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NOTA À IMPRENSA
Orientações para Evitar a Exposição à Fumaça Intensa Causada por Queimadas
O Ministério da Saúde está empenhado em desenvolver e divulgar orientações para ajudar a população a evitar a exposição à fumaça intensa gerada pelas queimadas no Brasil, preservando assim a saúde pública. Semanalmente, são enviados aos estados e ao Distrito Federal o Informe Queimadas, que contém recomendações para as ações a serem implementadas pelos profissionais da Vigilância em Saúde Ambiental, bem como orientações para os cidadãos. O informe também detalha a distribuição espacial dos focos de calor e os níveis de material particulado fino (PM2,5) no país.
O monitoramento das áreas afetadas pelas queimadas e incêndios florestais, conhecido como queima de biomassa, é uma das atividades da Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (VIGIAR). Essa vigilância inclui a avaliação dos efeitos imediatos e a longo prazo da exposição aos poluentes atmosféricos, além de análise de riscos e outras atividades correlatas.
Em 26 de julho, o Ministério da Saúde instituiu a Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, com o objetivo de prevenir e responder a emergências climáticas, além de auxiliar os territórios na tomada de decisões sobre o tema. As discussões envolvem técnicos de todas as secretarias do Ministério da Saúde e de outras entidades. Uma das principais preocupações é a exposição à poluição atmosférica combinada com os efeitos das ondas de calor, que são frequentes nesta época do ano em grande parte do país.
Recomendações à População:
O Ministério da Saúde recomenda as seguintes ações para reduzir a exposição às partículas resultantes das queimadas:
- Aumente a ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas.
- Permaneça em ambientes fechados, preferencialmente bem vedados e com conforto térmico adequado. Quando possível, busque ambientes com ar condicionado e filtros de ar para reduzir a exposição.
- Mantenha portas e janelas fechadas durante os horários de maior concentração de poluentes no ar, para minimizar a penetração da poluição externa.
- Evite atividades físicas ao ar livre durante este período do ano.
- Não consuma alimentos, bebidas ou medicamentos que tenham sido expostos a detritos de queima ou cinzas.
- Utilize, preferencialmente, máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente por pessoas que precisem sair de casa. No entanto, a recomendação prioritária é permanecer em locais fechados e protegidos da fumaça.
Grupos de Risco:
Crianças menores de 5 anos, idosos e gestantes devem ter atenção redobrada às recomendações acima. É crucial estar atento a sintomas respiratórios ou outras complicações de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível. Para adultos e idosos, há um aumento do risco de eventos cardiovasculares e respiratórios combinados.
Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios ou imunológicos devem:
- Buscar atendimento médico imediatamente na ocorrência de sintomas.
- Manter medicamentos e itens prescritos sempre disponíveis para o caso de crises agudas.
- Avaliar a possibilidade e segurança de se afastar temporariamente da área impactada.
Situação Nacional dos Focos de Calor no Brasil:
Durante a semana epidemiológica 35, de 25 a 31 de agosto, os estados que apresentaram um aumento substancial de focos de calor foram Mato Grosso (MT), Pará (PA), Amazonas (AM), Rondônia (RO), Maranhão (MA), Tocantins (TO) e Acre (AC). Ao todo, foram registrados 22.123 focos de calor nesses estados, expondo aproximadamente 94 milhões de pessoas a potenciais riscos.
Acesse a página da campanha "Se tem fumaça, tem que ter cuidado"
Ministério da Saúde