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ECONOMIA
Mais de 30 itens de alimentação e bebidas registram queda no ano em Goiânia
Alimentos foram os principais responsáveis por manter a inflação de agosto abaixo do que era projetado pelo mercado - Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Mais de 30 itens usuais de alimentação presentes nas refeições da maioria dos brasileiros ficaram mais acessíveis para os consumidores da capital goiana nos primeiros oito meses de 2023. Segundo os dados de inflação medida pelo IPCA divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início desta semana, cebola, carnes, batata, óleo de soja e banana tiveram quedas expressivas nas prateleiras de janeiro a agosto em Goiânia.
A cebola lidera a lista dos produtos com maior queda na máquina registradora. A redução no ano é de mais da metade do preço aplicado no ano passado (51,5%). Na sequência, aparecem o óleo de soja (28,9%), a batata inglesa (27,7%), a banana-maçã (18,8%) e frango em pedaços (16,1%).
Seguindo uma tendência nacional, o subgrupo das carnes teve redução de 9,9% no período, com destaque para acém (13,05%), músculo (13%), costela (12,69%), contra-filé (10,8%), chá de dentro (11,6%) e alcatra (10,6%). Outros produtos que tiveram queda de valor acima de 10% em Campo Grande são banana-prata (15,2%) e tomate (12,3%).
Deflação
Os dados nacionais indicam que houve uma retração expressiva e consecutiva nos últimos três meses no grupo de alimentos e bebidas. Em agosto, o recuo deste grupo foi de -0,85%, em grande parte devido à redução nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). A maior queda foi a da batata-inglesa (-12,92%) e destacam-se ainda o feijão-carioca (-8,27%), o tomate (-7,91%), o leite longa vida (-3,35%), o frango em pedaços (-2,57%) e as carnes (-1,90%).
INFLAÇÃO — No geral, a inflação de agosto foi de 0,23%, abaixo do que era projetado pelo mercado, e 0,11 ponto percentual acima da taxa de 0,12% registrada em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 3,23%. Em agosto, o maior impacto (0,17 p.p) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação, com destaque para o subitem energia elétrica residencial, com um aumento de 4,59% e impacto de 0,18 p.p. no índice geral.
"O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto", explica André Almeida, gerente do IPCA/INPC.