Pesquisas em andamento
PNAISal - Pesquisa Nacional de Iodação do Sal
Na 58ª Assembléia Mundial de Saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou a Resolução WHA 58/60 que recomenda aos países o monitoramento trienal da situação nutricional referente ao iodo. Nesse sentido, o Ministério da Saúde propôs a realização de um novo estudo de base populacional, a Pesquisa Nacional para Avaliação do Impacto da Iodação do Sal (PNAISAL), de abrangência nacional, com a finalidade de avaliar o impacto da iodação do sal produzido no Brasil, atendendo, assim, o preconizado pelo Pró-Iodo. A PNAISAL é um inquérito nacional, cuja amostra é constituída por 19.600 escolares, com idade entre 6 e 14 anos. Este estudo permitirá calcular estimativas independentes para cada uma das cinco regiões brasileiras e para cada unidade da federação.
Até o final de 2011 foram visitadas escolas privadas e públicas de 19 estados brasileiros, a saber: RS, SC, PR, MS, MT, DF, GO, TO, PA, SP, RJ, MG, ES, CE, MA, PI, BA, AL e SE. Ao final do estudo, cujo campo será completado em 2012, cerca de vinte mil crianças e adolescentes de todo país terão a urina coletada e analisada.
O resultado desta pesquisa tem alta relevância epidemiológica e política, uma vez que permitirá atualizar as bases de dados internacionais, no âmbito dos pactos firmados, e ainda credenciará o país a receber o Certificado Internacional de Eliminação Virtual dos Distúrbios por Deficiência de Iodo de seu território e subsidiará as discussões relativas à revisão da faixa de iodação do sal no país.
ENFACS - Estudo Nacional da Fortificação da Alimentação Complementar
O Ministério da Saúde, visando à redução da prevalência de anemia por deficiência de ferro, estabeleceu em maio de 1999, o Compromisso Social para Redução da Anemia por Deficiência de Ferro no Brasil. O propósito foi estabelecer as bases e os mecanismos entre as partes, em prol da redução da anemia por deficiência de ferro por meio da promoção da alimentação saudável com a implementação da Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável; distribuição de suplementos na rede de saúde para grupos populacionais específicos, por meio do Programa Nacional de Suplementação de Ferro, que prevê a suplementação universal de sulfato ferroso isolado a crianças menores de 18 meses, gestantes e lactantes; e fortificação da produção brasileira das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico.
A estratégia de suplementação profilática com sulfato ferroso isolado atualmente encontra-se em fase de discussão da efetividade plena na prevenção da anemia por deficiência de ferro. A adesão ao uso de sulfato ferroso é, frequentemente, limitada pela combinação de diversos fatores: o gosto desagradável, escurecimento dos dentes e fezes, e, em altas doses causa desconforto abdominal. Diversos estudos realizados internacionalmente e no Brasil reforçam a hipótese do papel de outros micronutrientes na etiologia da anemia e, com base nas últimas evidências científicas, parece que a prevenção e o controle da anemia nutricional exigem a adoção de estratégias complementares e o uso de múltiplos micronutrientes.
Diante do cenário moderado a grave de saúde pública para anemia no Brasil e da necessidade de adoção de estratégias complementares para reverter esse quadro, a CGAN vem discutindo com grupo de especialistas nacionais e com o Unicef a efetividade da fortificação caseira como estratégia programática de prevenção da anemia em crianças menores de 2 anos. Considerando-se a diversidade do nosso país e tendo em vista o compromisso ético-político de construção coletiva, gestores do Ministério da Saúde envolvidos com o PNSF e consultores nacionais concluíram que a melhor estratégia seria a realização de um estudo multicêntrico para avaliação da proposta de fortificação com múltiplos micronutrientes em pó, que consiste na utilização de um sache composto por 15 micronutrientes (vitaminas e minerais) em pó, que pode ser facilmente acrescentado e misturado aos alimentos e/ou preparações oferecidas à criança diariamente no período de 2 a 3 meses.
Desta forma, o Ministério da Saúde, em parceria com cinco universidades brasileiras (USP, UFG, UFPE, UFAC e UFCSPA), avaliará o efeito dessa estratégia em diferentes realidades, já que essas são fortemente influenciadas pelas condições sociais e culturais, também considerando a ação como integrante dos cuidados ofertados nos dois modelos de Atenção Básica vigentes no país (Tradicional e Estratégia Saúde da Família).
Clique para saber mais sobre o estudo.
Clique para saber mais sobre o Workshop de Fortificação Caseira no Brasil promovido pela CGAN em 29 e 30 de setembro de 2011.