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A metodologia escolhida para condução do projeto é denominada de Modelo de Melhoria e tem sido utilizada com sucesso em várias iniciativas pelo mundo. Nesta metodologia, a implantação da melhoria (que pode ser, por exemplo, o uso de determinado procedimento) é realizada primeiramente em um grupo pequeno de pacientes e profissionais da saúde, permitindo que o teste em pequena escala resulte em aprendizado e adaptações. Uma vez que o processo seja considerado adequado à realidade local e tenha tido sucesso nos testes, procede-se para a implantação para o restante da unidade progressivamente. Para conseguir atingir esses objetivos é importante dominar um método eficiente de se realizar melhoria e o Modelo de Melhoria tem se mostrado uma ótima solução.
Desenvolvido pela API (Associates in Process Improvement), o Modelo de Melhoria se tornou uma das principais abordagens para melhoria, sendo referência principalmente na área da saúde. Ele também é uma excelente maneira de se aplicar os princípios de gestão enfatizados pelo Dr. Deming, uma vez que seus autores trabalharam diretamente com ele. A capacitação dos hospitais e a implantação dos Ciclos de Melhoria é gradual em todo o projeto. Ou seja, logo após a primeira capacitação, o hospital já está apto a iniciar pequenas ações. Isso fornece agilidade e ganho real desde o início do projeto. Além disso, durante todo o projeto haverá sessões de compartilhamento de questões, experiências e resultados obtidos.
Além da análise dos resultados assistenciais obtidos, o presente projeto também realizará o desenvolvimento de um modelo para cálculo do custo ocasionado pela ocorrência de IRAs (Custo Incremental). Este modelo será aplicado em alguns dos hospitais participantes e poderá ser aplicado pelo Ministério da Saúde em outros cenários que sejam necessários.
Projeto Colaborativo: iniciaremos uma jornada de muita integração, troca de experiências, participação ativa dos profissionais e lideranças, colaboração e integração. Para que seja um sucesso, várias estratégias de interação estão previstas: sessões de aprendizagem presencial (SAP), sessões de aprendizagem virtual (SAV) e uso de sistema integrado de registro de dados (Extranet). Tudo para garantir maior interação entre as equipes inter-hospitais e permitir a verdadeira colaboração.
Critérios de candidatura
Processo de Seleção e Resultado
Salvar vidas melhorando a segurança do paciente
As infecções hospitalares atualmente podem ser reconhecidas como possíveis falhas na assistência à saúde, uma vez que existe conhecimento das medidas de transmissão e prevenção suficientes e amplamente divulgadas mundialmente. No Brasil, a partir da Programa Nacional de Segurança do Paciente ficou mais claro o conceito de que infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) é um evento adverso relacionado a assistência que a sua prevenção protege os pacientes de danos e salva vidas. Dentre as IRAS, as principais, com alto impacto em mortalidade, morbidade e custos hospitalares, são: infecção primária da corrente sanguínea associada a um cateter venoso central (IPCS), pneumonia associada a ventilação mecânica (PAV) e infecção do trato urinário associada a cateter vesical (ITU-AC).
O projeto poderá contribuir em médio prazo para diminuição da incidência nos principais indicadores de infecção hospitalar. Ainda, pretende disseminar o modelo de implantação de melhorias para outras unidades dos hospitais e para outros hospitais. Além disso, o projeto pretende demonstrar impacto financeiro na redução de infecções. A longo prazo, espera-se contribuir com mudança na cultura das organizações de saúde, principalmente quanto à segurança do paciente e implantação de melhorias contínuas.
O projeto possui duas premissas básicas para seu sucesso: Segurança do Paciente e Colaboração.
Por isso, é sempre importante lembrar que o exercício de colaboração inicia-se, por vezes, dentro do próprio hospital. Assim, ressaltamos que as áreas que atuam para melhoria da qualidade e segurança do paciente e dentro do escopo do projeto, devem ser envolvidas nesse esforço. Como estruturas de presença obrigatória nos hospitais, os Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) e os Comitês de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) são atores importantes para que se possa garantir a sustentabilidade do projeto. A sustentabilidade só poderá ser garantida se as estruturas existentes nos hospitais estiverem engajadas e prontas para manter e melhorar os resultados em médio e longo prazos.
Os projetos colaborativos tem como um dos resultados iniciais importantes a implantação e o desenvolvimento da própria cultura de aprendizagem e de ciclos de melhoria. O uso de metodologias estruturadas, o acompanhamento e apoio para melhoria, o movimento de engajamento e a participação em resultados coletivos representam ingredientes potentes para a mudança de cultura das instituições e que as levarão à um patamar mais elevado de Segurança.
Espera-se também, como resultados dos primeiros 18 meses, a melhoria da adesão às recomendações de prevenção de infecção e dos indicadores de taxas de infecção relacionados às 3 diretrizes: prevenção de infecção primária da corrente sanguínea associada a cateter venoso central (IPCS-CVC), infecção em trato urinário associado a cateter vesical de demora (ITU-AC) e pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). Essa iniciativa pretende alcançar uma redução de 50% da incidência dessas infecções em pacientes internados em unidades de terapia intensiva do adulto em 3 anos.