Perguntas Frequentes - Vacinação
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Vacinas
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O que são as vacinas?
As vacinas são substâncias biológicas que tem finalidade de induzir a resposta imunológica (imunidade adquirida ativa) do organismo, com o objetivo de proteger o indivíduo contra uma determinada doença (profilática) ou evitar que ela se desenvolva de maneira severa (terapêutica).
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Como as vacinas funcionam?
As vacinas ajudam o sistema de defesa da pessoa a combater infecções de maneira mais eficiente, provocando uma resposta imunológica do corpo a doenças específicas. Assim, se um micro-organismo patogênico invadir o corpo dessa pessoa no futuro, o sistema imunológico dela já saberá como combate-lo.
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Qual a importância das vacinas?
As vacinas previnem a doença, a incapacidade e a morte por doenças evitáveis através da vacinação, tais como o câncer do colo do útero, a poliomielite, o sarampo, a rubéola, a parodite, a difteria, o tétano, a tosse convulsa, a hepatite A e B, as pneumonias bacterianas, as doenças diarreicas por rotavírus e a meningite bacteriana.
As vacinas estimulam o sistema imunitário do organismo a proteger a pessoa contra infecções ou doenças. À medida que mais indivíduos em uma comunidade são vacinados, menos pessoas ficam vulneráveis.
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As vacinas são seguras?
Sim! As vacinas são muito seguras.
Todas as vacinas passam por rigorosos testes de segurança e qualidade, incluindo estudos clínicos, antes de serem aprovadas para o público.
A maioria das reações são geralmente pequenas e temporárias, como dor ou rubor (vermelhidão) no local da injeção. Reações mais graves são extremamente raras e cuidadosamente monitoradas e investigadas. É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina. A doença poliomielite, por exemplo, pode causar paralisia; o sarampo pode causar encefalite e cegueira; e algumas doenças preveníveis por meio da vacinação podem até resultar em morte.
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Por que devemos vacinar as crianças?
As vacinas estão entre as principais medidas de saúde adotadas e, ao longo do tempo, tem ajudado a proteger as crianças contra diversas doenças que podem causar sérias consequências e até morte, especialmente em pessoas com sistemas imunológicos em desenvolvimento, como é o caso dos bebês.
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A vacinação pode ter impacto sobre o desenvolvimento neurológico das crianças?
Não. As vacinas não afetam o desenvolvimento neurológico das crianças. Elas evitam que as crianças peguem doenças, que podem desenvolver quadros graves e afetar o sistema neurológico.
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Qual a importância da vacinação para o recém-nascido?
Em relação à Hepatite B, a vacinação precoce é fundamental, principalmente nos locais em que a gestante possui pouco acesso ao pré-natal. No caso de mães que apresentem o HBsAg+, é fundamental que o bebê receba a vacina nas primeiras 12 horas de vida. Essa atitude protege o bebê de contaminação e da doença. Em relação à BCG, a vacinação é uma atitude de proteção do recém-nascido contra as formas graves da tuberculose.
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A vacina pode fazer o bebê ficar doente?
As vacinas são extremamente seguras. Geralmente, o mal-estar ou desconforto após a vacinação é temporário, como uma dor no local da injeção ou febre moderada. Esses efeitos podem ser controlados com a administração de analgésicos e compressas locais, de acordo com a recomendação dos profissionais de saúde.
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Quando o bebê não toma a vacina na idade recomendada, ele corre algum risco? Quais?
Com certeza! Até o momento de se vacinar, além de ficar desprotegido e mais vulnerável, ele é também agente transmissor da doença caso fique doente. Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Por isso, é extremamente importante alertar as famílias sobre a importância de se vacinar, não só na proteção individual, mas também na erradicação de doenças passíveis de prevenção.
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Quais vacinas são ofertadas no Brasil?
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferta ao todo 31 tipos diferentes de vacinas, com indicações estabelecidas no Calendário Nacional de Vacinação e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). Essas indicações são feitas de acordo com a faixa etária, para grupos prioritários e com condições clínicas especiais.
