A Epicovid-19 é uma pesquisa coordenada pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas e financiada pelo Ministério da Saúde que tem por objetivo medir a prevalência do Coronavírus e avaliar a velocidade de expansão da COVID-19 no país.
Para que serve
A pesquisa irá estimar a proporção de pessoas com anticorpos para a Covid-19 e analisar a evolução de casos na população brasileira, por meio de uma amostragem de participantes em 133 “cidades sentinelas”, que são os maiores municípios das divisões demográficas do país, de acordo com critério do IBGE.
O estudo ainda irá determinar o percentual de infecções assintomáticas ou subclínicas; avaliar os sintomas mais comuns; obter cálculos precisos da letalidade da doença; estimar recursos hospitalares necessários para o enfrentamento da pandemia, além de permitir o desenho de estratégias de abrandamento das medidas de distanciamento social com base em evidências científicas.
Como será realizada
A pesquisa incluirá três inquéritos populacionais, realizados a cada duas semanas por meio de visitas domiciliares, conduzidas por equipes do IBOPE. A primeira teve início dia 14 de maio, com a realização de testes rápidos para o coronavírus e entrevistas com 250 participantes em cada uma das 133 cidades. As pessoas serão entrevistadas e testadas em casa, por meio de um sorteio aleatório, utilizando os setores censitários do IBGE como base. Os agentes da pesquisa coletam uma amostra de sangue (uma gota) da ponta do dedo do participante, que será analisada pelo aparelho de teste em aproximadamente 15 minutos. Se o resultado for positivo, os profissionais entregam um informativo com orientações e repassam o contato do participante para acompanhamento e suporte da secretaria de saúde do município.
Cidades participantes
Serão 133 os municípios estudados no país. Em cada município, 25 setores censitários serão selecionados com probabilidade proporcional ao tamanho. Dentro dos setores se fará uma seleção aleatória de 10 domicílios, onde um morador será selecionado também de forma aleatória. A equipe responsável pela coleta de dados receberá a listagem com os domicílios que deverão ser visitados no setor, como também aqueles que serão usados para repor a amostra, nos casos em que o entrevistado não for localizado ou se recusara participar da pesquisa. Em cada inquérito, serão realizadas 250 entrevistas em cada município, totalizando 33.250 entrevistas por inquérito e 99.750 entrevistas no total do estudo.
É seguro participar?
O estudo envolve risco mínimo para a saúde dos participantes, pois envolve apenas a aplicação de um questionário curto e o exame sorológico. Se houver qualquer desconforto, o participante poderá deixar de participar a qualquer momento. E terá acesso a assistência integral e gratuita pelo tempo necessário.
O material e informações só serão coletados após assinatura do termo de consentimento livre e informado. Todos os indivíduos testados em campo terão um número de telefone celular registrado para que possam receber informação sobre o resultado do teste. Os casos positivos serão notificados para o serviço municipal de saúde para providências necessárias. As medidas de segurança biológica cabíveis serão tomadas, de forma a garantir a saúde dos trabalhadores de campo atuando na coleta dos dados e do material.
Quanto o Ministério da Saúde está investindo
Os testes rápidos que serão utilizados na pesquisa foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde do Brasil. O financiamento para a contratação da empresa responsável pela coleta de dados também será realizado pelo Ministério da Saúde do Brasil. Está previsto a quantia de R$12.000.000,00 (doze milhões) para a realização do estudo nos 133 municípios brasileiros.
Quanto tempo irá durar
O cronograma da pesquisa prevê três fases, com coletas de dados previstas para os dias 28 e 29 de maio de 2020, na 2ª fase, e 11 e 13 de junho, na 3ª fase. Ao final, terão sido realizados mais de 33 mil testes em cada uma das três fases, intercaladas por duas semanas, totalizando quase 100 mil pessoas.