS - Seria bom que essa regulamentação, essa regulação ocorresse o mais rápido possível. Mas é um tema muito delicado. Nenhum país conseguiu ainda achar a fórmula. E tem um detalhe, esse é o ano eleitoral. E agora tem uma coisa nova, que ainda não tinha na última eleição, que é a inteligência artificial. A inteligência artificial faz coisas que a gente nem imagina. A possibilidade de manipulação das coisas pela inteligência artificial. Se o Congresso Nacional não conseguir avançar de forma satisfatória, a Justiça Eleitoral vai ter que regrar novamente. Então, nós vamos acabar tendo uma regra só para a eleição, o que não é o melhor caminho, porque o melhor caminho é uma regra perene, uma regra que a sociedade debata, que a sociedade escuta, mas por outro lado, nós não podemos chegar na eleição tem que ter uma regra.
PESQUISAS - Vamos pegar, por exemplo, a área da educação. No ano passado, o que nós tínhamos para entregar? O reajuste das bolsas e o reajuste do valor da merenda escolar. É pouco para um primeiro ano de governo. Agora, se nós fizermos uma pesquisa hoje vamos lembrar que essas pesquisas aí que mostraram dois, três pontos da queda do ótimo e bom foi em fevereiro. Na educação, eu tenho quase 3 milhões de alunos beneficiados pelo Pé-de-Meia, eu tenho 1 milhão de alunos e alunas hoje que já estão dentro da sala de aula em escolas em tempo integral, que é uma grande revolução, uma grande prioridade do presidente Lula. Nós temos milhares de alunos beneficiados pelo PAC da alfabetização na idade certa, nós temos milhares de alunos beneficiados pela renegociação do Fies, nós temos 100 novos institutos federais anunciados em todo o Brasil. Então a colheita da educação começa a acontecer. Tenho certeza que logo, logo os índices de aprovação estarão bem superiores. A gente sabe o que está fazendo, o Brasil está no rumo certo e o presidente Lula, mais do que ninguém, conhece a realidade do nosso país e sabe as políticas públicas que precisam ser implementadas.
EDUCAÇÃO MIDIÁTICA – Esse programa que nós lançamos, em parceria com o Ministério da Educação, com MEC, vai envolver formação de professores e professoras, produção de conteúdo para trabalhar em sala de aula. O jovem, mais do que ninguém hoje, pode fazer essa diferença na integridade da informação. O jovem de hoje tem muito mais acesso a essa tecnologia. Ele tem muito mais capacidade, inclusive, de aprender a fazer um filtro entre aquilo que é verdade e aquilo que é mentira. Vamos dizer assim, é mais difícil enganar o jovem porque ele tem muito mais capacidade de fazer esse filtro. Então, a educação midiática vai servir para criar uma geração com mais capacidade crítica. O jovem acaba sendo a fonte confiável da informação dentro de casa. Como ele estuda, como ele tem acesso à informação, ele sabe o que acontece da ciência, da cultura, do conhecimento. Vamos apostar muito nesse projeto.
DESONERAÇÃO - Um dos princípios mais importantes da Reforma Tributária é a transparência. É as pessoas saberem quanto elas pagam de imposto. Cada vez que a gente concede um benefício para algum setor, isso não é um benefício que não é pago, se alguém vai deixar de pagar o imposto, significa que outras pessoas vão pagar mais. Então, quando você desonera um setor, significa que essa receita que não vai entrar no pagamento desses setores, será paga pelas demais pessoas. Então, você tem que ter constantemente uma relação de custo-benefício. Nós queremos encontrar um ponto de equilíbrio, que ao mesmo tempo possa garantir que esses setores que precisam nesse momento deste suporte do governo federal possam ter algum tipo de apoio, mas que tem que ter uma contrapartida. E tudo isso num debate da reforma tributária.