Para saber se precisa tomar alguma vacina, o cidadão deve comparecer a um posto de vacinação levando o seu cartão ou caderneta de vacinação para que seja avaliado e atualizado, se necessário; ou consultar os calendários nacionais de vacinação (criança, adolescente, adulto, idoso e gestante).
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Quais são as vacinas ofertadas pelo SUS?
Todas as vacinas ofertadas pelo SUS podem ser conhecidas pelo Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde e em consultas ao Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
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Posso atrasar o calendário de vacinas?
Uma das melhores maneiras de se proteger contra diversas doenças é seguir o calendário de vacinas recomendado. Sempre que você adia uma vacina, aumenta a vulnerabilidade do seu organismo a doenças.
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O que é imunização?
A imunização é o processo pelo qual uma pessoa se torna resistente a um patógeno (vírus ou bactéria), quer através do contato com certas doenças, quer através da administração de uma vacina.
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O que é imunidade?
Quando uma pessoa é infectada pela primeira vez por uma substância estranha ao organismo, o sistema imunológico produz anticorpos (proteínas que atuam como defensoras no organismo) para combater aquele invasor. Nesse sentido, a imunidade é definida como a capacidade do organismo de resistir a um agente causador de doença.
A imunidade adquirida é altamente específica para um patógeno particular, incluindo o desenvolvimento de memória imunológica. Ela pode ser adquirida 'naturalmente' (por infecção) ou 'artificialmente' (por meio de ações deliberadas, como a vacinação).
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O que é imunidade coletiva ou “imunidade de rebanho”?
A imunidade coletiva ocorre quando uma pessoa infectada transmite o vírus ou a bactéria para menos de uma pessoa, proporcionalmente.
Se um número suficiente de pessoas em uma comunidade for vacinado contra uma determinada doença, elas podem alcançar algo chamado imunidade coletiva ou “imunidade de rebanho”. Quando isso acontece, as doenças não podem se espalhar facilmente de pessoa para pessoa, porque a maioria das pessoas estão imunes. Isso proporciona uma camada de proteção contra as doenças, mesmo para aqueles que ainda não podem ser vacinados contra algumas doenças.
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Pessoas resfriadas ou com rinite alérgica podem ser vacinadas?
Sim. As vacinas são contraindicadas apenas em caso de doenças agudas graves que incluem febre.
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Quem tem alergia a ovo pode tomar vacina?
Apenas os indivíduos com formas graves de alergia ao ovo, como urticária e reações anafiláticas, não devem receber as vacinas que possuem esse componente. É importante consultar um médico, pois só ele pode definir se há contraindicação à vacinação.
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O que é preciso ser feito para me vacinar?
Toda a população pode se vacinar gratuitamente nas mais de 36 mil salas de vacinação localizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país, e/ou em pontos de vacinação definidos pelo município. Para isso, basta comparecer a um serviço de vacinação do SUS, com o cartão em mãos.
Para quem perdeu o cartão de vacinação, a orientação é procurar o serviço de saúde onde recebeu as vacinas, se possível, ou qualquer outro serviço de vacinação do SUS, mais próximo da residência, para resgatar o histórico de vacinação e fazer a segunda via.
A ausência da Caderneta de Vacinação não é um impeditivo para vacinar. Toda pessoa pode ser vacinada nos serviços de vacinação do SUS, onde recebe um registro de controle da vacinação (cartão), podendo, em outo momento, atualizar a Caderneta.
Ressalta-se que o cartão/caderneta de vacinação é o documento que comprova a situação vacinal do indivíduo, devendo ser guardado junto aos demais documentos pessoais.
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Vacinas causam autismo?
Não, vacinas não causam autismo. Um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre uma possível relação entre a vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e o autismo, foi posteriormente considerado seriamente falho e o artigo foi retirado pela revista que o publicou.
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É possível que com uma melhor higiene e saneamento as doenças desapareçam e as vacinas não serão mais necessárias?
