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ATENÇÃO P´RIMÁRIA
Enani: Ministério da Saúde alerta para boatos sobre pesquisa de nutrição infantil
Em busca de traçar um retrato atualizado da nutrição infantil no Brasil, o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), pesquisa inédita no país, terminou o ano de 2019 com 10 mil entrevistas domiciliares completadas em todo território nacional. No entanto, alguns pesquisadores têm enfrentado dificuldades na continuação do levantamento de dados devido a boatos espalhados em aplicativos de mensagens e notícias falsas envolvendo o estudo.
A pesquisa tem o objetivo de avaliar as práticas de alimentação, aleitamento materno, o estado nutricional antropométrico e deficiências de micronutrientes em crianças brasileiras menores de 5 anos. O estudo já foi concluído em 13 estados e Distrito Federal e continua percorrendo casas nos municípios dos demais estados - Pará, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte, Maranhão, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Amapá e Piauí - para alcançar a meta de 15 mil domicílios.
Informações detalhadas sobre hábitos alimentares, peso e altura de crianças de até cinco anos e a realização de exame de sangue nos participantes com seis ou mais meses de vida são alguns dos procedimentos que integram o Enani. Todas as etapas são realizadas em domicílio e os resultados dos exames são disponibilizados para as famílias.
Pela primeira vez, dados sobre o crescimento e o desenvolvimento infantil e o mapeamento sanguíneo de 10 micronutrientes, como os minerais ferro, zinco e selênio e vitaminas do complexo B, serão estudados em todo o território nacional. Informações sobre amamentação, doação de leite humano, consumo de suplementos de vitaminas e minerais, habilidades culinárias, ambiente alimentar e condições sociais da família também serão investigadas.
Encomendada pelo Ministério da Saúde, a pesquisa é realizada com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e é coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também participam da coordenação a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ao todo, a iniciativa conta com a participação de 60 pesquisadores de 22 instituições acadêmicas públicas e privadas de todas as regiões do país.
Segurança e transparência na coleta de dados
As visitas domiciliares são realizadas por pesquisadores identificados com camisa e crachá contendo o nome e a fotografia do entrevistador, além do logotipo do Ministério da Saúde. As informações coletadas são sigilosas e, em hipótese alguma, os nomes das crianças ou dos seus responsáveis serão identificados. A participação dos indivíduos é voluntária.