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As micoses são infecções causadas por fungos, cujas formas infectantes, estão intimamente relacionadas ao bioma e a fatores geo climáticos: solo, vegetação, clima, umidade, altitude, etc. As micoses atualmente são classificadas em grupos, de acordo com o envolvimento no tecido e o modo de entrada (mecanismo de infecção) no hospedeiro, a saber:
Os sintomas das micoses dependem do tipo da micose e do estado imunitário do indivíduo. Variam de uma simples lesão na pele, até quadros graves com comprometimento sistêmico (disseminado) que podem evoluir para o óbito. Considerando a importância das micoses endêmicas (sistêmicas e de implantação) na saúde pública brasileira, o Ministério da Saúde está em processo de estruturação de um sistema de vigilância, com vistas a conhecer a real magnitude dessas doenças para subsidiar a adoção de políticas específicas de prevenção, assistência e controle.
O diagnóstico das micoses consiste, além das características clínicas e epidemiológicas, em exames laboratoriais, tais como o exame micológico, que inclui a visualização direta e a cultura, exame histopatológico, e exames sorológicos e moleculares.
Os fungos podem ser isolados de escarro, sangue, medula óssea, lavado brônquio-alveolar, líquor, tecido (pele, parênquima cerebral, osso, fígado, linfonodos, etc) e urina.
Não está descrita até o momento, a transmissão inter-humana das infecções fúngicas. Em caso de internação hospitalar, não há necessidade de isolamento dos doentes e as medidas de desinfecção de secreções e fômites devem ser as de uso hospitalar rotineiro.
Algumas medidas de prevenção podem ser implementadas, como a utilização de EPI para atividades agrícolas, práticas de ecoturismo, além das práticas de educação em saúde.
O tratamento das micoses é feito com uma série de medicamentos antifúngicos, e a escolha terapêutica dependerá da etiologia e da forma clínica e gravidade do caso. Geralmente o tratamento é prolongado e requer estratégias de adesão.
O antifúngico ideal deve ter um amplo espectro de atividade, ação fungicida ao invés de fungistática, estar disponível em formulações oral e parenteral, causar poucas interações medicamentosas, ser seguro em doses eficazes, ser custo-efetivo e estável à resistência microbiana. As principais limitações das opções terapêuticas atuais incluem: espectro inadequado de atividade, falta de eficácia devido à resistência crescente, pequeno índice de tolerância, interações com outras drogas, perfil farmacocinético inadequado e custo elevado.
O Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde (MS), oferece gratuitamente alguns antifúngicos para o tratamento das micoses endêmicas, por integrarem o Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).
Todo o tratamento e suporte necessários para cuidar do enfermo também são oferecidos de forma integral e gratuita pela rede pública de saúde.
A grande maioria dos agentes etiológicos é encontrada no solo, vegetação, e material em decomposição, em áreas tropicais e subtropicais, em ambientes úmidos, e a ocorrência da infecção se dá, predominantemente, em populações de áreas rurais ou envolvidas em atividades agropecuárias, ecoturismo, caça, e em grupos com baixas condições socioeconômicas. Podem ocorrer surtos. As micoses oportunistas, são frequentes em pacientes com algum tipo de imunossupressão.