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Síndrome do Ovário Policístico
A Síndrome do Ovário Policístico, também chamada de SOP, eleva os níveis hormonais femininos e pode atingir até 10% das mulheres. Mas você sabe quais os sintomas desta doença e como tratá-la?
A ginecologista e especialista em Reprodução Assistida, Isabel Correa, do Hospital Federal dos Servidores do Estado, explica quais as características da SOP, como a doença pode dificultar a vida da mulher e fala dos tratamentos mais eficazes atualmente.
PERGUNTA: Como é feito o diagnóstico da SOP?
ESPECIALISTA: A Síndrome dos Ovários Policísticos acomete de 6 a 10% das mulheres em idade fértil. A SOP se apresenta como:
– Irregularidade menstrual;
– Excesso de pelos, presença de acne ou alopecia androgênica, elevação dos androgênios no sangue (hormônios masculinos);
– Ovários policísticos detectados através de ultrassonografia transvaginal.
São necessários dois destes três critérios para se fazer o diagnóstico da síndrome, desde que afastadas outras causas. Para confirmação do diagnóstico de SOP e tratamento adequado, serão solicitados diversos exames de sangue e de imagem.
PERGUNTA: A doença tem ligação com a diabetes?
ESPECIALISTA: Tem sim, e é um grande fator de risco, principalmente nas obesas e com síndrome metabólica.
PERGUNTA: Como a SOP pode se agravar?
ESPECIALISTA: Se não tratada, a SOP pode evoluir para infertilidade, alterações da menstruação, obesidade, diabetes e câncer de endométrio.
PERGUNTA: A doença pode atrapalhar os planos de ter filhos?
ESPECIALISTA : A doença não só dificulta a gravidez como pode até impedi-la. Para engravidarmos, precisamos ovular e as pacientes com SOP não ovulam ou o fazem de maneira irregular.
PERGUNTA: Existe alguma forma de tratamento sem ser com anticoncepcionais, por exemplo? Se não, como é feito o tratamento com esse método?
ESPECIALISTA: Existem sim, os anticoncepcionais servem para regular o ciclo menstrual, proteger o endométrio e evitar gravidez. Além disso, podem melhorar a acne e o excesso de pelos. Mas o principal é a perda de peso que é feita com atividade física e restrição calórica. Podemos usar também medicações para diminuir a insulina, como a metformina e o mio-inositol.
Por: Vitória Pinheiro estagiária sob supervisão de Lilian Affonso
Foto: arquivo pessoal