Checando os Fatos
Neste espaço você pode checar a veracidade das informações sobre a Missão Yanomami.
Os indígenas Yanomami são venezuelanos?
A Terra Indígena Yanomami se situa nos estados dado Amazonas e Roraima, na fronteira com a Venezuela, e é ocupado há vários séculos pelo povo Yanomami. São reconhecidos como cidadãos brasileiros de direitos civis plenos desde a Constituição de 1988, que garante, segundo o artigo 231 ““sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”.
A situação de crise humanitária de território Yanomami é uma mentira?
Os dados recentes levantados pelo ministério da saúde apontam um grave quadro de crise sanitária no TIY. No período de 2018 a 2022 foram registrados 505 óbitos de indígenas Yanomami menores de um ano de idade, tendo ocorrido, em 2022, 99 mortes de menores de 5 anos por causas evitáveis
Desde 2016, observa-se o aumento do baixo peso em crianças, que aumentou de 49,3% para 56,5% em 2021. Alguns pólos base (unidades básicas de saúde no território indígena), em 2022, apresentam aumento da taxa de baixo peso com frequências maiores, como Paapiu (81%), Aratha-u (78%), Surucucu (71,4%), entre outros. O baixo peso nas gestantes chegou a 46,9% em 2022.
-Nos últimos 4 anos, o número de casos de malária no Dsei Yanomami passou de 9.928 em 2018 para 20.393, o que representa um aumento de mais de 105%. Até o momento foram registrados no Dsei 11.634 casos da doença em 2022, sendo que 3.478 (29,9%) são em crianças de 0 a 9 anos (principalmente menores de 3 anos). Esses e outros indicadores como a falta de acesso a saneamento básico, desnutrição, aumento do número de remoções e óbitos com desassistência, indicam uma grave crise humanitária.
As ONG foram responsáveis pelo aumento de mortes de crianças Yanomamis?
Não existe qualquer evidência de correlação entre o aumento de mortes de crianças Yanomami e a atuação de ONGs na região.
