Perguntas Frequentes (FAQ)

Como não há evidência científica que mostre a transmissão do vírus Zika pelo leite materno, o Ministério da Saúde recomenda que seja mantido o aleitamento materno em livre demanda até os dois anos ou mais, sendo de forma exclusiva até os seis primeiros meses de vida da criança. O aleitamento materno é a estratégia isolada que mais previne mortes infantis, além de promover a saúde física, mental e psíquica da criança e da mulher que amamenta. Da mesma forma, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos da América, também recomenda a manutenção da amamentação nessa situação.

Não. Sabe-se que apenas parte das crianças expostas ao vírus Zika na gestação (menos da metade) desenvolvem de fato algum tipo de anomalia congênita. Além disso, tem sido observada que as anomalias congênitas cerebrais mais graves são menos prevalentes.

Não. Embora a microcefalia tenha sido a anomalia congênita que levou à descoberta da capacidade do vírus Zika de afetar o desenvolvimento de embriões e fetos, ela não ocorre em todos os indivíduos acometidos. A SCZ envolve diferentes tipos de anomalias congênitas e nem sempre a microcefalia está presente, sendo a calcificação intracraniana, por exemplo, uma alteração mais comum que a própria microcefalia.

A ocorrência da SCZ envolve a infecção pelo vírus Zika durante a gestação. Em casos de uma gestação dupla, com gêmeos monozigóticos ou dizigóticos, por exemplo, há relatos de casos em que ambos os gêmeos nasceram com a SCZ. No caso de diferentes gestações, não há relatos de casos de mulheres que tenham tido mais de um filho com SCZ.

Alguns estudos têm relatado a ocorrência de crianças expostas ao vírus Zika na gestação e que nasceram sem microcefalia ou anomalias cerebrais graves podem apresentar neurodesenvolvimento atípico, incluindo atraso na fala e alterações de cognição ou motricidade