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ECONOMIA
Frutas, carnes, cebola, batata e óleo lideram lista de alimentos em queda em Fortaleza
Alimentos foram os principais responsáveis por manter a inflação de agosto abaixo do que era projetado pelo mercado - Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Mais de 30 itens relativos a alimentos e bebidas apresentaram quedas nos preços nos primeiros oito meses do ano em Fortaleza, segundo dados de inflação medidos pelo IPCA e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início desta semana.
O destaque na capital cearense ficou com a cebola, que puxou a fila ao apresentar queda de -41,46% no preço praticado neste ano em relação ao fim de 2022. O óleo de soja, com índice de -21,13%, foi o segundo produto com maior redução dos preços de janeiro a agosto em Fortaleza.
Outro ponto que merece ser ressaltado diz respeito às carnes. Doze tipos de cortes reduziram preços na capital cearense nos oito primeiros meses, com destaque para o contrafilé (-14,28%), a alcatra (-14,12%), o acém (-13,44%), o fígado (-10,41%) e o chã de dentro (-10,37%). Completam a lista o patinho (-9,36%), a picanha (-8,95%), a costela (-6,03%), a carne de porco (-0,25%) e a carne de carneiro (-0,4%). A lista também contempla o frango em pedaços (-7,59%) e o frango inteiro (-7.03%).
Entre os tubérculos e frutas, merecem destaque a goiaba (-17,51%), a batata-inglesa (-14,21%), o maracujá (-12.8%), a laranja-pêra (-12,36%) e o mamão (-9,65%).
Deflação
Os dados nacionais indicam que houve uma retração expressiva e consecutiva nos últimos três meses no grupo de alimentos e bebidas. Em agosto, o recuo deste grupo foi de -0,85%, em grande parte devido à redução nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). A maior queda foi a da batata-inglesa (-12,92%) e destacam-se ainda o feijão-carioca (-8,27%), o tomate (-7,91%), o leite longa vida (-3,35%), o frango em pedaços (-2,57%) e as carnes (-1,90%).
INFLAÇÃO — No geral, a inflação de agosto foi de 0,23%, abaixo do que era projetado pelo mercado, e 0,11 ponto percentual acima da taxa de 0,12% registrada em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 3,23%. Em agosto, o maior impacto (0,17 p.p) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação, com destaque para o subitem energia elétrica residencial, com um aumento de 4,59% e impacto de 0,18 p.p. no índice geral.
"O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto", explica André Almeida, gerente do IPCA/INPC.