Avaliação de Risco à Saúde Humana
A Avaliação de Risco à Saúde Humana (ARSH) é uma metodologia que visa identificar, caracterizar e acompanhar a saúde de populações expostas a contaminantes. Ela é uma parte crucial da vigilância da saúde ambiental, pois ajuda a regulamentar as emissões poluentes, definir padrões ambientais e priorizar áreas e procedimentos de remediação em áreas contaminadas.
Histórico no Brasil
No Brasil, a ARSH ganhou destaque na década de 1980 com a criação dos órgãos de controle ambiental. Durante esse período, os efeitos das políticas de “progresso a qualquer custo” começaram a surgir, e áreas contaminadas por emissões de empreendimentos em operação e de atividades abandonadas passaram a ser identificadas e dadas ao conhecimento público.
Importância para a Saúde Pública
A ARSH é uma ferramenta essencial para a vigilância da saúde ambiental no Brasil, permitindo uma melhor compreensão dos riscos à saúde associados à exposição a contaminantes ambientais e fornecendo uma base sólida para a tomada de decisões em saúde pública.
Metodologia
O Ministério da Saúde, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), desenvolveu uma metodologia de avaliação de risco à saúde derivada da americana da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR) e adaptada às nossas realidades e aos princípios e critérios do Sistema Único de Saúde (SUS). A metodologia brasileira se denomina “Diretrizes para elaboração de estudo de avaliação de risco à saúde humana por exposição a contaminantes químicos”, mais conhecida como Estudos de ARSH.
Aplicação dos Estudos no Brasil
Desde o primeiro estudo de ARSH em Cidade dos Meninos (Duque de Caxias/RJ), foram desenvolvidos vários estudos nos locais em áreas contaminadas mais emblemáticas no Brasil. A exitosa experiência brasileira na realização de estudos de avaliação de risco à saúde humana foi reconhecida pela OPAS que passou a divulgá-la para os países latino-americanos.