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PAN SANTIAGO 2023
No melhor Pan do Brasil na história, 89,75% das 205 medalhas têm a digital do Bolsa Atleta
Alguns dos integrantes da delegação brasileira na cerimônia de encerramento do Pan de Santiago. Foto: Wander Roberto / COB
Recorde de medalhas: 205. Recorde de ouros: 66, além de 73 pratas e 66 bronzes. A primeira vez que o desempenho feminino superou o masculino: 33 ouros e 95 medalhas com as mulheres e 30 ouros e 92 medalhas com os homens. Segundo lugar geral no quadro de medalhas. Desempenhos históricos em modalidades como ginástica rítmica (100% dos ouros) e boxe (presença em nove das 13 finais). Um total de 40 vagas conquistadas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
O Brasil ficou em segundo lugar no quadro geral de medalhas do Pan e bateu seu recorde. Foram 205 medalhas no total. Orgulho dos nossos e das nossas atletas e de políticas públicas como o Bolsa Atleta"
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Os Jogos Pan-Americanos de Santiago terminaram neste domingo, 5/11, com números que reforçam o crescimento da diversidade de modalidades em que o Brasil tem destaque no cenário das Américas.
“Orgulho dos nossos e das nossas atletas e de políticas públicas como o Bolsa Atleta”, resumiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma postagem na rede social X no início da noite. Até então, o limite alcançado pelo Brasil havia sido em Lima, no Peru, em 2019. Lá, tinham sido 169 medalhas e 54 ouros.
"Temos que comemorar sobretudo ter alcançado nosso principal objetivo, o resultado esportivo de ultrapassar 200 medalhas. É a realização de um sonho. Foi um grande feito superar o resultado de Lima. Sabíamos da dificuldade que seria ultrapassar aquelas medalhas, mas conseguimos. Vibrei com a conquista de cada um dos atletas, me emocionei com muitas delas", disse o diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil, Rogério Sampaio.
BOLSA ATLETA - Do total de conquistas, 184 medalhas foram conquistadas ou tiveram a participação de pelo menos um integrante do Bolsa Atleta. Ou seja, 89,75% das medalhas do Brasil em Santiago tiveram a “digital” do programa de patrocínio individual a esportistas do Governo Federal.
"Esse resultado no Pan é a parte visível de um processo de preparação que ocorre no Brasil com a junção de todos os atores, incluindo o Ministério do Esporte com o Bolsa Atleta, com o COB, clubes, federações e confederações. O Bolsa Atleta é tão fundamental que um dos pilares de sucesso no esporte, dentro de vários estudos que são elaborados, é justamente a tranquilidade financeira, onde entra o Bolsa Atleta para dar tranquilidade a quase todos os nossos esportistas que estão aqui no Pan e como eles valorizam esse suporte", afirmou Sebastian Pereira, gerente executivo de alto rendimento do COB.
A delegação brasileira em Santiago foi a maior da história do país em competições internacionais, com 635 atletas, sendo 469 (73,8%) beneficiários do Bolsa Atleta. O investimento previsto no edital de 2023 nesses atletas é de R$ 20,69 milhões.
ONIPRESENÇA - A ginástica foi a modalidade que mais levou bolsistas a ganharem medalhas. Juntas, as modalidades artística, rítmica e de trampolim conseguiram 31 pódios para o Brasil. Dos 37 atletas que subiram ao pódio, 36 são bolsistas, 97,29%.
BRILHO FEMININO - Além de ficarem à frente dos homens brasileiros pela primeira vez na história do Pan, três mulheres saíram de Santiago como as principais multimedalhistas da delegação, cada uma com cinco pódios. Bárbara Domingos (ginástica rítmica) somou três de ouro e duas de prata. Stephanie Balduccini (natação), saiu com um ouro três pratas e um bronze, e Flávia Saraiva (ginástica artística), conquistou quatro de prata e uma de bronze.
“É muito gratificante saber que em tantos esportes eu fui a que saí com mais medalhas. Fico muito feliz e realizada porque isso é fruto de muito trabalho feito em conjunto com a minha equipe técnica”, disse Bárbara Domingos, que foi ouro no individual geral, na bola e na fita. No masculino, destaque para os nadadores Guilherme Costa, com quatro ouros, e Guilherme Caribé, com três ouros e uma prata.
ENCERRAMENTO - A cerimônia de encerramento do Pan foi realizada no estádio Bicentenário, em La Florida. O evento contou com apresentações culturais, desfile das delegações, premiações, discursos de agradecimento de autoridades locais, do Comitê Olímpico Internacional, da PanAm Sports, além do apagamento da pira pan-americana.
A ginasta Nicole Pircio foi a porta-bandeira da delegação brasileira ao lado do mesa-tenista Hugo Calderano. Nicole ganhou ouro na ginástica rítmica no conjunto, na final de 5 arcos e série mista (maças e fitas). Calderano ganhou dois ouros, chegando ao inédito tricampeonato individual na modalidade e liderou a equipe masculina à conquista do último ouro do Brasil, neste domingo, 5/11. Hugo ainda levou a na dupla masculina, ao lado de Vitor Ishiy.
"É muito gratificante representar o Brasil e fazer parte da ginástica, que é o esporte onde nos dedicamos diariamente. Estamos colhendo os frutos de muito trabalho. É muito bom ser escolhida como porta-bandeira e representar todos os esportes, me sinto feliz e grata", disse Nicole.
A cerimônia contou também com referências à cidade colombiana de Barranquilla, próxima sede da competição. O anúncio foi feito no último dia 26 pelo presidente da Panam Sports, Neven Illic, responsável pela organização dos Jogos Pan-Americanos. A próxima edição do Pan será em 2027.
Alguns destaques da campanha brasileira
» 100% dos ouros na ginástica rítmica, com três ouros e duas pratas para Bárbara Domingos, a principal medalhista do país
» Presença em nove das 12 finais do boxe
» 40 vagas conquistadas para os Jogos Olímpicos de Paris no Pan. Agora, o Brasil soma 143.
» Handebol feminino chegou ao hepta consecutivo
» Futebol voltou a vencer 36 anos depois
» Judô teve melhor campanha de sua história da modalidade, com 16 pódios e sete ouros
» 25 medalhas e sete ouros na natação
» 23 medalhas e sete ouros no atletismo
» Três ouros e seis pódios na canoagem slalom, na liderança do quadro da modalidade
» Dois ouros e cinco medalhas no skate, na liderança do quadro de medalhas