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ESPORTE
Governo estabelece estratégia de valorização e investimento no futebol feminino
Presidente Lula e ministra dos Esportes, Ana Moser. Foto: Ricardo Stuckert
Lugar de mulher é onde ela quiser e isso inclui os campos de futebol. O esporte é uma das maiores paixões nacionais, para mulheres e homens. Mas no campo feminino, recebe rara atenção e pouco investimento. Está mais do que na hora de mudar essa realidade, valorizando o esporte que é a cara do Brasil, mas com políticas de inclusão e igualdade. É com esse propósito que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado da ministra dos Esportes, Ana Moser, assinou nesta quinta-feira (30) decreto que cria a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino.
"Nã o existe outro caminho para a humanidade senão a gente ser tratado como iguais, não fazendo a discriminação que é feita hoje contra as mulheres em muitas atividades, inclusive no esporte", disse o presidente na cerimônia de assinatura. Lula e Ana Moser receberam a taça do Mundial FIFA 2023, que será disputado entre julho e agosto na Austrália e Nova Zelândia. Como forma de consolidar as políticas voltadas para o avanço do futebol feminino no país, o governo estuda apresentar candidatura para sediar a Copa do Mundo Feminina de Futebol em 2027.
"O governo estará à disposição da CBF para fazer o que for necessário para que a gente consiga trazer em 2027 a Copa do Mundo Feminina para o Brasil. Será um evento extraordinário, motivador da construção de uma consciência política junto ao povo brasileiro, para que entenda a participação da mulher efetivamente em todos os cantos que ela quiser participar", frisou o presidente.
A ministra dos Esportes, Ana Moser, afirmou que o futebol feminino traz um histórico de muitas dificuldades, de preconceitos e invisibilidades que persistem em afastar as mulheres da prática do esporte, seja por lazer ou mesmo em âmbito profissional. Nesse contexto, a seu ver, a estratégia apresenta as diretrizes para o pleno exercício do direito constitucional ao esporte para as mulheres.
FOMENTO AO ESPORTE - O decreto prevê a promoção do desenvolvimento do futebol feminino amador e profissional, com mais investimentos e foco em proporcionar a descoberta de novos talentos, além de ações de fomento à participação das mulheres na gestão, arbitragem e direção técnica de equipes.
A instalação de centros de treinamento específicos, com adoção de metodologia de aprendizado e diretrizes pedagógicas específicas adaptadas às necessidades das meninas e mulheres para a prática do futebol também está entre as medidas anunciadas.
A participação dos clubes de futebol brasileiros é essencial na aplicação de todas essas medidas, por isso, o texto prevê incentivos aos clubes na formação de meninas e mulheres para a prática do futebol feminino.
Para o atendimentos dessas medidas, o Ministério dos Esportes vai firmar parcerias com estados, distrito federal e municípios, bem como com Confederações, Federações, ligas, clubes de futebol ou demais entidades voltadas ao desenvolvimento do futebol feminino profissional e amador no Brasil.
O decreto determina que, em 120 dias, a pasta elabore um diagnóstico da situação atual do futebol feminino no país e um Plano de Ações até 2025 para a implantação da Estratégia.
DISCRIMINAÇÃO E VIOLÊNCIA - A violência de gênero é uma realidade no país, ainda mais quando se trata de futebol. Para coibir esses assédios, o governo buscará a criação de mecanismos efetivos de desmobilização de comportamentos intolerantes ou violentos contra as meninas e mulheres, nos estádios de futebol ou fora deles.