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Governo Federal apresenta propostas de combate ao racismo no esporte
Ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco (E), e do Esporte, Ana Moser, durante a apresentação do primeiro relatório do GTT - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil.
O Governo Federal divulgou relatório do Grupo de Trabalho Técnico (GTT) de Combate ao Racismo no Esporte , com propostas de ações para enfrentamento do problema. Os ministérios do Esporte, da Igualdade Racial e da Justiça e Segurança Pública têm se reunido desde fevereiro para pensar estratégias contra a discriminação racial no meio esportivo.
A elaboração do relatório foi o primeiro passo em direção à construção do programa Esporte sem Racismo, com ações a fim de superar o preconceito no esporte, lazer e atividade física.
O GTT, criado por portaria em 16 de junho, recomenda o estabelecimento de um acordo de cooperação entre o Governo Federal e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o combate à violência nos estádios e a implementação da Autoridade Nacional para Prevenção e Combate à Violência e à Discriminação no Esporte (Anesporte) ou órgão similar.
Uma das propostas para desenvolvimento com as entidades esportivas é a implementação de processos informativos que atendam atletas da base até a categoria master, gestores, equipes técnicas, árbitros, pais e mães de esportistas e outros para a realização de seminários, cartilhas, cursos presenciais e on-line e outras ações.
O relatório também indica a realização de campanhas em ambientes esportivos, criação de selo e de prêmio para entidades que promovam a ideia antirracista, e seminários com tribunais e tribunais superiores da justiça desportiva.
As ações propostas destinadas aos atletas são: a criação de debates e manifestações sobre racismo no cotidiano do trabalho, oferta de assistência psicológica e programa de saúde mental para atletas, e mobilização de embaixadores e porta-vozes para o combate aos discursos de ódio.
Para as torcidas, estão previstas ações de fomento para a produção de mosaicos e bandeirões, promoção de debates, seminários, cartilhas e cursos para esse público e mobilização das torcidas para ações unificadas.
O grupo de trabalho técnico propõe ainda a produção, o levantamento e a análise de dados, pesquisas e outros instrumentos de inteligência que sirvam como base de evidências para fundamentar políticas públicas de combate ao racismo e a inclusão de dispositivos antirracistas nos programas de esporte amador, de lazer e de esporte educacional mantidos pelo Ministério do Esporte.
Os trabalhos do grupo técnico devem ser prorrogados por 45 dias. A previsão é que parte das ações propostas sejam implementadas ainda este ano.