As vacinas são necessárias, assim como a higiene e o saneamento. As doenças que podem ser prevenidas por vacinas retornarão caso os programas de imunização sejam interrompidos. Ainda, doenças já controladas ou eliminadas em decorrência das políticas efetivas de vacinação, com o alcance e manutenção das coberturas vacinais preconizadas pelos programas, podem voltar serem importantes problemas de saúde pública, com as baixas coberturas vacinais.
Uma melhor higiene, lavagem das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de algumas doenças infecciosas. Entretanto, muitas dessas infecções podem se espalhar, independente da higiene ou do saneamento básico, a exemplo das doenças transmissíveis pelas vias respiratórias.
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As vacinas têm vários efeitos colaterais prejudiciais e de longo prazo que ainda são desconhecidos. A vacinação pode ser até fatal?
Não é verdade. As vacinas são seguras e passam por todas as fases de pesquisas antes de serem aprovadas para uso na população geral.
A maioria dos efeitos são geralmente pequenos e temporários, como a dor ou edema no local da aplicação e febre. Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados.
É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que adoecer ou apresentar complicações graves decorrentes da vacinação, quando administrada adequadamente, conforme as recomendações estabelecidas.
A poliomielite, por exemplo, pode causar paralisia; o sarampo pode causar encefalite e cegueira; e algumas doenças preveníveis por meio da vacinação podem até resultar em morte.
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A vacina combinada contra a difteria, tétano e coqueluche e a vacina contra a poliomielite causam a síndrome da morte súbita infantil?
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Não é verdade. Não há relação causal entre a administração de vacinas e a síndrome da morte súbita infantil (SMSI), também conhecida como síndrome da morte súbita do lactente. No entanto, essas vacinas são administradas em um momento em que os bebês podem sofrer com essa síndrome. Em outras palavras, as mortes por SMSI são coincidentes à vacinação e teriam ocorrido mesmo se nenhuma vacina tivesse sido aplicada. É importante lembrar que essas quatro doenças são fatais e que os bebês não vacinados contra elas estão em sério risco de morte ou incapacidade grave.
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As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, posso não me vacinar?
Não se pode relaxar em relação à vacinação. Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras ou controladas em muitos países, os agentes infecciosos que as causam, continuam a circular em algumas partes do mundo.
Em um mundo globalizado, altamente interligado, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Desde 2005, por exemplo, na Europa Ocidental ocorrem focos de sarampo em populações não vacinadas (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Espanha Suíça e Reino Unido).
Por isso é importante que a vigilância epidemiológica dessas doenças seja mantida, bem como a manutenção da vacinação dos públicos-alvos, a fim de alcançar e manter as coberturas vacinais preconizadas pelos programas de vacinação. Dessa forma, as duas principais razões para a vacinação são proteger a nós mesmos e também as pessoas que estão à nossa volta.
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Doenças infantis evitáveis por vacinas não são apenas infelizes fatos da vida?
As doenças evitáveis por vacinas não têm que ser "fatos da vida". Enfermidades como sarampo, caxumba e rubéola são graves e podem levar a complicações em crianças e adultos, incluindo pneumonia, encefalite, cegueira, diarreia, infecções de ouvido, síndrome da rubéola congênita (caso uma mulher seja infectada com rubéola no início da gravidez) e até a morte.
Todas essas doenças e o sofrimento que elas causam podem ser prevenidos com vacinas. Assim, o fato de não vacinar as crianças faz com que elas fiquem desnecessariamente vulneráveis.
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Aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo em uma criança pode aumentar o risco de eventos adversos prejudiciais, que podem sobrecarregar seu sistema imunológico?
Não é verdade. Evidências científicas mostram que aplicar várias vacinas ao mesmo tempo não causa aumento de eventos adversos sobre o sistema imunológico das crianças, desde que sejam administradas conforme as recomendações estabelecidas.
