O aleitamento materno é uma das prioridades do Governo Federal. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses, o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito da mãe, melhor para ele e para a mãe. Depois dos seis meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e próprios dos hábitos da família, mas não deve ser interrompida.
Importante: Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve uma interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
Benefícios da Amamentação
Benefícios para a sociedade e o planeta:
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O leite materno é uma fonte sustentável de alimento, pois não gera poluição e não demanda energia, água ou combustível para sua produção, armazenamento e transporte, diferentemente dos substitutos do leite materno. Ele também ajuda a reduzir os custos do sistema de saúde, minimizando o tratamento de doenças na infância e em outras fases da vida. Adicionalmente, contribui para a melhoria da nutrição, educação e saúde da sociedade.
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Benefícios para o Bebê:
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O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes; há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo.
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Benefícios para a Mulher:
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A amamentação oferece diversos benefícios à mulher. Amamentar reduz os riscos de hemorragia no pós-parto e diminui as chances de desenvolver câncer de mama, ovários e colo do útero no futuro. Além disso, fortalece o vínculo entre mãe e filho.
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Importante: Nos primeiros seis meses de vida, recomenda-se que o bebê seja amamentado exclusivamente, sendo desnecessária a oferta de água, chás e outros leites, mesmo em locais secos e quentes. O colostro nos primeiros dois a três dias de vida, é suficiente para nutrir e hidratar recém-nascidos saudáveis e eles não necessitam de qualquer outro líquido além do leite materno, pois nascem com níveis de hidratação tecidual relativamente altos.
Como Amamentar
Amamentar não deve doer. No início, pode haver algum desconforto até que mãe e bebê se adaptem à amamentação, que deve ser prazerosa tanto para a mãe quanto para o bebê. O bebê deve estar virado para a mãe, bem junto ao seu corpo, bem apoiado e com os braços livres. A cabeça do bebê deve ficar de frente para o peito e o nariz bem na frente do mamilo. O bebê deve ser colocado para sugar quando ele abrir bem a boca. Quando o bebê pega bem o peito, o queixo encosta na mama, os lábios ficam virados para fora, o nariz fica livre e aparece mais aréola (parte escura em volta do mamilo) na parte de cima da boca do que na de baixo. Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar, o que deve ser respeitado.
Dicas sobre amamentação
Os bebês não têm horário certo para mamar. Eles costumam mamar muitas vezes, durante o dia e à noite, principalmente nos primeiros meses. Nem todo choro do bebê é fome. Ele pode chorar porque está com frio ou calor, sentindo algum desconforto, com fraldas sujas ou precisando de aconchego. Com o tempo, a família aprende a reconhecer melhor esses sinais.
Se o bebê estiver fazendo barulhos ao mamar, como, por exemplo, sons de estalos, ele pode estar engolindo ar. Nesse caso, é importante segurá-lo junto ao colo, em posição vertical, para que ele não tenha desconforto e também avaliar se a pega na mama está adequada.
O leite materno tem o sabor e o cheiro dos alimentos que a mãe come. Por isto, a criança que mama no peito tem mais facilidade para aceitar os alimentos que serão introduzidos após os 6 meses de idade. É muito importante que o bebê esvazie bem a mama, porque o leite do fim da mamada tem mais gordura e, por isso, mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso.
Uso de Mamadeira e Chupetas: O Ministério da Saúde não recomenda o uso de mamadeiras e chupetas. A mamadeira, além de ser uma importante fonte de contaminação, pode influenciar negativamente a amamentação. Observa-se que algumas crianças, depois de experimentarem a mamadeira, passam a apresentar dificuldade quando vão mamar no peito.
Saiba o que fazer para manter a produção de leite, mesmo após o retorno ao trabalho:
O retorno ao trabalho pode ser um momento crítico para a continuidade da amamentação, mas é possível conciliar. A produção de leite depende do estímulo, seja da sucção do bebê, ou da extração (manual ou por bomba) de leite da mama. Fazer a extração do leite algumas vezes ao dia vai contribuir para que a mulher continue amamentando mesmo quando estiver longe do bebê por algum tempo.
É importante que a mulher se prepare e comece a extrair leite para armazenar cerca de 15 dias antes do retorno ao trabalho, pois assim, os cuidadores da criança poderão oferecer o leite quando a mãe estiver fora.
Para retirar o leite, deve-se relaxar e massagear as mamas em movimentos circulares com a ponta dos dedos, começando pela aréola e indo para toda a mama. Colocar o polegar acima da linha onde acaba a aréola e os dedos indicador e médio abaixo dela. Firmar os dedos e empurrar para trás em direção ao tronco. Apertar o polegar contra os outros dedos com cuidado, até sair o leite. Não deslize os dedos sobre a pele. Apertar e soltar muitas vezes, com o frasco de vidro posicionado abaixo do mamilo. Para saber mais sobre amamentação e extração do leite materno, consulte o Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos.
Banco de Leite Humano
O leite humano é essencial para todos os bebês, em especial para a saúde e sobrevivência de bebês prematuros e de baixo peso (com menos de 2.500 g), que estão internados nas unidades neonatais do Brasil e não podem ser amamentados pelas próprias mães
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano está presente em todos os estados brasileiros, com mais de 200 bancos de leite materno e postos de coleta. No entanto, a Rede consegue suprir apenas mais da metade da demanda para os recém-nascidos internados nas unidades neonatais do Brasil; por isso, toda ajuda é bem-vinda. Um pote de leite humano de 200 ml doado, por exemplo, é capaz de alimentar até dez recém-nascidos internados, por dia. Dependendo do peso do bebê, cerca de um ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez que ele for alimentado.
Bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber os benefícios do leite humano com a doação. Com ele, a criança se desenvolve com saúde, tem mais chances de recuperação e sobrevivência.
Restrições
São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite materno. Alguns exemplos são os filhos de mães HIV positivo, para os quais a amamentação é contraindicada, e de mulheres usuárias regulares de álcool ou drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, anfetamina, ecstasy e outras), as quais devem interromper a amamentação enquanto estiverem fazendo uso dessas substâncias.