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CULTURA
Política Nacional de Artes recebe investimento de R$ 52 milhões
A ministra Margareth Menezes (Cultura) durante o anúncio dos novos investimentos. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O Governo Federal anunciou um investimento de R$ 52 milhões em editais e projetos culturais que valorizam a inclusão e a diversidade de gênero, racial, cultural e artística brasileira. Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (10/7), no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, a ministra da Cultura, Margareth Menezes; junto com a presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella, anunciaram o valor como parte de um investimento ao Funarte Retomada: Programas de Fomento para a Política Nacional das Artes. A primeira etapa abrange dança, música, teatro e artes visuais e circenses.
O Funarte Retomada é o resultado do esforço para formular programas que possam estar de mãos dadas com quem tece a rede produtiva das artes e promove o acesso da população aos bens artísticos e culturais”
Maria Marighella, presidente da Funarte
“O Funarte Retomada é o resultado do esforço para formular programas que possam estar de mãos dadas com quem tece a rede produtiva das artes e promove o acesso da população aos bens artísticos e culturais”, declarou a presidenta da Funarte. As inscrições vão ser abertas na quinta-feira (13/7).
“A arte brasileira é um dos nossos maiores patrimônios. Quantos países podem se orgulhar de ter uma música tão diversa, complexa e acessível? O nosso teatro, que brilha nos palcos e nas ruas, é uma potência. Como não se encantar com os artistas da dança e do circo?”, afirmou a ministra Margareth Menezes.
Essa etapa da Política Nacional das Artes é orientada por cinco eixos: criação e acesso; difusão nacional e internacional; memória e pesquisa; formação e reflexão; e a reestruturação da Fundação e de suas iniciativas. As áreas de interesse se dividem entre diferentes programas, como: Funarte Retomada, Bolsa Funarte de Mobilidade Artística, Prêmio Funarte de Mestres e Mestras das Artes, Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas e Funarte Aberta.
AÇÕES AFIRMATIVAS – Os editais valorizam medidas que promovem a igualdade de gênero e raça, além da questão da maior empregabilidade e inclusão de indivíduos que se identificam como LGBTQIA+, tal como pessoas trans e travestis, nas equipes de trabalho. Os editais também incluem uma política de cotas com, no mínimo, 20% dos projetos reservados para pessoas negras, 10% para indígenas e 10% para pessoas com deficiência.
INVESTIMENTOS FUTUROS – Um investimento de R$ 100 milhões ainda deve ser feito ao longo deste ano, quando devem ser apresentados outros programas. Para o diretor-executivo da Funarte, Leonardo Lessa, esse é o momento de voltar às origens. “Estamos aqui para recontar a uma instituição sua própria história e reconectá-la com sua missão, que é o fomento às artes brasileiras. Esses programas representam esse desejo”, afirmou.
RECONSTRUÇÃO – Maria Mariguella fez um paralelo entre o Palácio Gustavo Capanema e a reconstrução de políticas públicas de valorização e incentivo à cultura no Brasil: “Este prédio em obras, sendo restaurado, preservado, cuidado é a metáfora do primeiro ano de refundação do Ministério da Cultura e da recuperação institucional da Funarte”. Rebatizado em homenagem ao ministro da Educação e Saúde atuante na execução do projeto referência para as artes, o palácio abriga obras artísticas importantes, como quadros e murais de Cândido Portinari, esculturas de Bruno Giorgio, Adriana Janacópulos, Celso Antônio e Jacques Lipchitz, além dos jardins de Burle Marx. Do projeto participaram arquitetos como Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy e Jorge M. Moreira, tendo à frente Lucio Costa. A consultoria é do arquiteto francês Le Corbusier.