HIV/AIDS
Entre os pacientes com HIV/AIDS desnutridos que iniciam a terapia antiretroviral (ART), o risco de morrer é duas a seis vezes maior em comparação àqueles que recebem alimentação adequada. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, crianças soropositivas precisam de 50 a 100% mais calorias, comparadas às soronegativas, enquanto os adultos necessitam de até 30% mais calorias com a doença em progresso¹.
Para esses pacientes, a alimentação deve ser balanceada e adequada às necessidades de cada um, melhorando assim os níveis de T-CD4 (células de defesa) e a absorção intestinal, diminuindo os problemas provocados pelos sintomas, que podem ser minimizados ou mesmo revertidos².
Alguns sintomas ou doenças podem ser efeitos adversos da medicação anti-retroviral ou conseqüência de outras infecções, como perda de peso, falta de apetite, náuseas e vômitos, aumento de peso, feridas na boca/dor ao engolir, boca seca, constipação, azia, gases intestinais, alterações ósseas, dentre outros².
A deficiência de vitaminas e minerais é comum em pessoas infectadas pelo HIV e é atribuída à má absorção e a alterações no mecanismo do sistema imune e metabólico. Entretanto, a suplementação de micronutrientes deve ser individualizada e cuidadosa. Uma infecção de HIV descontrolada pode também aumentar a taxa metabólica, resultando em necessidades energéticas elevadas².
As pessoas com AIDS e com sistema imunitário enfraquecido têm um risco maior de contrair doenças de origem alimentar, por isso é importante seguir diretrizes básicas de precaução e higiene alimentar, como lavar as mãos antes de uma refeição; higienizar corretamente os alimentos in natura, seguir as orientações de descongelamento de alimentos, ter cuidado especial com alimentos perecíveis².
A prática de atividade física regular estimula o sistema imunológico e é muito importante para as pessoas que vivem com HIV e AIDS, pois melhoram a depressão, ansiedade, fadiga, convívio social e auto-estima. Também aumentam a massa muscular, a contagem de Linfócitos T-CD4 e ajudam na recuperação dos distúrbios causados pela lipodistrofia (Brasil)².
1. Portaria SAS/MS n° 307/2009 - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Doença Celíaca.
2. Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra). Doença Celíaca. Disponível em: . Acesso em 28 de maio de 2012.
3. Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (FENACELBRA). Doença celíaca. Disponível em: . Acesso em 28 de maio de 2012.
4. Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio de Janeiro). ONU enfatiza importância de alimentação nutritiva no tratamento de HIV/AIDS