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NOTA À IMPRENSA
Sobre a aquisição de imunoglobulina humana
Sobre a aquisição emergencial de imunoglobulina humana, o Ministério da Saúde esclarece:
1. Em 2022, o Ministério da Saúde não concluiu processo de compra de imunoglobulina humana iniciado em fevereiro daquele ano, deixando o país sob risco de desabastecimento do medicamento;
2. Esse processo de compra foi suspenso e cancelado pelo Tribunal de Contas da União, no início de 2023. A atual gestão do Ministério da Saúde cumpriu determinação do órgão de controle para realização de compra emergencial, com participação de fornecedores nacionais e de fora do país, de modo a garantir a concorrência e o fornecimento do produto, uma vez que o TCU considerou a existência de risco de desabastecimento e preços elevados (acima do valor de referência);
3. O Ministério da Saúde realizou a compra emergencial da empresa vencedora do processo e que atendia aos critérios sanitários, a Nanjing Pharmacare, que dispõe de registro em países com agências regulatórias de excelência, membros do ICH (International Council for Harmonisation) e certificação de boas práticas de fabricação. Registre-se que o preço de venda foi o menor dos últimos anos.
4. Desta forma, foram cumpridos os critérios sanitários exigidos pela Anvisa (RDC 203/2017), que aprovou por unanimidade a importação do medicamento, tendo o produto também sido aprovado nos testes de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS);
5. A empresa chinesa Nanjing Pharmacare atende ao Ministério da Saúde desde 2020, sendo este o quinto contrato firmado com a Pasta para o fornecimento de imunoglobulina ao Brasil. A sua representante no Brasil, Auramedi Farmacêutica LTDA, apresentou todas as condições de habilitação exigidas no instrumento convocatório, não havendo impedimento à contratação;
6. A Nanjing, contratada pelo Ministério, é uma empresa global que atende ao mercado interno da China e exporta para países como Estados Unidos, Canadá, México, Japão, Coréia, Singapura, Índia, Tailândia e outros. Os repasses de recursos dos contratos são feitos diretamente para esta empresa, sem intermediários;
7. A compra contou também com a participação de empresas com registro no Brasil. Contudo, mesmo somando a oferta de todas elas, o quantitativo era insuficiente para abastecer o SUS e evitar a falta do produto. Com ampla concorrência, a aquisição gerou economia de R$ 343 milhões aos cofres públicos.
8. Uma das empresas vencedoras do certame, a Prime Pharma LLC, representada pela Farma Medical Distribuidora de Medicamentos e Correlatos Ltda, foi notificada pelo Ministério da Saúde pelo não cumprimento dos prazos e da entrega. E nenhum pagamento foi efetuado.
9. Com a realização desta aquisição, o Ministério da Saúde garantiu o abastecimento de imunoglobulina humana ao SUS e assistência aos pacientes que dependem da oferta regular deste medicamento, uma vez que a interrupção do tratamento expõe o paciente ao risco de morte.
O Ministério da Saúde reafirma o compromisso com a transparência, com a gestão eficiente dos recursos públicos e cuidado com a saúde da população.