Recomendações aos profissionais de saúde
Monitoramento de contactantes
Se define como contactantes: Profissionais da saúde e familiares do caso confirmado, que entraram em contato com sangue, secreções ou excreções corpóreas com o caso confirmado para Mammarenavirus.
Risco de exposição
Alto: Contato com secreção corporal do caso confirmado sem EPI adequado conforme descrito na recomendação acima; acidente com material biológico e profissionais que realizaram necropsia.
Médio: Contato direto com caso confirmado sem exposição a secreção corporal ou material biológico; profissional que tiveram contato com resíduos dos serviços de saúde acima listados sem EPI adequado.
Baixo: Esteve no mesmo ambiente do caso confirmado, sem contato físico, e sem máscara N95.
Avaliação sistemática dos contactantes
Avaliação dos contactantes de alto e médio risco: monitoramento diário de sinais e sintomas. Avaliação dos contactantes de baixo risco: orientação para procura espontânea ao serviço de saúde se apresentar sinais e sintomas de alerta.
Sinais e Sintomas de alerta
Contactantes com alto risco de exposição: presença de qualquer um dos sintomas: febre, mialgia, odinofagia, cefaleia, exantema, hiperemia conjuntival, icterícia, hipotensão, alteração neurológica (letargia, confusão mental, crise convulsiva), sintomas gastrointestinais e manifestações hemorrágicas.
Contactantes com médio e baixo risco: presença de dois ou mais dos seguintes sintomas: febre, mialgia, odinofagia, cefaleia, exantema, hiperemia conjuntival, icterícia, hipotensão, alteração neurológica (letargia, confusão mental, crise convulsiva), sintomas gastrointestinais e manifestações hemorrágicas.
Período de monitoramento
O período de monitoramento será de 21 dias a partir do último dia da exposição ao material biológico ou contato com caso confirmado.
Medidas de prevenção do profissional de saúde
O caso suspeito deve ser atendido em quarto individualizado. Além das medidas de precaução padrão, recomenda-se aos profissionais de saúde que utilizem os equipamentos de proteção individual, tais como luvas, gorros e aventais descartáveis e óculos protetor, além da máscara N95. A desinfecção das mãos deve ser realizada antes e após o contato com os pacientes.
Os cuidados com o descarte de material devem ser sempre feitos somente após autoclavação de todos os materiais usados no manuseio do paciente e todas as secreções e excreções do mesmo. Caso possível, deve-se restringir o número de profissionais de saúde que tenham contato com o paciente; colocar alertas nas portas sobre os cuidados para o uso de EPI; minimizar os procedimentos invasivos no paciente. Ainda se recomenda que equipamentos e instrumentais, como termômetros, estetoscópios, aparelhos de pressão e outros, sejam de uso exclusivo do paciente e desinfetados após seu uso.
Os pacientes suspeitos ou confirmados para essa doença devem ser isolados em um quarto individual, com banheiro e pias separadas. O movimento dos pacientes no ambiente hospitalar deve ser restrito. O ambiente e os utensílios podem ser desinfetados com detergentes e desinfetantes comuns, tais como hipoclorito de sódio a 1% e glutaraldeído a 2%, álcool etílico a 70% e lisofórmio.
Ainda são sensíveis a luz ultravioleta, irradiação gama e são inativados a temperaturas acima de 56°C e pH inferiores a 5,5 ou superiores a 8,5.