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DIÁLOGOS AMAZÔNICOS
Governo Federal anuncia investimento de R$ 3,4 bi para fortalecer produção científica na Amazônia
Foto: Divulgação - MCTI
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou em Belém (PA), nesta segunda-feira (7/8), o programa Mais Ciência na Amazônia. A ação prevê investimentos no valor de R$ 3,4 bilhões, oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e serão aplicados entre os anos de 2024 e 2026.
O montante contempla uma série de campos e setores, como infraestrutura de pesquisa científica, produção de conhecimento sobre biodiversidade, estímulo à inovação, monitoramento aeroespacial, segurança alimentar, conectividade e capacitação.
Em cerimônia realizada no Museu Paraense Emílio Goeldi, o diretor da instituição, Nilson Gabas Júnior, destacou que o programa é de uma importância sem precedentes na história. "São novas perspectivas, muito promissoras no sentido que a gente agora vai conseguir dar um salto no conhecimento, salto de inserção local, inserção regional naquilo que é o mais importante para o Brasil, que é o desenvolvimento sustentável – com consciência – da Amazônia, aliada à preservação e novas parcerias", comemorou.
A ministra Luciana Santos ressaltou a relevância de se criar uma produção científica em cooperação, que gere resultados concretos para os povos da Amazônia. "Anunciamos a transferência de tecnologia de monitoramento para os países que compõem a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA)", destacou, ao pontuar que o objetivo do MCTI é capacitar pesquisadores e pesquisadoras para poder fazer essa troca, essa cooperação internacional. "É claro que pesquisadores e especialistas dos países amazônicos também têm muita sabedoria para trazer para a gente. É uma construção mútua", disse a ministra.
MONITORAMENTO AEROESPACIAL – A capacitação de pesquisadores será feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), unidade de pesquisa do MCTI que monitora o desmatamento da floresta através de imagens dos satélites de observação da Terra. “Todos sabem que o Inpe é referência global no monitoramento dos biomas brasileiros, em especial, da Amazônia. É essa competência que nos coloca como potência científica na América Latina e como importante elo na construção das relações internacionais do Brasil”, frisou.
IPCC DA AMAZÔNIA – Inspirado no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC da Amazônia (anunciado neste domingo, 6, pela ministra) vai reunir informações científicas sobre clima e biodiversidade. A iniciativa terá a participação de especialistas e pesquisadores para a consolidação das evidências científicas relacionadas à Amazônia.
“O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação quer contribuir ainda mais para que a implementação de políticas públicas em prol da Amazônia gere resultados para as populações que aqui vivem. É por isso que o MCTI vai liderar a iniciativa IPCC Amazônia, já aprovada pelo presidente Lula", declarou a chefe da pasta. "Será um painel que reunirá informações científicas climáticas e também da biodiversidade, para gerar relatórios que auxiliem na tomada de decisões políticas e, sobretudo, na mitigação de ações deletérias ao clima e à biodiversidade amazônica”.