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SEMS/RJ
HFB realiza evento para comemorar Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos
Missa em ação de graças pela retomada do transplante renal no HFB
Nesta quinta-feira, dia 30 de setembro, o Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) comemorou o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos (27 de setembro) com uma missa em ação de graças e uma cerimônia de homenagens pela retomada do transplante renal ao HFB. A médica Maria Isabel de Holanda agradeceu ao diretor-substituto do hospital, Cláudio Pena, pelo empenho no retorno dos profissionais do Transplante Renal ao HFB e reforçou a importância da doação. “Quero agradecer a dedicação da direção para esse retorno e a toda equipe por manter o funcionamento do setor também. Porém, para que possamos fazer esse trabalho, dependemos da doação de órgãos. E por isso, peço que todos conversem com sua família sobre o tema e assim, possamos salvar mais vidas”, reforçou.
O diretor-substituto do HFB, Claudio Pena, destacou o trabalho desenvolvido: “desde o início da gestão estamos dedicados para a reabertura do Prédio 1, após o incêndio. E quis a história que a retomada fosse iniciada pelo Transplante Renal, que marca a história do hospital. Por isso, quero parabenizar toda a equipe pelo trabalho realizado”.
O Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos, tecidos e células, que se realizada, pode salvar a vida de mais de 5 pessoas em transplantes. O Hospital Federal de Bonsucesso, que é referência em transplante renal no Estado do Rio de Janeiro, comemorou a data em grande estilo, realizando um transplante renal no dia 27 de setembro.
Para o paciente Carlos Eduardo Fonseca, de 61 anos, o que não falta é motivo para comemorar. Depois de 10 anos fazendo hemodiálise, ele foi contemplado e realizou a sua cirurgia, na Unidade de Transplante Renal do HFB. “Mesmo fazendo hemodiálise três vezes na semana, eu não me considero doente. Quem está doente é o meu rim. Eu faço tudo na medida do possível, me divertindo sempre que posso”, ressaltou Carlos.
O cirurgião Felippe Fonseca, da equipe de Transplante Renal do HFB, falou sobre o caso do paciente. “Ele é um paciente que faz hemodiálise há 10 anos e fizemos um transplante de rim devido a uma insuficiência renal crônica. Quando o paciente faz a cirurgia, ele se liberta da máquina e consegue viver mais e melhor”, explicou. Para o médico, é de suma importância falar sobre a doação de órgãos. “O maior limitador hoje do transplante é a falta de rim. Então, por isso que tem que ser estimulado e conversado com a família o desejo de ser doador, pois assim se consegue salvar a vida de muita gente”, disse.
Diretor-substituto, Claudio Pena com as médicas Maria Isabel e Patricia Elizabeth
chefes dos serviços de nefrologia e transplante renal do HFB
Campanha para aumentar o número de doações
No Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), pesquisa semestral divulgada pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), consta, que no primeiro semestre de 2021, a taxa de doadores caiu consideravelmente desde o início da pandemia. Nas taxas de doação de órgãos, o Brasil regrediu: até os números do ano de 2014 nos números do transplante de fígado, de coração até 2012, de pulmão até 2011 e no transplante renal regrediu ao ano de 2003.
Para o médico Paulo Phillipe, responsável pelo Transplante de Córnea no HFB, a falta de informação afeta diretamente nos transplantes. “O primeiro ponto é a importância de as pessoas deixarem claro a sua posição em relação ao que pode acontecer em decorrência da sua própria morte, dizendo se é doador ou não. E além disso, pedir para que a família decida justamente essa situação, para que possamos ajudar outras pessoas ”, explicou Paulo. O médico fala sobre o que é preciso fazer para que o índice de doadores aumente. “Nós precisamos falar mais sobre isso. Todas as mídias que pudermos usar para falar serão de bom uso para que esse assunto seja divulgado e seja conversado dentro das famílias. Quanto mais há a conversa, mais as pessoas se identificam e maior será o número de doações”, ressaltou.
Retomada de transplantes no HFB
Em janeiro deste ano, o Transplante de Córnea retomou as atividades no Centro Cirúrgico Ambulatorial. A paciente beneficiada foi Irene Machado, que já havia realizado o transplante de córnea em 2012, porém teve rejeição, ficando sem enxergar no olho direito. Ela iniciou o tratamento ambulatorial no HFB em 2018 e no dia 7 de janeiro de 2021 realizou a cirurgia.
Esse mês, em setembro, a Unidade de Transplante Renal também retomou as atividades, realizando o transplante no dia 19, em um jovem de 17 anos. O paciente estava em tratamento no HFB desde março deste ano.
Médicos do HFB retomam o transplante de córnea
Texto e foto ASCOM HFB
Fonte: Ministério da Saúde e Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).