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SEGURANÇA PÚBLICA
No Maranhão, 408 armas de fogo são apreendidas por órgãos federais em 16 meses
Exemplo de apreensão de armas ilegais feita pela Polícia Federal no Rio de Janeiro - Foto: Divulgação / Polícia Federal
No Maranhão, 408 armas de fogo ilegais foram apreendidas por órgãos federais de segurança desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O número é referente ao período entre janeiro do ano passado e abril de 2024, quando os itens foram retirados de circulação no estado maranhense pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Considerando somente 2023, foram 363 apreensões no Maranhão, um aumento de 16,3% em relação a 2022, quando 225 armas foram retiradas de circulação pelas forças federais.
Os dados estão disponíveis no ComunicaBR, plataforma de transparência ativa do Governo Federal
NÚMEROS NACIONAIS – Em todo o país, 13.340 armas de fogo foram apreendidas por PF, PRF e Senasp entre janeiro de 2023 e abril de 2024. Somente no ano passado, foram 10.935 apreensões, um incremento de 28% em relação a 2022 (8.466). E, nos quatro primeiros meses deste ano, mais 2.405.
O diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp (DIOP/Senasp), Rodney Silva, explica que os números registrados em 2023 e 2024 decorrem do aumento da fiscalização e das ações operacionais da PF, da PRF e das polícias militares e civis dos estados.
"O foco tem sido a prevenção das ocorrências de crimes mais graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita desse comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas propriamente dito, tomadas de cidade e outros crimes violentos", afirma Silva.
ENFOC, GISE E FICCO – Ações como o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC), que conta com aporte federal de R$ 900 milhões até 2026, e expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (GISE) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO), ligados à Polícia Federal, impactaram diretamente os números de apreensões de armas de fogo no Brasil.
Os GISE foram expandidos em 2023 e passaram a operar em 21 estados. As FICCO estão em todo o país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública destinou R$ 85 milhões para o funcionamento das unidades, especialmente para pagamento de diárias, aquisição de viaturas, materiais de apoio e equipamentos tecnológicos e de inteligência.
"O desafio da segurança pública no combate ao uso ilegal de arma de fogo perpassa pelo fortalecimento da atividade de inteligência de segurança pública, a integração das forças de segurança e também a participação da sociedade na construção coletiva de soluções alternativas em busca do entendimento sobre a resolução de conflitos", finaliza Silva.