Além disso, crianças são expostas constantemente a centenas de substâncias estranhas (novas ao organismo), que desencadeiam uma resposta imune. O simples ato de comer introduz novos antígenos no corpo e numerosas bactérias vivem na boca e no nariz. Uma criança é exposta a muito mais antígenos de um resfriado comum ou dor de garganta do que de vacinas.
As principais vantagens de aplicar várias vacinas ao mesmo tempo são: menos visitas ao posto de saúde ou hospital, o que economiza tempo e dinheiro; e uma maior probabilidade de que o calendário vacinal seja completado em tempo oportuno, conforme as recomendações estabelecidas pelos programas de vacinação. Além disso, quando é possível ter uma vacinação combinada, como a vacina tríplice viral (para proteção contra sarampo, caxumba e rubéola), menos injeções são aplicadas.
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As vacinas contêm mercúrio. Isso não é perigoso para a saúde?
- Não existe evidência que sugira que a quantidade de tiomersal utilizada nas vacinas represente um risco para a saúde. O tiomersal é um composto orgânico, que contém mercúrio, adicionado a algumas vacinas como conservante. É o conservante mais utilizado para vacinas que são fornecidas em frascos multidose.
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O que são as vacinas?
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Vacina Covid-19
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A vacina para covid-19 é segura?
Sim, as vacinas adotadas pelo SUS cumpriram todas as fases, seguiram critérios científicos rígidos e seu uso emergencial foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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Por que a vacina contra a covid-19 não evita a infecção pelo coronavírus?
Indivíduos vacinados têm menor risco de complicações pela covid-19, mas é possível que pessoas vacinadas venham a se infectar e transmitir a doença mesmo que não desenvolvam sintomas ou desenvolvam sintomas leves.
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A vacina pode me imunizar de todas as mutações do Coronavírus?
Os dados disponíveis até o momento apontam que as vacinas são eficazes para a maioria das cepas do vírus. Porém, não é possível prever ainda se existirão mutações do vírus que reduzam a proteção conferida pelas vacinas covid-19, produzidas e comercializadas até o momento.
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Eu estou imunizado logo após tomar a vacina? Posso voltar a frequentar aglomerações?
Não! O sistema imunológico demora algum tempo para produzir a quantidade necessária de anticorpos. Além disso, ainda não há estudos sobre a eficácia da vacina no bloqueio da transmissibilidade da doença, assim, a adoção das medidas não-farmacológicas de prevenção como o uso de máscara, distanciamento social e a atenção à higiene das mãos e de objetos devem ser continuadas.
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A pessoa vacinada pode transmitir o vírus?
Sabe-se que indivíduos vacinados têm menor risco de complicações, mas é possível que, ao se infectar, transmitam a doença. Isso pode acontecer mesmo sem o desenvolvimento de sintomas.
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Já peguei Covid-19, preciso me vacinar?
Sim! Pessoas que já pegaram Covid-19 devem ser vacinadas. Pesquisas apontam que a vacina pode proporcionar uma imunidade mais duradoura à Covid-19 e fortalecer a imunidade natural à doença.
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Se a pessoa estiver com sintomas gripais, ela pode tomar a vacina?
Em geral, como com todas as vacinas, diante de doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se o adiamento da vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.
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Existe algum tipo de bebida ou comida que não deve ser consumida antes ou depois de tomar a vacina?
Esclarece-se que a grande maioria dos pacientes alérgicos a medicamentos ou a alimentos não são alérgicos a algum componente específico da vacina, não comprometendo, assim, a administração deste imunizante.
No que se refere a ingestão de algum tipo de bebida, conforme alguns estudos e artigos publicados sobre o tema, não há evidências de que o álcool reduza a formação de anticorpos promovidos pelas vacinas, não comprometendo, assim, a resposta imunobiológica do indivíduo ao imunizante. No entanto, especialistas recomendam observar a ingestão de álcool nos dias após a vacinação, uma vez que algumas pessoas podem apresentar eventos adversos leves com sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, calafrios, fadiga e dor de cabeça, com desconforto que pode, assim, ser potencializado pelo estado de “embriaguez” ou “ressaca”. Por outro lado, os desconfortos físicos decorrentes da ingestão de bebida alcoólica podem ser confundidos como manifestação de eventos adversos às vacinas.
