Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
A Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar - PeNSE é uma pesquisa periódica realizada desde 2009 com outras edições em 2012, 2015, 2019 e está sendo realizada também no ano de 2024. Faz parte das ações promovidas pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e em colaboração com o Ministério da Educação (MEC), constituindo uma importante iniciativa para compreender a saúde e o bem-estar dos adolescentes em todo o Brasil.
É uma pesquisa por amostragem, desenhada a partir do cadastro das escolas públicas e privadas fornecido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) de modo a ser representativa em nível nacional. Junto a outros inquéritos, a PeNSE compõe o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, sob a responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde.
Nessa pesquisa coletamos dados essenciais sobre diversos aspectos da vida dos adolescentes na faixa etária de 13 a 17 anos para investigar a frequência e distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre escolares brasileiros mas não só. São investigados fatores de risco e promoção à saúde relacionados à saúde mental, vacinação, prevenção de IST, situações relacionadas a conflitos em casa e na escola.
A PeNSE também coleta informações sobre características do ambiente escolar aos quais os adolescentes estão expostos. Com os resultados da PeNSE, os profissionais dos setores de saúde e educação dispõe de informações para avaliação de um conjunto de políticas destinadas também ao ambiente escolar.
A Pesquisa Nacional da Saúde Escolar desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de políticas públicas destinadas a melhorar a saúde de todos os adolescentes brasileiros. Também identifica as questões prioritárias para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a promoção da saúde em escolares, em especial o Programa Saúde na Escola (PSE). Além disso, a PeNSE contribui para que a sociedade em geral conheça melhor as necessidades e realidades dos adolescentes, provendo informações sobre questões de saúde que afetam essa fase importante do desenvolvimento humano.
objetivos
Identificação de Fatores de Risco e Proteção
Ao analisar hábitos e comportamentos dos estudantes, a Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (PeNSE) identifica fatores que contribuem para a saúde, bem como fatores de risco que podem impactar negativamente o bem-estar dos adolescentes.
Compreensão da Saúde dos Adolescentes
A pesquisa Nacional da Saúde Escolar (PeNSE) busca compreender diferentes aspectos da saúde dos adolescentes brasileiros, fornecendo dados essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas e ações direcionadas à promoção da saúde nessa faixa etária.
Monitoramento de Tendências
A pesquisa é fundamental para monitorar tendências ao longo do tempo, permitindo avaliar mudanças nos padrões de saúde e comportamento dos adolescentes brasileiros. Essas informações são valiosas para adaptação e aprimoramento de políticas públicas.
Temas abordados
O questionário da PeNSE aborda uma ampla gama de temas relacionados à saúde e ao bem-estar dos adolescentes, incluindo hábitos alimentares, prática de atividades físicas, uso de tabaco, consumo de álcool e outras drogas, saúde mental, segurança, entre outros. Além disso, a pesquisa coleta informações sobre o ambiente escolar, permitindo uma compreensão mais abrangente dos fatores que influenciam a saúde dos estudantes.
A PeNSE coleta informações com base em dois questionários: o questionário da escola e o questionário do aluno. Conjuntamente, as informações individuais e do ambiente escolar permitem compreender quais principais fatores permeiam os hábitos e comportamentos dos alunos, abordando os seguintes temas:
- Saúde Física: Avaliação de hábitos alimentares, prática de atividades físicas, padrões de sono, prevalência de obesidade e outros indicadores relacionados à saúde física.
- Saúde Mental e Emocional: Investigação sobre o bem-estar psicológico dos adolescentes, incluindo sintomas de ansiedade, depressão, autoestima e relacionamentos interpessoais.
- Comportamentos de Risco: Análise de comportamentos de risco à saúde, como consumo de álcool, tabaco e outras drogas, iniciação sexual precoce, violência, bullying e acesso a armas.
- Fatores Socioeconômicos e Ambientais: Consideração do impacto de variáveis socioeconômicas e ambientais na saúde dos adolescentes, como renda familiar, acesso a serviços de saúde e condições de moradia.
- Ambiente escolar: informações sobre características do ambiente escolar aos quais os adolescentes estão expostos, incluindo questões voltadas a alimentação, prática de atividade física, segurança, entre outros.
Histórico
Desde sua primeira edição em 2009, a Pesquisa Nacional da Saúde Escolar (PeNSE) evoluiu, ampliando sua abrangência e incorporando inovações significativas para fornecer uma visão abrangente da saúde dos adolescentes em todo o país.
Edições Anteriores:
2009: A PeNSE coletou informações de 63.411 escolares do 9º ano do ensino fundamental em 1.453 escolas públicas e privadas, representando as 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal.
2012: A pesquisa expandiu a abrangência geográfica, alcançando 109.104 escolares do 9º ano em 2.842 escolas em todas as 26 capitais, no Distrito Federal e em outros municípios para alcançar resultados representativos das cinco Grandes Regiões do Brasil.
2015: A terceira edição da PeNSE foi expandida para escolares de 13 a 17 anos, visando a comparabilidade dos indicadores gerados pela PeNSE com indicadores monitorados internacionalmente. Manteve-se a representatividade dos indicadores para todas as 26 capitais, o Distrito Federal e Grandes Regiões do Brasil. Adicionalmente, foi realizada aferição de peso e altura para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) em 2015, proporcionando dados mais precisos sobre o estado nutricional dos adolescentes.
2019: A quarta edição da pesquisa, trouxe importantes inovações em relação às anteriores, em especial, a incorporação de novos indicadores e a ampliação da abrangência geográfica da amostra de 13 a 17 anos de idade com informações por Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios das Capitais. Seus resultados, no entanto, mantêm comparabilidade com os de edições pregressas, em diversos quesitos, para os escolares do 9º ano do ensino fundamental.
2022: Lançamento do relatório 2009-2019 Análise de indicadores comparáveis dos escolares do 9º ano do ensino fundamental: A publicação analisa indicadores comparáveis da saúde dos escolares do 9º ano do ensino fundamental entre 2009 e 2019. Focada em estudantes de 13 a 17 anos de escolas públicas e privadas nas capitais, a pesquisa visa identificar fatores de risco e proteção à saúde, período em que se formam hábitos influentes nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis. A análise utiliza novos métodos para entender tendências de saúde pré-pandemia de COVID-19 e planejar políticas sociais que abordem as desigualdades e vulnerabilidades dos adolescentes brasileiros. Resultados detalhados estão disponíveis no portal do IBGE.
2024: Destaca-se que a quinta edição da pesquisa está sendo realizada em 2024. Além da manutenção dos módulos já existentes, a 5ª edição passou por reformulações em seu questionário para contemplar questões atuais, como pobreza menstrual e bullying e ajustes em questões já existentes para melhor compreensão, como as questões sobre uso de cigarros eletrônicos e drogas, consumo alimentar e higiene e saúde bucal, além da realização da antropometria em uma amostra selecionada.
Os relatórios completos e as tabelas e microdados da pesquisa estão disponíveis para acesso no site do IBGE.