Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, é possível que o profissional de saúde utilize o exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas ainda é necessário fazer a biópsia.
A biópsia é o exame indicado para a confirmação diagnóstica do câncer de pele. O material coletado deve ser encaminhado para o laboratório de anatomia patológica que emitirá o laudo. Outros exames podem ser necessários para determinar o estadiamento da doença e decidir o tratamento mais adequado.
Por esses exames é possível identificar se o câncer de pele é melanoma ou não melanoma e seus tipos.
Como detectar precocemente o câncer de pele?
Para a detecção precoce do câncer de pele, existem as estratégias de diagnóstico precoce e de rastreamento, consistindo este último na aplicação de exames em indivíduos saudáveis, sem sinais ou sintomas da doença, com o objetivo de detectar a doença em fase pré-clínica.
Para o câncer de pele não melanoma, sua identificação em fase bem inicial ou ainda de lesões pré-malignas possibilita melhores resultados em seu tratamento, com maiores chances de cura e menores sequelas cirúrgicas.
Importante: Atualmente, não há consenso quanto ao rastreamento populacional para o câncer de pele, sendo que as evidências mundiais são insuficientes para sua recomendação. A Força Tarefa Americana, apesar de não recomendar o rastreamento, sugeriu em 2009 que médicos clínicos devem estar alertas para lesões de pele com características malignas durante exames físicos para outros fins e encaminhá-los para biópsia.
Para pessoas com alto risco para melanoma, como as que têm história pessoal ou familiar desse câncer, é indicado que sejam periodicamente examinadas por um médico. Apesar de não haver evidências de redução da morbimortalidade pelo uso de uma técnica específica de autoexame de pele, estudos indicam que grande parte dos melanomas é descoberta acidentalmente pelos próprios pacientes ou seus familiares, mostrando a importância de conhecerem sua pele e estarem atentos a algumas mudanças.
A sensibilização de pessoas de maior risco possibilita que, com a identificação de lesões suspeitas, o diagnóstico desse câncer possa ser realizado precocemente por um médico. Com esse fim, várias sociedades de especialistas como a Sociedade Brasileira de Dermatologia e a American Cancer Society defendem a regra do ABCDE, um guia para a identificação de sinais sugestivos do melanoma.
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC/OMS), entretanto, em uma publicação de 2006, chamou a atenção para as limitações dessa regra quando aplicada em lesões pequenas, pois pequenos melanomas podem não apresentar características tão claras.
Como usar teste ABCDE para detecção do câncer de pele?
- Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;
- Bordas irregulares: contorno mal definido;
- Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
- Diâmetro: maior que 6 milímetros;
- Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).