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A vacinação é obrigatória?
Não há uma obrigatoriedade explícita para a vacinação, entretanto o Ministério da Saúde esclarece que todas as vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguras e possuem os devidos registros na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A vacinação é de extrema relevância para evitar a propagação de doenças imunopreveníveis, bem como reduzir a morbi/mortalidade por complicações destas. A importância da vacinação pode ser comprovada pela erradicação da varíola e pela eliminação da poliomielite, da rubéola e síndrome da rubéola congênita. A vacinação permitiu, ainda, uma redução drástica da circulação de agentes patógenos, responsáveis por doenças como difteria, tétano e coqueluche.
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Por que eu tenho que tomar duas doses de vacina?
A eficácia e segurança das vacinas disponíveis até o momento foram avaliadas com esquemas contendo duas doses, respeitando os intervalos preconizados pelas farmacêuticas produtoras, não sendo possível assegurar a mesma eficácia e segurança apenas com uma dose da vacina.
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Posso tomar todas outras vacinas do calendário vacinal junto com a vacina de Covid-19?
Neste momento, recomenda-se que as vacinas para covid-19 sejam tomadas isoladamente, com um intervalo mínimo de 14 dias entre outras vacinas do calendário vacinal.
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Posso tomar a primeira dose de uma vacina e a segunda dose de outra?
Não. Ainda que as vacinas sejam destinadas à Covid-19, os imunizantes possuem formulações diferentes. O recomendado é manter a administração da dose 2 com a mesma vacina administrada como dose 1.
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Não tenho o cartão do SUS. Posso me vacinar?
Sim. O Ministério da Saúde recomenda o uso de CNS ou CPF para a vacinação. É importante que o indivíduo compareça aos postos de vacinação portando documentos e, em caso de segunda dose, o comprovante da primeira dose, seja por meio impresso (comprovante de vacina/carteirinha de vacina) ou eletrônico, por meio do app ConecteSUS.
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Pessoas com comorbidades precisam de atestado médico com a indicação para vacinação?
Segundo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, indivíduos pertencentes ao grupo comorbidade poderão estar pré-cadastrados no SI-PNI. Aqueles que não tiverem sido pré-cadastrados poderão apresentar qualquer comprovante que demonstre pertencer a um destes grupos de risco (exames, receitas, relatório médico, prescrição médica etc.). Adicionalmente, poderão ser utilizados os cadastros já existentes dentro das Unidades de Saúde.
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Grávida pode tomar vacina?
A segurança e eficácia das vacinas contra a Covid-19 ainda não foram avaliadas em mulheres grávidas. Estudos em animais não demonstraram risco. Considerando as plataformas das vacinas em uso, o risco de haver qualquer complicação para as gestantes é baixo.
A vacina poderá ser realizada após avaliação cautelosa de risco e benefício, estando indicada para as gestantes que pertencerem a um dos grupos prioritários para vacinação, no momento recomendado em Tenção ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.
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Existe risco se uma pessoa tomar vacinas diferentes?
Indivíduos que, por ventura, venham a ser vacinados de maneira inadvertida com duas vacinas diferentes, deverão ser notificados como um erro de imunização no e-SUS Notifica e devidamente acompanhados com relação ao desenvolvimento de eventos adversos e falhas vacinais.
Não se pode assegurar a efetividade e segurança do uso de esquemas vacinais contendo vacinas diferentes, no entanto é improvável que esse uso venha a incorrer em riscos aumentados de eventos adversos.
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Qual o tempo de imunidade que as vacinas aplicadas no Brasil (Astrazeneca/Oxford e Sinovac/Butantan) oferecem?
