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TRANSPORTE AQUAVIÁRIO
Hidrovias do país batem recorde histórico de movimentação de cargas
- Foto: Hidrovias do Brasil/Divulgação
A rede de hidrovias brasileiras registrou movimentação recorde no transporte de cargas entre janeiro e maio de 2023. No período, mais de 51,2 milhões de toneladas de mercadorias foram transportadas nas quatro regiões hidrográficas que compõem o conjunto logístico de vias interiores do país. É o melhor resultado da série histórica para os cinco primeiros meses do ano e equivale a uma alta de 6,53% na comparação com o mesmo período de 2022.
O principal destaque é a região amazônica, responsável pelo escoamento de 32,1 milhões de toneladas entre janeiro e maio de 2023, uma alta de cerca de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado. Quase dois terços de todo o transporte fluvial brasileiro ocorrem na região, onde os rios cumprem o mesmo papel reservado às rodovias e ferrovias no restante do país.
A região hidrográfica do Paraguai foi o principal destaque percentual ao longo do período, com crescimento de 52,9% (mais de 3,3 milhões de toneladas transportadas). Pelos rios da região do Tocantins-Araguaia passaram 18,6 milhões de toneladas, um aumento de 0,8%, se comparado aos cinco primeiros meses de 2022. Na região do Atlântico Sul, o total de cargas escoadas chegou a 2,2 milhões de toneladas.
REFORÇO NO ORÇAMENTO – Os dados são do painel estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). O órgão recebeu, do Ministério de Portos e Aeroportos, um reforço de 17% no orçamento. O objetivo é ampliar o incentivo à navegação hidroviária, por meio de estudos preliminares e levantamentos técnicos.
OBRAS DE DRAGAGENS – O volume de recursos liberado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para o modal hidroviário chegou a R$ 177 milhões nos primeiros seis meses do ano.
Desse total, R$ 50 milhões foram repassados para obras de dragagens em rios estratégicos para o transporte de cargas em diferentes regiões. Um exemplo é a conclusão da dragagem da hidrovia do Rio Madeira, uma das principais vias da região Amazônica. Os recursos também abrangem obras de dragagem em trechos dos rios Parnaíba (MA e PI), Taquari (SP) e Paraguai (MT).
No quadro de obras em andamento, o destaque é a retomada da derrocagem de um trecho do canal de Nova Avanhandava, no Rio Tietê, em São Paulo. O trabalho consiste na extração de rochas para garantir o aprofundamento do canal e viabilizar a navegação e o transporte de cargas ao longo do rio. O repasse federal no período foi de R$ 98,7 milhões.
Os planos de monitoramento hidroviário dos rios Madeira, São Francisco, Paraguai e Tocantins também foram contemplados com recursos federais, assim como o monitoramento hidroviário dos rios Madeira, São Francisco, Paraguai, Tocantins e Tapajós. O plano de operação e manutenção das eclusas de Sobradinho (BA), Jupiá e Três Irmãos (MS) e de Tucuruí (PA) receberam uma verba de R$ 10 milhões no período.
INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS – O Governo Federal concluiu, no primeiro semestre, as obras das Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte (IP4) de Augusto Correia (MA) e de Mosqueiro, em Belém (PA). No período, a União deu início à execução de contratos de operação e manutenção de outras 19 instalações. O valor total é de R$ 133,9 milhões. Um aporte de R$ 105,8 milhões foi autorizado para manter a operação e a manutenção de 35 instalações portuárias cujos contratos já estavam em andamento.
O projeto de recuperação da IP4 de Manicoré (AM) foi aprovado e o Governo Federal investiu no período mais de R$ 13 milhões nas obras de construção das IP4 de Envira e Barcelos, no Amazonas, e Juruti e Oriximiná, no Pará. As obras de revitalização dos portos de Parintins e de Ipixuna, no Amazonas, foram entregues no período.