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Surto de DTHA é o evento em que duas ou mais pessoas apresentam doença ou sinais e sintomas semelhantes após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local.
A ocorrência das DTHA relaciona-se com diversos fatores, como: condições de saneamento básico e qualidade da água para consumo humano impróprias, práticas inadequadas de higiene pessoal e consumo de alimentos contaminados.
No Brasil, os principais agentes etiológicos identificados em surtos de DTHA, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan*) , são Bacillus cereus, Clostridium spp., coliformes, Escherichia coli, norovírus, rotavírus, Salmonella spp., Shigella spp. e Staphylococcus spp..
*Sinan – sistema de informação que é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria de Consolidação n° 4, de 28 de setembro de 2017, anexo V – Capítulo I). Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica.
O período de incubação nos surtos de DTHA vai depender do agente etiológico envolvido, variando de horas a semanas, mas usualmente é curto.
A investigação epidemiológica de surtos de DTHA deve ser realizada de forma integrada pela vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância ambiental, laboratórios de saúde pública, atenção básica e outras instituições de acordo com o evento de saúde pública.
Dados sobre surtos de DTHA podem ser encontrados nesta página do Ministério da Saúde, em “Situação Epidemiológica”.
Para se multiplicarem os microrganismos precisam de condições ideais de nutrientes, umidade, temperatura, entre outras. A maioria dos alimentos contém nutrientes e umidade suficientes para a multiplicação de microrganismos, devendo ser conservados em temperaturas especiais (alimentos perecíveis) – a maioria dos microrganismos podem se multiplicar em temperaturas entre 5°C e 60°C (zona de perigo).
A higienização dos reservatórios de água deve ser realizada a cada 6 meses ou na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água, tais como queda de animais, sujeira, enchentes, entre outros.
A detecção de um surto de DTHA pode ocorrer por diversas fontes (dados da vigilância em saúde, notificação pelos serviços de saúde, imprensa/mídia, instituições envolvidas ou população).
Em situações em que a população identifica um aumento do número de casos de doenças diarreicas agudas (DDA) ou pessoas que apresentam sinais e sintomas semelhantes após ingerirem água e/ou alimento da mesma origem, esta deverá procurar imediatamente um estabelecimento de saúde e comunicar aos profissionais de saúde as informações observadas até o momento para que seja confirmada a existência do surto de DTHA e iniciada a investigação.