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Cebola, óleo de soja e mandioca puxam lista dos 36 itens alimentícios que tiveram queda no preço em Recife neste ano
Alimentos foram os principais responsáveis por manter a inflação de agosto abaixo do que era projetado pelo mercado - Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início desta semana referente à inflação medida pelo IPCA, 36 itens alimentícios apresentaram redução nos preços em Recife no acumulado dos oito primeiros meses deste ano em comparação com o final de 2022.
A cebola lidera a lista, tendo acumulado, entre janeiro e agosto de 2023 uma redução de 44,42% no preço. O óleo de soja (-19,44%) e a mandioca (-15,72%) completam os três produtos com maior índice de redução no período. A lista traz, ainda, itens como o doce de frutas em pasta (-13,06%), o cheiro-verde (-13,2%) e a batata-inglesa (-9,97%),
A capital pernambucana registrou ainda uma redução nos preços em dez tipos de cortes de carne bovina nos oito primeiros meses deste ano, com destaque para fígado (-14,64%), costela (-13,7%) e contrafilé (-13.03%). Completam a lista a alcatra (-9,71%), o patinho (-8,62%), o acém (-8,46%), o chã de dentro (-8,13%), a pá (-6,46%), o músculo (-6,38%) e o cupim (-5,93%). O frango inteiro (-10.39%), o frango em pedaços (-8,64%), a sardinha (-8,38%) e a carne de porco (-5,42%) também apresentaram redução.
Deflação
Os dados nacionais indicam que houve uma retração expressiva e consecutiva nos últimos três meses no grupo de alimentos e bebidas. Em agosto, o recuo deste grupo foi de -0,85%, em grande parte devido à redução nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). A maior queda foi a da batata-inglesa (-12,92%) e destacam-se ainda o feijão-carioca (-8,27%), o tomate (-7,91%), o leite longa vida (-3,35%), o frango em pedaços (-2,57%) e as carnes (-1,90%).
INFLAÇÃO — No geral, a inflação de agosto foi de 0,23%, abaixo do que era projetado pelo mercado, e 0,11 ponto percentual acima da taxa de 0,12% registrada em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 3,23%. Em agosto, o maior impacto (0,17 p.p) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação, com destaque para o subitem energia elétrica residencial, com um aumento de 4,59% e impacto de 0,18 p.p. no índice geral.
"O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto", explica André Almeida, gerente do IPCA/INPC.