Complicações
As complicações da hanseníase, muitas vezes, se confundem com a evolução do próprio quadro clínico da doença. Muitas dependem da resposta imune dos indivíduos acometidos, outras estão relacionadas com a presença do M. leprae nos tecidos e, por fim, algumas das complicações estão ligadas às lesões neurais características da hanseníase.
Complicações diretas:
São aquelas decorrentes da presença do bacilo na pele e outros tecidos, principalmente em quantidades elevadas, como é o caso dos pacientes multibacilares com alta carga bacilar.
Complicações devido à lesão neural:
São decorrentes do comprometimento sensitivo e motor e, quando não tratadas oportunamente, podem levar à limitação funcional. Uma complicação decorrente de lesão neural também pode limitar ou inviabilizar a participação do indivíduo em espaços sociais e comunitários, visto que a dor neuropática e as deficiências podem impedir a realização de algumas atividades como a locomoção, atividades manuais finas e a prática de alguns esportes.
Complicações devido às reações:
São alterações do sistema imunológico, que se expressam por meio de manifestações inflamatórias agudas e subagudas, que ocorrem com maior frequência nos casos multibacilares. São mais frequentes durante tratamento com Poliquimioterapia Única (PQT-U), mas podem surgir antes ou ainda continuarem após o término do tratamento específico.
Entretanto, nos casos em que houver reação crônica ou subintrante, e que não responderem à talidomida, pode ser utilizada a clofazimina. Recomenda-se ainda a pentoxifilina como esquema terapêutico alternativo para as reações tipo 2.