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O Gerenciamento de Sangue do Paciente (PBM, do inglês Patient Blood Management) é uma abordagem baseada em evidências, centrada no paciente, sistemática e multidisciplinar, que visa promover o cuidado dos pacientes que possam necessitar de transfusão de sangue.
As transfusões de sangue desempenham um papel essencial no manejo do tratamento de pacientes em diversas condições, tanto agudas quanto crônicas, podendo impactar significativamente a morbimortalidade e a qualidade de vida. Entretanto, apesar dos grandes avanços na área da segurança transfusional, essa terapêutica ainda apresenta riscos, incluindo reações adversas e efeitos imunomodulatórios indesejáveis. Dessa forma, a decisão de transfusão deve ser individualizada, considerando o equilíbrio entre riscos e benefícios, o curso clínico do paciente e a viabilidade de alternativas terapêuticas.
O PBM tem como objetivo melhorar os resultados dos pacientes, preservando seu próprio sangue por meio do diagnóstico, avaliação específica da etiologia e tratamento da anemia e do sangramento.
A finalidade do PBM é melhorar os desfechos clínicos do paciente por meio de um conjunto estruturado de práticas médicas e multidisciplinares, com foco no aproveitamento qualificado do sangue do próprio paciente, fundamentando-se em três pilares:
Os três pilares do programa de Gerenciamento de Sangue dos Pacientes (PBM) e suas medidas para gestão personalizada do sangue, estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, é fundamental aperfeiçoar o acesso às terapias propostas para garantir sua implementação eficaz.
Pilar 1: Otimização da quantidade de hemácias |
Manejo da anemia:
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Pilar 2: Minimização do impacto das perdas sanguíneas |
Manejo da coagulopatia:
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Pilar 3: Otimização do uso das reservas fisiológicas |
Estratégias transfusionais restritivas:
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Fonte: Ministério da Saúde. (adaptado) Guia do cadastro nacional de sangue raro [recurso eletrônico], 2022.
O Ministério da Saúde tem construído uma parceria com a UNIFESP na realização do Curso de Gerenciamento do Sangue do Pacientes, para difusão do conhecimento, sensibilização e capacitação da rede assistencial do SUS para os benefícios e oportunidades que o PBM pode trazer à população. Também, vem planejando ações de estruturação de uma política que promova o PBM como modelo assistencial no SUS.
No momento, orientações sobre as práticas PBM, são encontradas no capítulo 5 - Métodos para Redução do Consumo de Sague e Componentes, do Guia do Cadastro Nacional de Sangue Raros.
A implantação PBM trata de uma mudança de modelo assistencial no sistema de saúde, para a prescrição de procedimento que permitem uma alternativa à transfusão de sangue, desde que está não seja imprescindível para o tratamento do paciente. A implementação deve ser prioridade na gestão de serviços de hemoterapia e de hospitais em geral, que devem incentivar programas educacionais e de disseminação do conhecimento, com alvo em:
Para maiores informações, e apoio à implementação do PBM em suas unidades assistência, a Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH/DAET/SAES/MS) está à disposição para contatos (sangue@saude.gov.br).