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INCENTIVO À VACINAÇÃO
Ministério da Saúde e UNICEF lançam Semana Mundial de Imunização
Foto: Igor Evangelista/MS
Um motivo para comemorar? O avanço na cobertura vacinal. Um motivo para ter atenção? Os desafios do combate à desinformação na área da saúde como estratégia para manter o aumento da imunização infantil. Se você ainda não entendeu a importância da vacinação, agora é uma ótima oportunidade, pois ocorre a Semana Mundial de Imunização.
Promovida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a abertura da Semana ocorreu em Brasília, no dia 23 de abril, e destacou a importância de ampliar a vacinação para além da saúde, incluindo escolas e outros locais e equipamentos públicos.
O importante é lembrar que quanto maior a cobertura vacinal, mais proteção para toda a população!
Aumento da cobertura vacinal
“Estamos vivendo uma virada na direção de alcançarmos as coberturas vacinais necessárias para proteção de nossas crianças, adolescentes e sociedade”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante a abertura do evento.
Entre 2023 e 2024, o Brasil registrou aumento nas coberturas vacinais de 13 das 16 principais vacinas do calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A média de alta nos 13 imunizantes que apresentaram recuperação foi de 7,1 pontos percentuais, sendo que nacionalmente a que mais cresceu em cobertura foi a Tríplice Bacteriana, com 12,7 pontos, passando de 63,9% para 76,6%.
Como parte do Programa Saúde na Escola, o governo federal lançou a estratégia de vacinação na escola. O objetivo é realizar ações de vacinação em ambientes escolares e, sobretudo, mobilizar a comunidade escolar sobre a importância da vacinação.
O resultado de todas essas ações? Todos os estados apresentaram melhoria nas coberturas vacinais de Rotavírus, Poliomielite, Febre Amarela e DTP. Em 26 estados, a maior cobertura foi para Poliomielite Oral e para Hepatite A.
A ministra lembrou que a luta não está vencida. “Nós celebramos esse aumento geral da cobertura, mas com a consciência de que temos muito ainda para avançar. Temos que aperfeiçoar sempre essa estratégia até que o Brasil volte a proteger adequadamente a população. Por isso, nós trabalhamos com o Movimento Nacional pela Vacinação, que é muito mais do que uma campanha ou ação de governo, é a conscientização e mobilização da população”, afirmou.
A saúde é prioridade do governo federal. Segundo a ministra, só em 2023, foram investidos mais de R$ 6,5 bilhões na compra de imunizantes. Para 2024, a previsão é que esses recursos alcancem R$ 10,9 bilhões.
Veja os imunizantes que apresentaram recuperação:
- Poliomielite (VIP e VOP)
- Pentavalente
- Rotavírus
- Hepatite A
- Febre amarela
- Meningocócica C (1ª dose e reforço)
- Pneumocócica 10 (1ª dose e reforço)
- Tríplice Viral (1ª e 2ª doses)
- Tríplice Bacteriana (DTP)
Combate à desinformação como estratégia de proteção da saúde
Desde 2016, o Brasil registrou uma queda na imunização da população. A diminuição ocorreu em razão de múltiplos fatores, entre eles, o negacionismo sobre a efetividade das vacinas. Alguns grupos tentam, a qualquer custo, desacreditar a importância dos imunizantes. Isso pode ser comprovado pela quantidade de informação falsa divulgada diariamente contra as vacinas, colocando medo na população e gerando uma hesitação vacinal.
O desafio é grande. Por isso, o governo federal lançou o Programa Saúde com Ciência como estratégia essencial no combate à desinformação na área da saúde. Com informação responsável, a iniciativa interministerial mostra com dados e evidências científicas que essas narrativas são totalmente falsas e que a vacinação é a melhor estratégia de proteção contra doenças.
De acordo com Nísia Trindade, o avanço das coberturas vacinais é, além de resultado da criação do Movimento Nacional pela Vacinação e do Microplanejamento, que “respeita a realidade de cada estado e município, para que, numa relação tripartite, possa estabelecer estratégias de vacinação de acordo com a realidade local”, também uma ação de divulgação de conteúdos verificados e responsáveis. “Contamos também com a campanha contra a desinformação por meio do programa Saúde com Ciência”, explicou.
Parceria com a UNICEF
Para contribuir com esse esforço nacional, o UNICEF Brasil conta com a estratégia Busca Ativa Vacinal (BAV). A iniciativa apoia os municípios na garantia da imunização infantil. A BAV contribui com os municípios na identificação de crianças menores de 5 anos com atraso vacinal ou não vacinadas; estabelece estratégias para encaminhamento do grupo aos serviços de saúde e atualizações de vacinação; monitora as coberturas vacinais; acompanha a situação vacinal da população-alvo; e identifica e responde a vulnerabilidades que leva à não vacinação.
A estratégia incentiva a participação de diferentes áreas nessa busca ativa vacinal – como Educação, Saúde, Assistência Social, entre outras –, fortalecendo a rede de garantia de direitos.
“É urgente encontrar e imunizar cada menina e menino que não recebeu as vacinas. Essa busca tem de ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que crianças e famílias, muitas em situação de vulnerabilidade, estão. Nesta Semana Mundial de Imunização, destacamos a urgência de um compromisso de País, levando a imunização para escolas, CRAS e outros locais e equipamentos públicos”, afirmou o representante do UNICEF no Brasil, Youssouf Abdel-Jelil.
Movimento Nacional pela Vacinação na Comunidade Escolar
Para atualizar a caderneta de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade com os imunizantes ofertados na multivacinação infantil, os Ministérios da Saúde e da Educação estão promovendo uma série de ações do Movimento Nacional pela Vacinação na Comunidade Escolar, com investimento de cerca de R$ 150 milhões. Vacinas contra a poliomielite, febre amarela, meningite ACWY, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e o HPV foram alguns dos destaques para a faixa etária.
Ofertar a aplicação de doses no ambiente escolar é uma importante estratégia para retomar as altas coberturas vacinais, reduzir doenças imunopreveníveis e fortalecer o microplanejamento com base na realidade local.
No ano passado, quase quatro mil cidades brasileiras adotaram a estratégia e viram resultados positivos, especialmente na vacina contra o HPV. Em 2023, foram aplicadas mais de 6,1 milhões de doses da vacina contra o papilomavírus humano. O número é o maior desde 2018 e representa um aumento de 42% em relação a 2022.
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