Não está estabelecida a duração de proteção a longo prazo. Acredita-se que as vacinas covid-19 induzirão proteção por vários meses a anos. No entanto, apenas após a observação da população por tempo prolongado, após a vacinação, será possível realizar esse tipo de análise.
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Por que é preciso tomar várias doses de vacina contra a covid-19?
A aplicação de todas as doses recomendas é importante porque garante uma resposta imunológica mais rápida do organismo quando entra em contato com o vírus. Por esse motivo também é essencial, além de cumprir o esquema primário de vacinação — as duas primeiras doses de imunizante (ou dose única, a depender do fabricante) — receber também as doses de reforço indicadas.
A estratégia da dose de reforço é feita porque, passado um tempo, a resposta do organismo cai e, um novo contato com a vacina, eleva sobremaneira a efetividade da prevenção contra o Sars-CoV-2. Pesquisas já realizadas apontam, por exemplo, que as doses de reforço desempenham um papel fundamental nas hospitalizações e óbitos por covid-19.
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Qual a diferença da vacina bivalente para as vacinas monovalentes aplicadas anteriormente?
As vacinas monovalentes possuem em sua composição a cepa original de SARS-CoV-2. Já as vacinas bivalentes, além da cepa original, também possuem subvariantes da ômicron (BA4/BA5).
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Não existe mais um plano nacional de operacionalização que orienta as ações de vacinação contra a covid-19?
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 (PNO) visou orientar as ações de vacinação contra a covid-19 às unidades da Federação (UF) e para os municípios, no planejamento e na operacionalização da vacinação contra a doença. Entretanto, considerando as novas recomendações para o cenário atual, o PNI encerrará as edições do PNO e as atualizações quanto aos imunizantes e novas estratégias de vacinação para a covid-19 continuarão a ser realizadas por meio de notas e informes técnicos.
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Quem nunca tomou nenhuma vacina contra a covid-19 pode tomar a primeira dose da vacina Pfizer bivalente?
Pessoas que tiverem apenas uma dose ou nenhuma, deverão ser vacinadas com a vacina monovalente completando as duas primeiras doses iniciais.
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Quem pode tomar a vacina COVID-19 Pfizer bivalente?
- Idosos de 60 anos ou mais de idade.
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos (ILP e RI) e seus trabalhadores.
- Pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade.
- Indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade).
- Gestantes e puérperas.
- Trabalhadores da saúde.
- Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade).
- População privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.
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O que é o esquema primário de vacinação para covid-19?
É a quantidade de doses necessárias para atingir a reposta imune suficiente para garantir a proteção contra a doença.
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O que é a dose de reforço?
É a dose administrada a uma pessoa vacinada que completou uma série primária de vacinação (duas doses da vacina COVID-19, dependendo do produto) quando, com o tempo, a imunidade e a proteção clínica caíram abaixo de uma taxa considerada suficiente.
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Estados e municípios podem definir datas diferentes para a vacinação?
Sim, estados e municípios têm autonomia para definir datas diferentes, conforme as realidades regionais.
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Por que gestantes e puérperas são consideradas grupo prioritário para vacinação?
A infecção pelo SARS-CoV-2 em gestantes está associada a aumentos substanciais na morbidade e mortalidade materna quando comparados a covid-19 em mulheres não gravidas. A vacinação contra a covid-19 durante a gravidez e puerpério tem sido recomendada amplamente para prevenir doença grave e mortes nesta população.
Adicionalmente, os bebês têm risco de complicações associadas à doença, incluindo insuficiência respiratória e outras complicações graves, logo a transferência de anticorpos (IgG) maternos para o feto é um benefício adicional da vacinação de gestantes.
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Porque a população indígena, ribeirinhos e quilombolas são considerados grupos prioritários?
No Brasil, populações indígenas convivem, em geral, com elevada carga de morbimortalidade, com o acúmulo de comorbidades infecciosas, carências ligadas à contaminação ambiental, assim como com doenças crônicas, aumentando o risco de complicações e mortes pela covid-19. As doenças infecciosas nesses grupos tendem a se espalhar rapidamente e atingir grande parte da população, devido ao modo de vida coletivo e às dificuldades de implementação das medidas não farmacológicas.
Em consonância a esses determinantes, encontram-se também as populações ribeirinhas e quilombolas, que tendem a apresentar uma transmissão viral mais intensa, considerando vários aspectos de vulnerabilidade existentes.
No delineamento de ações de vacinação nessas populações, deve-se considerar ainda os desafios Iogísticos e econômicos ao se planejar a vacinação em áreas remotas e de difícil acesso. A dificuldade de acesso a essas populações aumenta muito o custo da ação de vacinação e, por isso, não se faz em fases escalonadas. Além disso, múltiplas visitas aumentam o risco de introdução da covid-19 e outros patógenos durante a própria ação de vacinação.
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Quais são os eventos adversos mais comuns relacionados à vacina da Pfizer?
Os eventos adversos comuns e muito comuns são: cefaleia, diarreia, artralgia, mialgia, dor no local da injeção, fadiga, arrepios, febre, inchaço no local da injeção, náusea, rubor no local da injeção.
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Existem contraindicações à vacinação com vacinas covid-19?
Sim, para pessoas com hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer dos excipientes da vacina. Pessoas que já apresentaram uma reação anafilática confirmada a uma dose anterior de uma vacina COVID-19. Pacientes que sofreram trombose venosa e/ou arterial importante em combinação com trombocitopenia após vacinação com qualquer vacina para a covid-19. Pessoas com histórico de síndrome de extravasamento capilar.
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A vacina para covid-19 é segura?
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Vacinação Sarampo
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Por que o Brasil perdeu o certificado de “país livre do sarampo”?
Em 2018 ocorreu a reintrodução do vírus do sarampo no país, e diante das baixas coberturas vacinais, e consequentemente do grande contingente de pessoas não vacinadas, houve a dispersão do vírus no território nacional, e devido à elevada transmissibilidade, ocorreram grandes surtos no país. Após 12 meses com a circulação do mesmo genótipo, o Brasil perdeu o cerificado de país livre de sarampo.
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O que fazer se não lembro de ter me vacinado contra o sarampo, ou não ter tomado nenhuma dose da vacina, ou ainda, ter perdido o cartão/caderneta de vacinação?
Deve buscar o serviço de saúde para verificar e atualizar sua caderneta de vacinação conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
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Irei viajar para o exterior, e não sei se sou vacinado para me proteger do sarampo, o que devo fazer?
Deve buscar o serviço de saúde para verificar e atualizar sua caderneta de vacinação conforme o Calendário Nacional de Vacinação pelo menos 15 dias antes da data da viagem.
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As vacinas contra o sarampo são seguras?
Sim, as vacinas contra o sarampo são seguras e eficazes e também causam poucas reações.
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A vacinação para menores de 12 meses de idade é segura?
Sim, é segura e recomendada pelo Ministério da Saúde para proteger os bebês que ainda não têm a vacinação contra o sarampo estabelecida na rotina.
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Quando uma pessoa é considerada vacinada com esquema completo?
- Se tiver entre 1 a 29 anos de idade e tiver tomado duas doses da vacina;
- Se tiver entre 30 a 59 anos e tiver tomado uma dose.
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Qual o intervalo de tempo entre as doses da vacina contra o sarampo?
Quando houver indicação de duas doses, o intervalo entre elas é de 30 dias.
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Há alguma precaução ou contraindicação para a vacinação contra o sarampo?
Precaução:
- Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até pelo menos 1 (um) mês após a vacinação;
- Pessoas com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas segundo orientações do Manual do CRIE .
Contraindicação:
- A vacina tríplice viral é contraindicada para gestantes e crianças abaixo dos 6 (seis) meses de idade, mesmo em situações de surto de sarampo ou rubéola;
- Pessoas comprovadamente portadoras de alergia à proteína do leite de vaca (APLV) devem ser vacinadas com a vacina tríplice viral dos laboratórios Bio-Manguinhos ou Merck Sharp & Dohme (MSD).
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É gestante e tomou a vacina, o que fazer?
- Gestantes vacinadas inadvertidamente com a vacina tríplice viral não têm indicação para interromper a gravidez. Entretanto, essas gestantes deverão ser acompanhadas no pré-natal para identificar possíveis intercorrências;
- Vale ressaltar que, até o momento, os estudos de acompanhamento de vacinação inadvertida em gestantes não demonstraram risco aumentado de complicações, sendo que a contraindicação é feita como uma precaução por se tratar de vacinas contendo vírus vivo.
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Quem teve sarampo precisa se vacinar?
Sim, pois as vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde, além do sarampo, protegem contra outras doenças. Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).
Portanto, é muito importante se vacinar!
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A pessoa que teve sarampo pode ter novamente?
Não. A pessoa que teve sarampo adquire imunidade contra a doença e não contrai novamente.
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Uma pessoa que é suspeita de sarampo e não é vacinada, pode tomar a vacina contra o sarampo?
Não. Deve-se aguardar a investigação, coleta de amostras e desaparecimento dos sinais e sintomas para ser vacinada.
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Quais os principais Eventos Supostamente Atribuídos à Vacinação e Imunização (ESAVI) que a vacina contra o sarampo pode apresentar?
De maneira geral, as vacinas tríplice viral e tetraviral são pouco capazes de gerar uma reação adversa no organismo e bem toleradas.
Os efeitos adversos atribuíveis à vacinação e imunização podem ser devidos a reações de hipersensibilidade a qualquer componente das vacinas ou manifestações clínicas semelhantes às causadas pelo vírus selvagem (replicação do vírus vacinal), geralmente com menor intensidade. As manifestações locais são pouco frequentes, mas podem ocorrer, ardência de curta duração, eritema (vermelhidão na pele), hiperestesia (sensação de dor) e enduração (endurecimento do local onde a vacina foi aplicada).
Outras manifestações incluem:
- Febre com temperatura de 39,5ºC ou mais, surge entre o 5º e o 12º dia após a vacinação, em geral durando de um a dois dias, às vezes até cinco dias.
- Dor de cabeça ocasional, irritabilidade, discreta elevação da temperatura corporal, conjuntivite e/ou manifestações catarrais, ocorrem entre o 5º e o 12º dia após a vacinação.
- Exantema (manchas vermelhas), de extensão variável, ocorre do 7º ao 14º dia após a vacinação, durando em torno de dois dias.
- Linfadenopatia (aumento dos gânglios linfáticos) pode aparecer do 7º ao 21º dia.
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Quais situações indicam o adiamento da vacinação?
- Em caso de doenças agudas febris, moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a melhora do quadro clínico, com o intuito de não atribuir à vacina as manifestações da doença.
- Após uso de imunoglobulina, sangue e derivados, a vacinação deverá ser adiada por 3 a 11 meses, dependendo do hemoderivado e da dose administrada, devido ao possível prejuízo na resposta imunológica.
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Durante o uso de medicamento (antibiótico) pode se vacinar contra o sarampo?
O uso de antibióticos não é motivo para contraindicar a vacina, no entanto, é importante informar ao profissional de saúde antes da vacina ser administrada.
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Se tomar a vacina, há alguma contraindicação para a doação de sangue?
Sim. Por se tratar de uma vacina composta de vírus vivos atenuados (enfraquecido), o uso da vacina tríplice viral exige aguardar um período de quatro semanas após a vacinação para a doação de sangue;
Para que a vacinação contra o sarampo não interfira no número de doações de sangue, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas, primeiramente, busquem os serviços de hemoterapia para procederem à doação de sangue antes da vacinação. Com isso, espera-se manter adequados os estoques de sangue nos hemocentros e garantir a vacinação e proteção oportunas.
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Por que o Brasil perdeu o certificado de “país livre do sarampo”?
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