EpiSUS
O EpiSUS estrutura-se a partir do desenho de um currículo baseado em competências profissionais. Esse currículo materializa-se na aplicação de métodos ativos de ensino-aprendizagem e na valorização da experiência em serviço para a aprendizagem significativa.
Qualificar a força de trabalho em epidemiologia de campo, por meio da capacitação para investigação e resposta a surtos e emergências em saúde pública no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e dos demais serviços que compõem o SUS.
Ampliar a formação em epidemiologia de campo nos níveis fundamental, intermediário e avançado, de forma descentralizada e integrada aos entes federados.
Ética, moralidade administrativa, respeito, responsabilidade, impessoalidade, eficiência, trabalho em equipe, compromisso social e com a saúde pública, integralidade, equidade, inovação e aprimoramento tecnológico.
Objetivos
- Proporcionar conhecimento teórico-prático sobre a epidemiologia aplicada;
- Subsidiar o desenvolvimento de competências profissionais entre os profissionais/trabalhadores do setor saúde, visando a qualificação da força de trabalho para as ações vigilância em saúde;
- Estimular o desenvolvimento de competências profissionais para a resolução de problemas relacionados à vigilância em saúde;
- Incentivar a difusão de conhecimentos baseados em evidências por meio da produção de materiais bibliográficos, técnico, instrucionais e informacionais e da participação em eventos técnicos e científicos nacionais e internacionais, como parte da formação.
Origem do EpiSUS
Em 1951, o Centers for Disease Control and Preventions (CDC) em Atlanta, Georgia, EUA instituiu um treinamento chamado Epidemiology Inteligence Service (EIS) para atender os desafios das doenças infecciosas naquele país, de forma a investiga-las, estudando-as e respondendo, portanto, às necessidades de sua população.
Com o passar dos anos, o aumento da demanda de profissionais de saúde de outros países levou o CDC a implantas um programa denominado Field Epidemiology Training Program (FETP) para atender a esta necessidade.
Atualmente, este programa está implantado em 80 países de várias regiões do mundo, atendendo ao modelo de Field Epidemiology Training Program – FETP, sendo parte da Rede de Programas de Treinamento em Epidemiologia e Intervenções de Saúde Pública (Tephinet).
Implantação do EpiSUS no Brasil:
O Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS), FETP do Brasil, foi instituído em 31 de julho de 2000, através da celebração de um acordo de Cooperação Técnica (CT) entre o Ministério da Saúde e os Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos da América (CDC/EUA), seguindo as diretrizes do currículo proposto para os FETP.
Durante quase duas décadas completas, o EpiSUS trabalhou visando à consolidação do nível Avançado do treinamento. Atualmente, o Programa é estruturado em três níveis de formação com parâmetros, carga horária e currículo em consonância com a rede global Training Programs in Epidemiology and Public Health Interventions Network (Tephinet).
A Tephinet é uma organização sem fins lucrativos, cujo objetivo é fortalecer a capacidade da saúde pública internacional por meio do apoio e da manutenção de uma rede de programas de treinamentos baseados na aplicação de estratégias de investigação de campo. Esses programas contribuem para o desenvolvimento de competências em epidemiologia aplicada e práticas em saúde pública em mais de 80 países.
Saiba mais sobre a Rede Global de Programas de Treinamento em Epidemiologia e Intervenções em Saúde Pública
Níveis do Episus
A organização do ensino do EpiSUS está dividida em três níveis (Fundamental, Intermediário e Avançado), a serem desenvolvidos segundo às necessidades das esferas municipal, estadual/distrital e nacional.
Os níveis de formação em epidemiologia de campo e a formação de apoio técnico-pedagógico integram o modelo de desenvolvimento do Programa (Figura 1), particularmente nos níveis Fundamental e Intermediário, que são realizados concomitantemente ao serviço e não requerem dedicação exclusiva dos profissionais em treinamento.