A inteligência epidemiológica busca ampliar as abordagens e estratégias típicas da vigilância epidemiológica para acrescentar análises de risco (percepção, concepção, gerenciamento e comunicação) na tomada de decisão. Com esta finalidade, a inteligência epidemiológica faz uso não só de conceitos e métodos epidemiológicos, mas também de modelos estatístico-computacionais avançados, associados a modernas ferramentas de tecnologias da informação e comunicação.
Nos últimos anos, a ocorrência de epidemias e pandemias por doenças emergentes ou reemergentes mostrou a necessidade premente da comunidade nacional e internacional aprimorar os serviços de inteligência em vigilância epidemiológica. Os impactos da Covid-19 sobre a população ressaltaram que a urgência de ampliar a resistência mundial para enfrentar futuras epidemias e pandemias.
Esse cenário epidemiológico complexo desafia os sistemas de saúde a incrementarem suas capacidades de análise e monitoramento de eventos quanto a desenvolverem sistemas mais eficiente e oportunos de alerta para detecção de emergências em saúde, em nível local, regional nacional e global.
Centro Nacional de Inteligência Epidemiológica e Vigilância Genômica
Para aprimorar a vigilância epidemiológica e garantir uma resposta rápida e eficaz a emergências de saúde pública, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) lançou o Centro Nacional de Inteligência Epidemiológica e Vigilância Genômica (CNIE). Esse projeto visa melhorar o monitoramento e controle de doenças por meio de uma infraestrutura moderna e integrada.
O CNIE utiliza espaços físicos e virtuais equipados com tecnologias avançadas de comunicação, audiovisual e computação de alto desempenho. Uma equipe multidisciplinar, com suporte técnico e científico, emprega métodos modernos e análises robustas para acessar e integrar dados de saúde, criando condições ideais para análises situacionais e tomada de decisões informadas.
O objetivo é ampliar a capacidade de análise epidemiológica, fortalecendo a tomada de decisão baseada em evidências e alinhada com a Política Nacional de Vigilância em Saúde. Com a experiência adquirida durante a pandemia de Covid-19, ficou claro que se faz necessário aprimorar os serviços de inteligência epidemiológica para aumentar a resiliência frente a futuras crises de saúde.