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SEMS promove palestra para comemorar o Dia Internacional da Tireoide
O Dia Internacional da Tireoide é comemorado em 25 de maio e foi criado para conscientizar a população da importância da detecção precoce e tratamento das doenças tireoidianas.
Pensando nisso, que o setor de Promoção e Atenção à Saúde do Servidor (PAS), da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (SEMS RJ), promoveu uma palestra, ministrada pela endocrinologista e médica do PAS, Andréa Ferreira, que falou sobre a prevenção e os cuidados que se deve ter com a tiroide.
“É importante sempre fazer exames de rotina, anualmente, o chamado check-up , pois quanto mais cedo o paciente souber se tem algum problema na tiroide, mais rápido é o tratamento feito de forma adequada. O primeiro exame é o toque físico do médico. Depois é o exame de sangue, que serve para avaliar e analisar o hormônio da tireoide”, explicou Andréa.
No fim da palestra, a médica tirou as dúvidas dos participantes e se colocou à disposição para futuros esclarecimentos.
A principais doenças na tiroide são: hipotireoidismo e o hipertireoidismo
Hipotireoidismo é a condição que ocorre quando a glândula tireoide não produz hormônio suficiente, é a doença tireoidiana mais conhecida. Os sintomas incluem fadiga, depressão, esquecimento, irregularidades menstruais e ganho de peso.
Já o hipertireoidismo, ocorre o inverso: a glândula tireoide produz muito hormônio. Os sintomas incluem irritabilidade, nervosismo, fraqueza muscular, perda de peso inexplicável, distúrbios do sono, problemas de visão e irritação nos olhos.
Nesta entrevista, a médica do PAS, Andréa Ferreira, falou sobre a Tiroide e esclareceu dúvidas.
Pergunta: Quando uma pessoa pode suspeitar em estar com algum problema na tireoide?
Dra. Andréa: Conforme foi mencionado durante a palestra, pessoas idosas (65 anos), mulheres com história familiar de doenças da Tireoide, principalmente tendo parentesco de primeiro grau, pessoas com história de radiação no pescoço na fase de Infância/Adolescência e doenças autoimunes, deverão ficar atentas quanto aos sintomas mais exuberantes como: desânimo, cansaço, lento para fazer suas atividades cotidianas, insônia à noite, sonolência, distúrbio de memória e concentração, raciocínio lento, aumento de peso, inchaço em pernas/pés, mãos e face, constipação intestinal, alteração de humor, depressão, arritmia cardíaca de baixa frequência (Bradicardia), pele seca e descamada, intolerância ao frio, nos casos de Hipotireoidismo.
Quando os sintomas são: nervosismo, agitação, agressividade, labilidade emocional, arritmia cardíaca de alta frequência (Taquicardia), suor excessivo, tremores de extremidades, perda de peso, aumento de apetite, insônia, olhos esbugalhados ou não, ansiedade, alteração no foco, cansaço, pele quente e brilhante palmas avermelhadas, nos casos de Hipertireoidismo; deve – se então procurar um Endocrinologista para investigação diagnóstica.
Pergunta: Hipotireoidismo e o Hipertireoidismo são características opostas. O Hipotireoidismo produz pouco hormônio e o Hipertireoidismo hormônio em excesso. Qual é o mais comum nos pacientes brasileiros?
Dra. Andréa: Hipotireoidismo.
Pergunta: Quais os principais exames?
Dra. Andréa: T4 Livre, TSH, Anticorpos Anti-tiroideanos e USG de Tireoide com Doppler colorido de artérias Tiroidianas.
Pergunta: Quem trabalha com a voz (jornalistas, professores, atores, cantores etc) possui mais riscos de ter algum problema na tiroide?
Dra. Andréa: Não há relação destas funções laborais com o desencadeamento da Tireoidopatia.
Pergunta: Nas últimas estatísticas, as mulheres têm apresentado mais problemas na tiroide do que os homens. Qual o motivo?
Dra. Andréa: Não existe uma causa descrita, em literatura, do “porquê” que estatisticamente a mulher tem maior predisposição genética a doenças da Tireoide. O que se sabe é que, a maioria destas mulheres, tinham parentesco de primeiro grau com familiares tireoideopatas, além de muitas aderirem ao tabagismo como hábito de vida facilitador sobrepondo à genética.
Texto: Thiago Tostes
Imagem: Ascom