Notícias
SEGURANÇA PÚBLICA
Órgãos federais apreendem 223 armas de fogo no Amapá em 16 meses
Exemplo de apreensão de armas ilegais feita pela Polícia Federal no Rio de Janeiro - Foto: Divulgação / Polícia Federal
O estado do Amapá registrou a apreensão de 223 armas de fogo por órgãos federais de segurança desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023, até abril de 2024.
Em 2023, foram apreendidas 201 armas, sendo que 130 foram retiradas de circulação por equipes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), 44 pela Polícia Federal (PF) e 27 pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O número representa cerca de 140% a mais do que a quantidade de armas apreendidas no estado em 2022 (84).
Já neste ano, em quatro meses (de janeiro a abril) as operações contabilizam 22 armas apreendidas no estado: 10 pela Senasp, seis pela PF e seis pela PRF.
Os dados estão disponíveis no ComunicaBR, plataforma de transparência ativa do Governo Federal
NÚMEROS NACIONAIS – Em todo o país, 13.340 armas de fogo foram apreendidas por PF, PRF e Senasp entre janeiro de 2023 e abril de 2024. Somente no ano passado, foram 10.935 apreensões, um incremento de 28% em relação a 2022 (8.466). E, nos quatro primeiros meses deste ano, mais 2.405.
O diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp (DIOP/Senasp), Rodney Silva, explica que os números registrados em 2023 e 2024 decorrem do aumento da fiscalização e das ações operacionais da PF, da PRF e das polícias militares e civis dos estados.
"O foco tem sido a prevenção das ocorrências de crimes mais graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita desse comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas propriamente dito, tomadas de cidade e outros crimes violentos", afirma Silva.
ENFOC, GISE E FICCO – Ações como o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC), que conta com aporte federal de R$ 900 milhões até 2026, e expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (GISE) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO), ligados à Polícia Federal, impactaram diretamente os números de apreensões de armas de fogo no Brasil.
Os GISE foram expandidos em 2023 e passaram a operar em 21 estados. As FICCO estão em todo o país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública destinou R$ 85 milhões para o funcionamento das unidades, especialmente para pagamento de diárias, aquisição de viaturas, materiais de apoio e equipamentos tecnológicos e de inteligência.
"O desafio da segurança pública no combate ao uso ilegal de arma de fogo perpassa pelo fortalecimento da atividade de inteligência de segurança pública, a integração das forças de segurança e também a participação da sociedade na construção coletiva de soluções alternativas em busca do entendimento sobre a resolução de conflitos", finaliza Silva.