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ECONOMIA
Itens de supermercado têm queda de preço na cidade de São Paulo em 2023
Alimentos foram os principais responsáveis por manter a inflação de agosto abaixo do que era projetado pelo mercado - Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Alguns itens frequentemente recorrentes nas listas de compras usadas pelo brasileiro para ir ao supermercado estão mais acessíveis para os consumidores da capital paulista nos primeiros oito meses de 2023.
Segundo os dados de inflação medida pelo IPCA divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início desta semana, cebola, óleo de soja, batata-inglesa, alcatra, feijão carioca e contrafilé, ingredientes-chaves para a montagem de um nutritivo prato feito (ou pê-efe), tiveram quedas expressivas nas prateleiras desde o início do ano na cidade de São Paulo.
A cebola lidera a lista dos produtos com maior queda no prato dos paulistanos. A redução no ano é de quase um terço do preço aplicado no ano passado (-30,4%). Na sequência, aparecem o óleo de soja (-29,2%), a batata-inglesa (-18,7%), a alcatra (-16,7%), óleos e gorduras (-16,6%), o feijão carioca (-15,6%), o contrafilé (-14,5%) e a paleta (-11,9%). Outros produtos que tiveram queda de valor em torno de 10% em São Paulo capital são o tomate (-10,6%), o frango em pedaços (-10,3%) e o acém (9,8%).
Deflação
Os dados nacionais indicam que houve uma retração expressiva e consecutiva nos últimos três meses no grupo de alimentos e bebidas. Em agosto, o recuo deste grupo foi de -0,85%, em grande parte devido à redução nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). A maior queda foi a da batata-inglesa (-12,92%) e destacam-se ainda o feijão-carioca (-8,27%), o tomate (-7,91%), o leite longa vida (-3,35%), o frango em pedaços (-2,57%) e as carnes (-1,90%).
INFLAÇÃO — No geral, a inflação de agosto foi de 0,23%, abaixo do que era projetado pelo mercado, e 0,11 ponto percentual acima da taxa de 0,12% registrada em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 3,23%. Em agosto, o maior impacto (0,17 p.p) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação, com destaque para o subitem energia elétrica residencial, com um aumento de 4,59% e impacto de 0,18 p.p. no índice geral.
"O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto", explica André Almeida, gerente do IPCA/INPC.