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SEMS/RJ
Dia Mundial da Alergia – 08 de julho
Especialista do HFSE destaca sintomas da doença que podem se confundir com os da Covid-19
No dia 8 de julho é comemorado o Dia Mundial da Alergia, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para alertar a população sobre a condição que pode ser moderada ou até levar à morte. A alergia faz com que o sistema imunológico reaja, de forma exagerada, a substâncias externas. Há diversos tipos de alergias relacionadas a alimentos, medicamentos ou ao ambiente. Esse último se torna mais comum durante o inverno, devido às oscilações climáticas e ao tempo seco e com baixa umidade.
No atual momento de pandemia da Covid-19, alergias respiratórias podem se confundir com sintomas da doença provocada pelo SARS-COV-2. Coriza, congestão nasal, dor/irritação na garganta e tosse estão entre os sintomas que geram apreensão, como explica a chefe do setor de Alergia e Imunologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), Andreia Garcês. “Quando acompanhados de sintomas gerais, como febre, mal-estar e dores no corpo, são sugestivos a Covid-19. Por isso, quem tem alergia respiratória deve estar com o tratamento preventivo em dia”.
Essa prevenção é feita com medicações de uso contínuo, como no caso da rinite e da asma. “Nos casos em que há indicação, o tratamento é realizado com a imunoterapia, como as alergias respiratórias, que geralmente acontece por via subcutânea, ou por via oral”. O clima favorece o aparecimento desse tipo de alergia, sendo mais comum no inverno. Andreia expõe a importância de manter cuidados no ambiente onde a pessoa vive, principalmente no quarto de dormir: “Usar capas antialérgicas no colchão e travesseiros, retirar tapetes e carpetes, evitar as cortinas de pano e deixar o ambiente arejado e ensolarado, além de praticar atividade física regular, ao ar livre, e manter as imunizações em dia, especialmente para gripe”.
Sobre a tendência para alergias, a médica explica que a pessoa nasce com uma predisposição genética em desenvolver alergias. “Vai manifestar ou não ao longo da vida, dependendo de vários fatores, como o ambiente e hábitos de vida”. O diagnóstico dessa condição é feito com uma anamnese, além do exame físico e exames complementares. Dependendo do tipo de alergia, esses exames podem ser os testes alérgicos na pele ou exame de sangue. Quando identificada, o paciente começa o tratamento, que consiste em duas etapas.
“Primeiro é realizado na crise, com antialérgicos e, dependendo da gravidade, corticoides, broncodilatadores e até adrenalina. Depois, é importante excluir o contato com o agente desencadeador, como: o alimento ou remédio. No caso das alergias respiratórias, por meio do controle ambiental”, explica a médica.
Andreia Garcês, chefe do setor de Alergia e Imunologia do HFSE
Texto: Victor Bandeira (estagiário), com supervisão de Lílian Mendonça (jornalista - ASCOM HFSE).