Tratamento
Para atender as demandas e necessidades do cuidado da saúde ocular da população, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta assistência integral e gratuita para todos os tipos de doenças oculares, incluindo:
- Consultas;
- Exames para diagnósticos;
- Acompanhamento;
- Tratamento cirúrgico;
- Tratamento medicamentoso.
Em 2018, foram realizadas pelo SUS 8,8 milhões de consultas médicas com oftalmologistas e 17,3 milhões de exames oftalmológicos, entre eles avaliação de ametropias (miopia, hipermetropia e astigmatismo), mapeamento de retina e ceratoscopia computadorizada (topografia de córnea). O investimento em toda a assistência oftalmológica, incluindo glaucoma e catarata, chegou a R$ 1,2 bilhão no ano passado.
No ano passado, foram realizados 4.575 procedimentos de internação e 9.767 mil procedimentos ambulatoriais referentes ao glaucoma. Para os casos mais graves em que há indicação, o SUS também oferta transplante de córnea. Em 2018, foram realizados 14,7 mil transplantes.
Para serem encaminhados aos Serviços de Atenção Especializada, os pacientes do SUS devem, primeiro, procurar uma das 42 mil Unidades de Saúde da Família disponíveis no Brasil para o encaminhamento e diagnóstico de doenças oculares. Os pacientes com diagnóstico confirmado devem ser acompanhados por médico oftalmologista, cabendo aos gestores locais a regulação dos serviços de saúde que disponham desse profissional.
Todos as crianças, quando nascem, também realizam nas maternidades públicas o Teste do Olhinho. É um exame simples, rápido e indolor, capaz de detectar alterações no eixo visual que possa causar problemas como catarata, glaucoma congênito, entre outros. O exame avalia o reflexo da luz que entra no olho do bebê, permitindo identificar partes como cristalino, vítreo e retina, além da comparação entre os olhos. Se for apontada alguma alteração, o recém-nascido é encaminhado para um especialista.
A identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão.
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Novas incorporações de tratamento para doenças oculares
Para ampliar a cobertura e qualificar o atendimento à população, o Ministério da Saúde também reajusta anualmente os valores de procedimentos realizados pelo SUS para o cuidado da saúde ocular. Já nos primeiros dias de janeiro deste ano, o Ministério da Saúde ampliou o rol de procedimentos ofertados no SUS para portadores de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) a partir da inclusão do tratamento com antiangiogênico e do exame de Tomografia de Coerência Óptica (OCT). Para o tratamento da doença, o SUS já oferecia o exame de mapeamento de retina e a fotocoagulação à laser.
O coordenador do Departamento de Atenção Especializada e Temática (DAET) do Ministério da Saúde, Marcelo Campos Oliveira, aponta que há constante busca pela garantia de ações mais eficientes, melhor organização e estruturação da política de oftalmologia no país. ”O cidadão já conta com consultas, exames para diagnóstico e, também, tratamento gratuito que pode ser cirúrgico ou medicamentoso. O nosso esforço diário no Ministério da Saúde é para que, junto as secretarias estaduais e municipais de saúde, que organizam os serviços de acordo com as necessidades locais da população, credenciar mais equipes, organizar e articular melhor os serviços assistenciais para garantirmos o cuidado integral desde a infância”, afirma.