Articulação das Redes de Atenção à Saúde e APS
As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são os trajetos percorridos para acesso aos diferentes pontos dos serviços de saúde. Esses trajetos existem com o objetivo de coordenar o cuidado e o acesso dos usuários nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, busca garantir que estes, ao apresentar determinada condição de saúde, estejam em um ponto de cuidado adequado à sua necessidade.
No âmbito da lógica de redes, cada ponto/serviço tem seu papel e organização para a oferta do cuidado. Nesse âmbito, a Atenção Primária tem como atributo ser porta de entrada preferencial do SUS e realizar a coordenação (prioritária) do cuidado e comunicação dentro da rede, ou seja, é por meio das equipes de saúde de Atenção Primária que o usuário deve, preferencialmente, buscar atendimento para, quando necessário, ser encaminhado para os demais pontos e serviços. Essa atuação ocorre por meio de equipes de Atenção Primária, Prisional, Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal, das Famílias Ribeirinhas e Fluviais, Consultório na rua com apoio das Equipes Multiprofissionais (eMulti) atuantes nas Unidade Básica de Saúde e outros serviços.
Conforme suas necessidades, os usuários podem ser encaminhados para os outros pontos de atenção, oportunizando um atendimento adequado conforme sua complexidade e ofertando os cuidados e procedimentos necessários. Diante dos princípios do SUS, foram estabelecidas redes temáticas que atendam as demandas populacionais recorrentes e prioritárias. Saiba mais sobre as redes temáticas: Rede Cegonha, Rede de Atenção às Urgências e Emergências, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.
A Rede de Atenção à Saúde também é organizada a partir da gestão da clínica, que possuir em sua composição diferentes ferramentas que facilitam a comunicação efetiva entre os pontos da rede, sendo as Linhas de Cuidado uma delas.
As linhas de cuidado articulam recursos e práticas dos serviços de saúde, através de diretrizes clínicas, assistenciais e de fluxos para nortear os processos entre os serviços de saúde e os diferentes pontos da RAS, além de regiões de saúde. Elas servem para favorecer a condução oportuna, ágil e singular dos usuários, e ampliar as possibilidades de diagnóstico e tratamento, considerando as necessidades de saúde do usuário.
Dessa maneira, o Ministério da Saúde tem realizado ações que auxiliam na coordenação e articulação das redes, integrando políticas, coordenações, gestores, movimento popular e diversos outros setores para a construção coletiva de estratégias que qualifiquem o acesso a todos os pontos da rede de forma articulada, coordenada, corresponsabilizada e equânime.