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BALANÇO 2023
Brasil reencontra o mundo e seu protagonismo
O presidente Lula na Assembleia Geral da ONU. País voltou a ser respeitado no cenário internacional. Foto: Ricardo Stuckert /PR
O ano de 2023 marcou o reencontro do Brasil com o resto do mundo. Ao longo dos 12 primeiros meses do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as relações diplomáticas brasileiras foram retomadas e revigoradas, com encontros bilaterais, participações nas mais importantes cúpulas multilaterais e organismos internacionais que resultaram em novas parcerias e antigas renovadas.
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O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo. Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais. Resgatamos o universalismo da nossa política externa, marcada por diálogo respeitoso com todos”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
“O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo. Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta. Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais. Resgatamos o universalismo da nossa política externa, marcada por diálogo respeitoso com todos”, disse o presidente em seu discurso na abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU, em setembro.
No total, Lula se encontrou com mais de 60 chefes de Estado e governo de pelo menos 55 países e realizou 24 visitas oficiais em quatro continentes: Argentina, Uruguai, Estados Unidos, China, Emirados Árabes, Portugal, Espanha, Reino Unido, Japão, Itália, Vaticano, França, Colômbia, Bélgica, Cabo Verde, Paraguai, África do Sul, Angola, São Tomé e Príncipe, Índia, Cuba, Arábia Saudita, Catar e Alemanha.
Também houve encontros com dirigentes de diversas entidades internacionais, como o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, o secretário-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom, o diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), Qu Dongyu, o diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Gilbert Houngbo, a presidenta da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, e diversos outros.
CÚPULAS – O presidente marcou presença nas principais reuniões multilaterais pelo mundo, como as cúpulas da CELAC e do Mercosul, em Buenos Aires e Puerto Iguazu (Argentina), a cúpula do G7, em Hiroshima (Japão), a cúpula da CELAC e União Europeia, em Bruxelas (Bélgica), a cúpula do BRICS, em Joanesburgo (África do Sul), a cúpula do G20, em Nova Delhi (Índia), a cúpula do G77 + China, em Havana (Cuba), a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York (EUA), a COP 28 em Dubai (Emirados Árabes) e a 63ª Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro.
Em território nacional, além da Cúpula do Mercosul, o governo brasileiro também organizou a Cúpula de Países da América do Sul em Brasília, no mês de maio, e a Cúpula da Amazônia em Belém, em agosto.
PRESIDÊNCIAS – Nesse período, o país exerceu a presidência pro tempore do Mercosul no segundo semestre de 2023, a presidência pro tempore do Conselho de Segurança da ONU em outubro – quando atuou em busca de um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas – e recebeu da Índia a presidência do G20, que irá de dezembro de 2023 a novembro de 2024. Com isso, o Brasil realizará dezenas de reuniões ministeriais no âmbito do G20 ao longo de 2024 em várias cidades brasileiras, culminando com a Cúpula de Chefes de Estado e Governo do grupo, que está marcada para novembro no Rio. O Brasil também foi confirmado como país-sede da COP 30, que será realizada em 2025, em Belém (PA).
VOLTANDO EM PAZ – No âmbito do conflito na Palestina, o Governo Federal realizou a operação Voltando em Paz, uma das maiores iniciativas de resgate de brasileiros em território em guerra. Até o início de dezembro, 11 voos em aeronaves da FAB e da Presidência trouxeram para o país 1.525 pessoas e 53 animais de estimação que estavam em território israelense e na Faixa de Gaza e Cisjordânia.
ACORDOS – Em agosto, os governos do Brasil e do Japão anunciaram, em caráter de reciprocidade, a isenção de vistos para turistas entre os dois países para viagens de até 90 dias. A medida, inicialmente, terá duração de três anos. Em 2024, o Brasil voltará a exigir vistos para turistas vindos da Austrália, Canadá e Estados Unidos. No nível regional, o país comandou a criação da Comunidade de Polícias da América (AMERIPOL). O tratado foi assinado pelo Brasil e mais 12 países: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, República Dominicana, Suriname e Uruguai.