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PARAPAN SANTIAGO 2023
Brasil passa a marca de 100 ouros e caçula do taekwondo brilha na estreia da modalidade
Maria Eduarda Machado celebra o ouro na categoria até 52kg do taekwondo paralímpico em Santiago. Foto: Ana Patrícia / CPB
Mais de 100 medalhas de ouro! A delegação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos Santiago 2023 já chegou a 112 ouros e segue firme rumo ao recorde de medalhas douradas. No total, o Brasil soma 242 pódios, incluindo 63 pratas e 67 bronzes. No sexto dia de competições no Chile, foram 40 medalhas conquistadas pelos brasileiros.
O país segue tranquilo na liderança do quadro geral da competição, mas agora quem está em segundo é a Colômbia, que superou os Estados Unidos. São 34 ouros para os colombianos e 33 para os norte-americanos. México, Argentina e Chile vêm na sequência.
DIGITAL DO BOLSA ATLETA - Das 242 medalhas conquistadas pelo Brasil, 237 têm a digital do Programa Bolsa Atleta do Governo Federal, ou seja, foram conquistadas com a participação de pelo menos um bolsista. São 97,9% do total de pódios.
AMOR AO PRIMEIRO CHUTE - O dia marcou as primeiras medalhas do parataekwondo. Aos 19 anos, Maria Eduarda Machado Stumpf escreveu seu nome na história dos Jogos ao conquistar a medalha de ouro em sua estreia na competição. Nesta quinta-feira (23.11), o Brasil somou cinco pódios na modalidade: além do ouro de Maria Eduarda, os atletas nacionais conquistaram uma prata e três bronzes.
Maria Eduarda se sagrou campeã ao vencer na final a mexicana Jessica Garcia por 5 x 3, na categoria até 52kg. "Eu não acreditei, eu desmontei no chão quando terminou. É gratificante conquistar o ouro, porque mostra todo o trabalho que tive, os anos, a persistência que eu tive", festejou a gaúcha.
Eu não acreditei, eu desmontei no chão quando terminou. É muito gratificante conquistar o ouro, porque mostra todo o trabalho que tive, a persistência que tive"
Maria Eduarda Machado, atleta do parataekwondo
Nascida em Itaqui, uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, Maria Eduarda mudou-se com a família para Caxias do Sul em busca de tratamento para a lesão no braço, quando a atleta tinha 2 anos. Durante o parto, ela teve uma lesão plexo-braquial, conjunto de nervos que faz a comunicação entre os braços e o cérebro, o que causou limitações nos movimentos dos braços.
O esporte entrou na vida de Maria Eduarda de maneira inesperada em 2016, após assistir pela televisão os atletas brasileiros nas Paralimpíadas do Rio 2016. Em 2017, quando o taekwondo foi incluído nas Paralimpíadas, ela começou a se dedicar aos treinos. Desde então, o esporte se tornou parte da sua vida. "Foi amor ao primeiro chute", brincou.
Nessa jornada no esporte, Maria Eduarda conta com o suporte do Bolsa Atleta. "A Bolsa Atleta me ajuda muito, principalmente lá em casa, tanto no esporte quanto na minha família. Eu consigo me dedicar ao esporte e ainda ajudar os meus pais", revelou.
Quando questionada sobre seus planos futuros, Maria Eduarda mira representar o Brasil nas Paralimpíadas. "Paris 2024 é minha meta. Eu vou chegar lá, com todo o apoio daqueles que estão ao meu lado. Vou levar todos eles junto comigo", projetou.
OUTROS PÓDIOS - No primeiro dia de disputas do taekwondo, o Brasil conquistou a medalha de prata com Fabrício Marques, na categoria até 58kg. Na final, o brasileiro foi superado pelo mexicano Ivan Torres, que ficou com a medalha de ouro. Cristhiane Neves conquistou a medalha de bronze ao vencer, na categoria até 52kg, a dominicana Elisabeth Geraldo. O dia contou ainda com uma luta verde e amarela pela medalha de bronze na categoria até 47kg. Quem levou a melhor foi Teresinha Correia, que venceu Miriam Pio.
No masculino, o carioca Cícero do Nascimento conquistou a medalha de bronze, na categoria até 58kg, ao vencer o argentino Leandro Fernandez. Todos os atletas brasileiros que subiram ao pódio no taekwondo são apoiados financeiramente pelo Programa Bolsa Atleta. Maria Eduarda, Cristhiane e Fabrício fazem parte da Bolsa Pódio.
CENTÉSIMO OURO - A natação brasileira somou mais 12 medalhas nesta quinta: sete ouros, três pratas e dois bronzes. Com isso, chegou a um total de 104 pódios, sendo 57 de ouro, 25 de prata e 22 de bronze, e já garantiu a melhor campanha da história do país na modalidade. E ainda há mais disputas nesta sexta (24). Foi da piscina do Centro Aquático de Santiago que veio a 100ª medalha de ouro do Brasil no Parapan. E ainda teve pódio triplo para o Brasil. Nos 100m costas da classe S9, Victor dos Santos, de 15 anos, quebrou o recorde parapan-americano, ao nadar para 1min04s50, e conquistou o ouro. A prata ficou com Andrey Garbe e o bronze, com Lucas Mozela.
DOBRADINHAS - A modalidade que mais conquistou medalhas para o Brasil nesta quinta foi o atletismo. Foram 20 pódios, sendo 11 de ouro, 3 de prata e 6 de bronze. O Brasil dominou as provas, com direito a quatro dobradinhas.
INÉDITA - O rúgbi em cadeira de rodas conseguiu uma medalha inédita para o Brasil. Após bater na trave em 2015 e 2019, a seleção da modalidade superou a Colômbia, por 57 x 52, e ficou com o bronze.
No ciclismo, duas medalhas para o Brasil: Sabrina Custódia foi ouro nos 500m contrarrelógio C1-5 e Bianca Canovas levou o bronze na prova de perseguição individual – 3000m classe B. E no tênis em cadeira de rodas, Maria Fernanda Alves e Meirycoll Duval perderam a final das duplas para as norte-americanas Dana Mathewson e Maylee Phelps por 2 sets a 1 (3/6, 6/2 e 10/8) e levaram a medalha de prata, a primeira da modalidade para o Brasil no Parapan de Santiago.
Com informações da Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte