Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Contaminantes Químicos
A Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Contaminantes Químicos (Vigipeq) tem como objetivo o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde de forma a adotar medidas de promoção, prevenção contra doenças e agravos e atenção integral à saúde das populações expostas a contaminantes que interferem na saúde humana e nas inter-relações entre o homem e o ambiente, buscando articular ações de saúde integradas – prevenção, promoção, vigilância e assistência à saúde dessas populações.
O Programa Vigipeq está subdividido em dois subprogramas de atuação, a saber: Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solos Contaminados (Vigisolo); e Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição Atmosférica (Vigiar).
Para a sistematização das informações e acompanhamento das populações identificadas pelos técnicos municipais e estaduais foi desenvolvido o Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de População Exposta a Solo Contaminado (Sissolo).
No que se refere a inserção dos dados relacionados à identificação de populações expostas ou potencialmente expostas no Sissolo, é possível agregar os dados coletados, analisá-los e assim propor estratégias de ação para cada tipo de população, contaminante ou área afetada.
São consideradas áreas de risco: áreas de atividade industrial, área contaminada por acidentes com produtos perigosos, área de disposição de resíduos industriais, depósitos de agrotóxicos, área de mineração, contaminação natural, postos de abastecimentos, disposição final de resíduos urbanos, entre outras.
As informações levantadas devem ser qualificadas com o objetivo de identificar uma possível exposição humana e contaminação ambiental, identificar os contaminantes de interesse e as rotas de exposição, subsidiando a elaboração de protocolos para avaliação e acompanhamento da saúde das populações expostas a contaminantes químicos. Os protocolos se propõem a organizar a demanda já existente nos serviços de saúde, buscando atender às especificidades para, assim, contribuir com a melhoria da qualidade de vida e redução da morbimortalidade pela exposição humana a áreas contaminadas por contaminantes químicos.
A comunicação de risco e o sistema de informação permeiam todas as etapas propostas no modelo de atuação permitindo a divulgação, apropriação das informações e definição de estratégias de ação necessárias para a atenção integral à saúde de populações expostas a contaminantes químicos.